Por: Hermes Gregorio

A noite daquela quarta-feira, 09 de novembro, era de grandes expectativas no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis. Era a noite do Prêmio da Música Catarinense em sua 4ª edição. A cena musical de Santa Catarina anda em plena efervescência e com uma diversidade de artistas fazendo música autoral de qualidade. Do rock ao pop, passando pela música instrumental, é impressionante a variedade de artistas catarinenses fazendo sons impecáveis. E nada melhor do que um evento para reconhecer estes artistas.



Idealizado por Márcio Pimenta, o Prêmio da Música Catarinense prestigia os melhores lançamentos artísticos do estado. Um teatro transformado em reduto de bandas e cantores que não viam aquele evento como uma competição, mas sim uma vitrine que apresenta a música autoral de qualidade e que busca exaltar toda a manifestação artística de Santa Catarina em forma de música.

Durante o coquetel para a imprensa, tive um rápido bate-papo com Márcio Pimenta, que me explicou a mecânica de avaliação dos indicados. Os artistas e bandas são avaliados por um júri de quatro especialistas em música e também pelo voto popular através do site, que corresponde a 20% da nota final. Márcio também ressaltou a importância de todo o público apoiar a música de Santa Catarina de todas as formas, postando em redes sociais ou indo aos shows em suas cidades. “Estamos com a casa cheia e as expectativas são as melhores. Estamos sendo prestigiados pelos melhores artistas e por aqueles que acreditam numa causa musical”, enfatiza o emocionado Márcio Pimenta, que também é responsável pelo Programa Música SC, transmitido pela TV Band Santa Catarina


Dentre as categorias, a mais esperada foi a última da noite, Melhor Banda de 2016, que tinha indicados como Don Capone, Ponto Nulo No Céu, Skrotes e nomes da nova safra de bandas como Marujo Cogumelo e Blame.

Ainda durante os bastidores, consegui conversar com os caras da Don Capone. Guilherme, vocalista da banda, demonstrava gratidão por estar entre as bandas indicadas. A Don Capone trabalhou duro para fazer o novo álbum, que será lançado em duas partes, e estar ali naquela noite era a prova de que valeu a pena o esforço. “Para a banda é de extrema importância este reconhecimento que ajuda muito na divulgação dos artistas que dão o sangue para conseguir divulgar seu trabalho”, defende Guilherme. Quando comento sobre o novo videoclipe da banda “Corpo Fechado”, Guilherme já adianta a novidade:  “A tendência do nosso novo disco é um rock com mais influências do stoner rock, com mais riffs”.

Hermes Gregorio com a Don Capone (Guilherme Farias, Hermes Gregorio, Fernando Mazon e Leandro Silveira)

Outra banda que consegui bater um papo foi a Ponto Nulo No Céu. Dijjy, o vocalista, conta que o último álbum ficou acima de suas expectativas e que a sinergia da banda foi essencial para esta superação. “Cara, estou aqui mais para prestigiar a galera. A maioria das bandas que estão aqui são de amigos pessoais”, responde um Dijjy empolgado e ansioso pelo show que fariam em Floripa dali a dois dias.

A noite do Prêmio da Música Catarinense foi mais que uma entrega de reconhecimentos, foi um prêmio à parte para o público que pôde prestigiar grandes criações musicais e ainda teve o privilégio de assistir ao vivo um pocket show do Expresso Rural e apresentações vibrantes de Nathan Malagoli, Five Boys, Rédea Solta, Grupo de Percussão de Itajaí, Blame+Banda da PMSC e Gazu & Iriê.

Confira as categorias e os vencedores de 2016
Melhor videoclipe – Gazu & Iriê – Nossa Arma
Melhor cantor – Dudu Fileti
Melhor cantora – Fernanda Rosa (A Corda em Si)
Melhor álbum – Joel Clasen – Essência
Melhor álbum instrumental – Bruno Moritz – Titoco ao vivo
Melhor artista solo – Rizzih
Artista revelação – Regina Serafim
Melhor banda – Ponto Nulo no Céu
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.