A abertura de toda a quebraceira ficou por conta da Viletale, diretamente do município vizinho, Blumenau. Bruno Jankauskas (vocal/guitarra solo), Alan Ricardo (guitarra base), Filipe Oliveira (baixo) e Matheus Lunge (bateria) formam o quarteto de Horror Metal, que, como o nome já diz, objetiva trazer o horror para a música. Com fortes influências do grande autor do horror literário H. P. Lovecraft, a banda consegue transmitir com excelência o horror tanto nas composições, quanto na performance. Com um som agressivo marcado por um vocal gutural forte, grave, a Viletale não deixa nada a desejar. Algo que me chamou muito a atenção foi o dinamismo do vocal em algumas faixas, nas quais o guitarrista Alan contribui com um vocal gutural mais agudo, favorecendo ainda mais para a cena de horror da banda. O quarteto ainda contou com uma participação especial de Christopher Abel (South Legion) nos vocais.
A terceira banda foi a belga Carnation. Formada por Simon Duson (vocal), Jonathan Verstrepen (guitarra), Bert Vervoort (guitarra), Yarne Heylen (baixo) e Vincent Verstrepen (bateria), a banda possui 5 anos de estrada e já começa a colher os frutos de seu trabalho: Carnation tem feito parte do cast de grandes festivais europeus, como Alcatraz Metal Fest, Graspop Metal Meeting, Summer Breeze e Eindhoven Metal Meeting, além de já ter feito uma turnê no Japão e no Brasil agora. Nesta ocasião, tivemos a oportunidade de conversar com Jonathan Verstrepen, idealizador da banda, e essa entrevista será publicada em breve. A banda já possui um EP e lançará seu debut album ainda este ano, provavelmente em agosto. O som da Carnation é uma mistura entre o Death Metal norte-americano, mais técnico, e o Death Metal sueco, resultando em um som elaborado, agressivo e, ao mesmo tempo, com muita melodia. Algo que sempre presto muita atenção é a forma como as bandas exploram os instrumentos, de modo que nenhum deles seja apenas coadjuvante. Isso fica muito claro na Carnation, onde todos os instrumentos são muito bem elaborados nas músicas, contando até mesmo com tapping no baixo, algo que, infelizmente, vemos pouco.
Em termos de estrutura e organização, só me resta parabenizar a casa e, principalmente, a organização, disposição e cuidado nos detalhes por parte do Culver e seus parceiros, o que nos possibilitou curtir uma noite impecável de Metal Extremo. Nossos parabéns! Agradeço, em nome de toda a equipe d’O SubSolo, pela oportunidade e confiança que nos foram concedidas. São iniciativas como estas que provam o contrário àquelas pessoas que acham que o Metal está morto.