Formada em 2008 na cidade de Rio Claro/SP, o Anguere traz um repertório violento, buscando fazer uma junção de algumas características da música brasileira com vários estilos da música pesada, criando assim sua própria sonoridade com suas notoriedades ímpares.


Recentemente o trio, passou por uma turnê por alguns países da América do Sul, passando por países como Bolívia, Equador e Peru, e buscam compartilhar conosco nessa entrevista essa experiência, entre outras, com essa bagagem de dez anos de cena underground. Confira:






Valeu Anguere, gratidão pelo tempo disponibilizado para responder a entrevista. Como surgiu o Anguere e qual era o intuito desde o começo?

Anguere: Nós que agradecemos a oportunidade em falar com a equipe do O SubSolo, cara o ANGUERE surgiu da reunião de amigos que frequentam a cena underground com o intuito de mostrar nossa paixão pelo som pesado estar ao lado de bandas respeitadas e contribuir para underground em modo geral.

Vocês iniciaram a trajetória da banda em 2008 e já em 2009 lançaram um registro intitulado “Anguere-Anguere. Já tinha as composições ou foi tudo trabalhado nesse primeiro ano?
Anguere: Nesse intervalo de 2008 até lançamento do trabalho em 2009, não houve nenhuma apresentação, foi apenas a criação e composição das musicas apara lançamento do primeiro EP que contem 6 faixas intitulado ANGUERE/ANGUERE que são totalmente autorias e quem quiser ouvir basta acessar nosso site, canal no youtube ou qualquer plataforma digital como Spotify e dar play. 

Após o disco que mencionamos na pergunta anterior, o Anguere foi lançar algo novo apenas em 2014. Qual o motivo dessa “pausa” e o que mudou nesse tempo?
Anguere: Passamos por mudanças na formação onde o primeiro vocalista PRM nos deixou e o Thiago Soares assumiu essa responsabilidade, entramos então em uma nova fase de adaptação devido a novas influencias trazidas pelo Thiago Soares, onde lançamos um EP com nome HCRC que é uma previa do que viria no álbum “CHOQUE”. Mudamos a sonoridade, pode notar que agora tem mais velocidade, uma pegada mais Thrash / Grind.

Avançando um pouco, vocês fizeram uma tour sul-americana. Como foi essa experiência?
Anguere: kkkkkk, cara foi muito louco. Experiências para vida pessoal, pra vida profissional e como musico então nem se fala, vivenciando todos os erros e acertos que uma tour internacional pode proporcionar. Podemos dizer hoje com toda as certeza que o metal não tem fronteiras e esta em todas as partes desse mundão.

Ainda sobre a tour, vocês passaram por Equador, Peru e Bolívia. O que da cena de lá, é diferente da nossa? E o que poderíamos reaproveitar?

Anguere: Mano, é difícil pontuarmos, podemos citar que fomos bem recebidos em todos os lugares que passamos, todos os produtores cumpriram com combinado, equipamentos todos em ordem (inclusive no aeroporto a guitarra do Muskito foi extraviada e para executar alguns shows os produtores foram todos de pronto para arrumar uma guita), galera compareceu em peso! A diferença mesmo era a MOEDA, CULTURA e o IDIOMA! 
Agora falando da nossa cena. Quais os pontos positivos e quais os negativos? O que mudariam?
Anguere: Como todos já estão cansados de pontuar e saber, citamos a falta de presença do publico em shows e aquisição de material da banda, se isso funcionasse, acho que teríamos um grande avanço no underground. Quanto as positivos, podemos dizer que a qualidade das bandas que vem surgindo e também as que estão lutando por um espaço vem crescendo e cada vez mais com qualidade e também as pessoas que lutam por um espaço e ajudando com que os festivais em lugares públicos aconteçam, por que se esperarmos ao do poder publico estaremos fodidos.  
É legal abordar esse tipo de pergunta, ainda mais de uma banda com uma excelente bagagem. Quais foram as maiores dificuldades encontradas pelo Anguere até hoje?
Anguere: A maior dificuldade nesses 10 anos de caminhada foi e ainda é a parte financeira, como todos sabem manter uma banda que esta sempre produzindo tem custo, e na maioria das vezes o investimento feito pela banda não gera retorno financeiro, tem outros retornos, porem o financeiro demora ou não vem. 

Vocês já participaram de várias coletâneas. O que acham desse tipo de iniciativa?
Anguere: Cara o ANGUERE já saiu em muitas coletâneas, nacionais, internacionais, físicas e digitais. Afirmamos que as coletâneas são uma porta ou melhor, uma grande oportunidade que o público tem de conhecer várias bandas em apenas uma compilação, sem contar que a banda acaba participando entre bandas de nome e sendo visualizada por todos que se interessam por esse meio de divulgação em áudio. Resumindo coletâneas são foda. 

Da cena paulista, o que indicariam para os leitores ouvirem? E como vêem a cena paulista?
Anguere: Vemos a cena Paulista bem forte no sentido de diversidades/variedades de estilos e sonoridades, quantidade e qualidade das mesmas. No estado de São Paulo, temos inúmeras bandas de nome já no mercado e respeitadas no underground. Podemos citar uma que saiu daqui de pertinho da nossa cidade que fica no interior paulista e somos orgulhosos por eles é o CLAUSTROFOBIA. 

Queremos agradecer a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre vocês. Qual a mensagem deixam para os leitores?
Anguere: ”O loko brother” nós que agradecemos a oportunidade e tampe o apoio que vocês do O SubSolo vem nos dando ao longo do tempo! Queremos dizer que esse ano de 2018 ainda vem muitos trabalho novos nacionais e internacionais, videos, musicas, novos contratos com gravadoras entre outras coisas que estamos preparando, agradecemos todos que nos tem apoiado ao logo desses 10 anos de caminhada e deixar aqui que ANGUERE Thrash Hardcore ta trabalhando pesado e melhorando cada dia que passa… Valeu galera vocês são Foda!

Acompanhe o Anguere
https://www.facebook.com/anguere
http://anguerehc.wixsite.com/banda

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.