Quando a criatividade é o limite, muitos conseguem transcendê-la, dando vida a pequenas encarnações de si próprias.
É o ocorre com o talentoso músico Thiago Alboneti. Sim, eu já o mencionei diversas vezes ao decorrer de minha “carreira” aqui no site, mas como dizem, o que é bom é pra ser mostrado e hoje claro, não seria diferente…
Multifacetado é um dos inúmeros adjetivos que posso utilizar para descrever o osasquence, uma vez que ele possuí inúmeras identidades e heterônimos dentro do mundo da música. No Beyond Chaos, Thiago age como o próprio, no Infinity of Thoughts, projeto de Atmospheric Black Metal, o profano Valak assume o controle. Dessa forma, o músico encontra camadas distintas e únicas para externar os mais profundos sentimentos, e exorcizar os demônios do cotidiano.
No terceiro e até então último projeto do guitarrista, a banda de Doom Metal Funeral Dawn, Alboneti assume o manto de um misterioso ser. E é sobre este projeto que falarei mais a respeito.
Através da sonoridade do Funeral Dawn, podemos encontrar densas e arrastadas passagens de guitarras somadas ao tom melancólico inerente do Doom Metal.
Influenciado por bandas como Doom VS e até mesmo a brasileira Jupiterian, o primeiro disco do projeto foi lançado em agosto de 2020, intitulado Inner Demmons. Este ano em específico fora bastante prolífero para Alboneti, que ainda lançou com o Beyond Chaos os excelentes Home Sweet Prison e Memories From Last December (leia a resenha aqui).
Contando com sete faixas densas e soturnas, as letras retratam todos os desejos, anseios e desafetos provocados por situações que muitos com certeza, já se depararam no dia a dia, trazendo assim uma obra onde a empatia é facilmente assimilada nas entrelinhas de cada uma das singulares canções.
E após o lançamento do quarto álbum do Beyond Chaos, What I’ve Become e o nascimento de mais um “filho” com When The Winter Ends com o Infinity of Thoughts, um post na página do Funeral Dawn em julho do ano passado, anunciava que um novo trabalho estava a caminho, porém, sem uma data de lançamento prevista.
Mas essa espera perdurou por poucos meses a mais, e no ultimo final de semana, precisamente no dia cinco de março de 2022, The Girl Who Killed Her Soul chegara às plataformas digitais.
Inclusive tive a árdua tarefa e responsabilidade de tentar transpor toda a carga das novas seis músicas que compõem o novo trabalho. Essa foi a minha segunda colaboração como designer. A primeira foi em 2020 com o lançamento do primeiro EP da Sulphurian o Preludium: Tempus Fugit.
Confira mais um lampejo da majestosa criatividade de um verdadeiro exército de um homem só.