Formado em 2018 por quatro músicos profissionais, idealizado inicialmente pelo guitarrista Diego Bittencourt (ex-Symbolica), que baseou a sonoridade da banda com uma mescla de influências que vão desde o Heavy tradicional, passando pelo Thrash Metal e culminando no Metal Progressivo.
Mais precisamente em 2019 foi quando o As The Palaces Burn estreou, com o excelente álbum de estreia intitulado End’evour, que alcançou grandes resultados na imprensa e também entre os fãs. O disco alavancou apresentações junto de Brujeria, Noturnall e Mike Portnoy.
Posteriormente em 2020, ATP lançou o EP All the Evil (leia a resenha clicando aqui), produzido pela própria banda e gravado no Estúdio IMGN e mixado e masterizado pelo renomado Adair Daufembach (Project-46, Angra, Hibria, Claustrofobia e muitos outros) também alcançou grandes elogios. A banda vem garimpando elogios a cada passo dado. Cada material lançado é de extrema qualidade e por isso, convidamos a banda para conversar um pouco sobre e quem nos atendeu foi o vocalista Alyson Garcia. Confira:
Como surgiu a ideia de montar o As The Palaces Burn? Aproveitando, gostaria de saber se o nome da banda é relacionado ao álbum do Lamb of God.
Alyson Garcia: A banda foi idealizada pelo Diego Bittencourt, que escolheu os componentes e apresentou o material á todos. O processo de engajamento foi muito rápido e m seguida partimos para o estúdio registrar as primeiras músicas, que se tornaram os primeiros singles(The Devil´s Hand e I Tried). Desse momento em diante não paramos de produzir material e o que seria um projeto se tornou uma banda de verdade. Sobre a ligação com o Lamb of God, não houve correlação, o título de um dos seus discos apenas caiu bem para batizar a banda visto a época que vivemos e com a energia do grupo.
Desde sempre acompanhei o trabalho do Diego Bittencourt e um pouco do Gilson Naspolini através do seu canal no YouTube. Como foi montar este time?
AG: Eu, Gilson e Diego já eram velhos conhecidos desde muito cedo. Frequentávamos muitas vezes os mesmos palcos no início de tudo. Com o passar do tempo o amadurecimento musical e técnico de todos se destacavam. Estarmos hoje reunidos depois de tanto tempo proporcionou a cada músico com suas influências que por vezes são distintas, adicionar a sua bagagem individual, que aliada à fusão de novas ideias, resultou na concepção de End’evour, nosso álbum de estreia, que é provido de características provenientes do heavy metal tradicional, do thrash metal e do prog metal.
Fora o time da formação que já é pesado. A banda conta com trabalhos gráficos de Marcelo Vasco e com as músicas conta com Adair Daufembach. Contar com nomes renomados em seus respectivos nichos foi algo planejado ou aconteceu naturalmente?
AG: O primeiro álbum teve a produção e gravação executada pela própria banda. Então definimos que no próximo trabalho teríamos uma produção de arte e mixagem mais refinada , então recrutamos a arte do Marcelo Vasco e a mixagem do nosso amigo Adair para o lançamento do EP All The Evil. E o resultado ficou incrível.
“End’evour” foi um excelente primeiro passo. Como foi o processo de composição e o que o disco trouxe de bagagem para os próximos lançamentos?
AG: O processo de composição pra esse disco foi algo bem dinâmico. Além das duas músicas iniciais o Diego já vinha compondo mais músicas para a o álbum End´evour. Reunidos montamos um plano, elencamos prazo pra entrega das músicas e isso gerou um grau de comprometimento com o trabalho desafiador, surgindo assim uma nova maneira de trabalhar. Tínhamos a estrutura de cada faixa definida, a 01partir disso cada integrante seguiu aperfeiçoando, trazendo novas ideias e colocando o seu tempero. Com esta fórmula de composição aliada á sincronia da banda, obtivemos um resultado relativamente rápido em curto espaço de tempo.
Após o lançamento desse primeiro trabalho que teve uma repercussão muito positiva por parte da crítica e público, ficou mais claro que caminho seguir em termos de sonoridade, porém a cada trabalho a ordem é ousar.
Vocês contam com uma miscelânea de influências. Power Metal, Metal Progressivo e boas pitadas do Thrash Metal. Isso soou naturalmente com o andamento da banda ou vocês focaram em algumas bandas para criar a identidade da As The Palaces Burn?
AG: Existe influência sim, geralmente tudo parte de um simples riff que o Diego nos apresenta, geralmente ele nos apresenta uma estrutura, batida, levada e juntos vamos montando e evoluindo a matriz apresentada. Porém procuramos nos despir de rótulos e tentamos filtrar aquilo que soaria bem, como conjunto, como todo e focamos naquilo que cairia bem para cada um de nós em seus respectivos instrumentos e modo de tocar.
Agora em 2021 vocês lançaram o single ‘For The Weak’, que já é mais pesado do que qualquer coisa lançado pela banda, inclusive os seus vocais são mais robustos aqui. Podemos considerar um próximo EP/Álbum nessa pegada? Já existem outras composições para um novo trabalho?
AG: For The Weak é a amostra do que estamos fazendo para o próximo lançamento. Em se tratando dos vocais procurei adicionar novos elementos e uma diversidade ainda maior nas interpretações, o que traz ainda mais riqueza de detalhes na sonoridade. Neste momento em que estou respondendo a entrevista estou ouvindo as músicas que vão compor o próximo passo e posso dizer é que ficou ousado e pesado! Agora esta nas mãos do Adair para os processos finais e para mixagem.
Estamos chegando ao final de 2021 prevendo bons eventos e a volta aos palcos em 2022. Quais os planejamentos para o próximo ano da banda e como se viraram durante essa pandemia?
AG: Durante pandemia nos mantivemos focados e lançamos o EP All The Evil, que nos manteve ativos e em seguida nos focamos na composição do novo álbum que esta por vir ano que vem. Então esse tempo que passou mesmo em crise global, foi bem aproveitado. Os próximos passos se resumem ao lançamento do novo material e voltar com tudo para os palcos.
A data de formação da banda é em 2018, três anos atrás apenas e a banda já colhe frutos consideráveis. Acredito que a bagagem de experiência de todos os músicos tenha cooperado para isso, mas o que faz com que tenham um trabalho com tanta consistência?
AG: Primeiramente somos muito focados no nosso trabalho. Procuramos investir todo o tempo disponível em fazer a melhor música que pudermos. O grau de comprometimento de todos sempre foi um fator crucial para termos os resultados conquistados. Aliado ao cuidado com todos os detalhes, desde a comunicação visual, organização gral desde o cronograma de ensaios e produções, apresentação e divulgação dos materiais e o gerenciamento das redes sociais. O sucesso é construído e conquistado com muita dedicação e profissionalismo.
Queria agradecer a disponibilidade em terem cedido um tempo para O SubSolo e deixar esse último espaço para uma mensagem aos nossos leitores!
AG: Nós estamos muito satisfeitos e empolgados com o futuro lançamento. E vai com certeza enriquecer ainda mais a cena metal Catarinense!
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Agradecimentos
Jéssica Mar – Reverbera Music