Por: André Bortolai

Passagem do New Order por SP na última quinta feira dia 2/12 com certeza fez muitos fãs chegarem atrasados ao trabalho na sexta.


A casa abriu 10 minutos antes das 21 horas que constavam no ingresso, e 21:45 Gui Boratto deu start na abertura. Antes de mais nada cabe aqui mencionar que o Espaço das Américas é uma casa monstruosamente grande e que a estrutura de áudio e iluminação são dignas de um festival de grandes proporções mesmo em um show “pequeno”. A única crítica vai para os canhões de luz superiores que eram mirados diretamente no público fazendo a luz entrar nos olhos e sair pela nuca dos expectadores com força o suficiente para cegar mais 12 pessoas nessa sequência de laser super poderosa, mas enfim, sobrevivemos.

A apresentação do DJ Gui Boratto durou 1hr e 15 minutos e começou a animar o público. Foi uma apresentação bastante cadenciada, musicalmente muito interessante, porém houveram diversas intromissões de roadies e assistentes de palco cutucando e chamando o DJ a todo instante. Assim que o DJ se despediu do público com um modesto aceno de “tchau”, contados 5 minutos depois o telão começa a exibir a entrada da banda e o New Order entra no palco com “Singularity”. O som da banda estava impecável em 100% do tempo, sem altos e baixos, com sincronia perfeita entre áudio e telão, cada elemento podia ser bem ouvido e apreciado. Nada estava fora do lugar.

A banda passeou pelos sucessos antigos e modernos com maestria e desenvolveu sua performance sem falar muito com o público, um “Thank you São Paulo” aqui, um “Obrigado” ali e nada mais caloroso do que isso. Todos os integrantes exceto a tecladista Gillian estavam bastante animados e demonstrando uma jovialidade na casa dos 50 (Exceto Bernard que já marcou 60) que deixaria muitas bandas de adolescentes sem fôlego. Mencionei a tecladista acima pois ela fez um show bastante monótono desta vez… Tocou o necessário, mas sem olhar para o público, sem alterar expressão facial, sem ao menos se mover. Um grande destaque na banda são os dois teclados e o ataque proporcionado pelos mesmos. Logo, a falta de emoção dela chega a ser ofensiva.

Algo que merece ser dito, destacado e notado é o baixo de Tom Chapman, que substitui Peter Hook sem deixar comentários serem feitos. O som do baixo é extremamente envolvente e sua presença é indiscutivelmente essencial. Cada solo de baixo executado com precisão cirúrgica e cada timbre (ao longo de trocas e mais trocas de instrumento entre 3 instrumentos ao longo do show) mais perfeito que o anterior.




Todas as músicas foram acompanhadas pelo público com afinco, mas em “Blue Monday”, “Crystal” e a icônica “Bizarre Love triangle” a platéia realmente mostrou à banda seu amor. Depis de um set com quinze músicas, as luzes se apagam, a banda se ausenta por 2 minutinhos e retorna com 2 hits do Joy Division (Decades e Love Will Tear Us Apart) e acontece o encerramento com “Superheated”. Foi uma experiência única e é sempre prazeroso ver músicos da velha guarda com energia e vontade de tocar. 

Set List Completo:
Singularity /Regret / Academic / Crystal / Restless /Your Silent Face / Tutti Frutti /People on the High Line Bizarre Love Triangle / Waiting for the Siren´s Call / Plastic / The Perfect Kiss / True Faith / Blue Monday Temptation /BIS – Decades / Love Will Tear Us Apart /Superheated

New Order é uma banda Inglesa, de Manchester, e é formado por: Bernard Summer / Stephen morris / Gillian Gilbert / Tom Chapman / Phil Cunningham.
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.