O EP contém músicas que o Electric Goat Combo experimentava desde 2016 e que seguem a caminhada natural da pesquisa e do método de composição inerente ao momento da banda, que é sair um pouco da principal característica do stoner rock (riffs e solos).
Nesse tempo, Zeh Antunes decidiu deixar o Brasil em 2017 e o material ficou parado. “Até que agora, em 2019, decidimos que deveríamos dar vida a isso. Optamos então por lançar o EP que marca mais uma mutação na banda: a minha saída e a entrada do Jonas que agora, soma à banda para seguir o mesmo caminho: continuar mudando”, conta Antunes.
O que já estava presente no EP Vertigo Blues (2010), ganhou mais espaço nesse novo EP. A presença dos tempos compostos, o uso do metalofone, a escolha dos timbres e os arranjos que tendem a mudar o clima da música, muitas vezes, de modo abrupto. Indo de algo melodioso para uma pegada esquizofrênica, por exemplo.
A música “Ed Gein Beats Philippe Stark”, por exemplo, sintetiza muito bem o que é o Electric Goat e o caminho que está trilhando. Nela encontram-se todos esses elementos que falamos: as mudanças abruptas, os tempos compostos, os climas distintos, o uso do metalofone… enfim, há elementos de stoner, prog, post rock”, comenta Zeh Antunes, que hoje vive em Portugal.
A maioria das músicas tem oito minutos, algumas são instrumentais e, mesmo as com vocais, o instrumental prevalece.
Electric Goat Combo – Surgido em 2009 no Rio de Janeiro, o Electric Goat Combo faz o que autodenomina Post-Stoner (mistura de stoner rock, post-rock e jazz). Em suas composições, mantem sempre uma deriva psicodélica capaz de seguir em direção a outras paisagens, seja incorporando outros instrumentos, seja na prática do improviso ou mesmo acrescentando outros músicos à sua formação.
Fonte: Abraxas