A banda Combover formada em 2012 pelos experimentados músicos
paulistanos, nos emprestou um pouco da vida da banda e de seus integrantes, com
uma entrevista exclusiva ao nosso Blog “o SubSolo” após sua turnê europeia. 

Conversamos com Don Carlón, guitarrista e vocalista da banda e ele prontamente nos atendeu. Agora, sem milongas,
vamos lá.

Quem são os músicos da Banda Combover?

Don Carlón: Olhando a foto da esquerda para direita, Eu Don Carlón na guitarra e nos gritoso segundo da foto, Billy
Lebowski 
aparece em primeiro, no baixo e nos backing vocals e, Peter Crise na bateria, O cara que tá ascendendo o cigarro.



Nos conta um pouco de como surgiu a banda?
Don Carlón: Do “fim” do Bloodbuzz, outra banda em que toco. Para resumir,
estávamos ensaiando para gravar nosso disco de estreia quando o Pablo,
baterista, anunciou que ia sair. Uma semana depois, no dia de ensaio, a Susan,
vocalista, também resolveu que ia sair. Foi uma merda. Como tínhamos ensaio
marcado, decidimos, eu, o Pablo e o Ian (baixista), ir pro estúdio só pra tocar
pra se divertir e tomar umas. Saíram três músicas novas bem legais nas jams e
resolvemos que continuaríamos a tocar juntos, mas com outro nome. Foi quando Ian
sugeriu “Combover”, que é aquele penteado que consiste em jogar
cabelo mais comprido por cima da careca. A assim nasceu o Combover.

Quando e como que a banda foi formada?
Don Carlón: Foi nesse primeiro ensaio, mais ou menos em abril ou maio de 2012. Foi ali
que a coisa começou.

A formação inicial é a mesma desde o início do Combover?
Don Carlón: Sim e somos um power trio clássico: guitarra, baixo e bateria. A ideia é
continuar assim, já que mais gente junta, só traz mais problema. Mas, se valer a
pena ter alguém mais, não abriria mão.
De onde é a banda? O som da banda é autoral? Qual idioma são as músicas?
Don Carlón: A banda é de São Paulo e somos uma banda autoral. Cantamos em inglês, mas, nas músicas que
já fizemos até agora, temos, aqui e ali, palavras em alemão, dinamarquês e até
em português. Não diria que temos regras quanto a idiomas. Se a piada for boa e
der samba, a gente canta.

Como podemos passar para nossos leitores qual a definição da banda?

Don Carlón: Somos uma piada. Definitivamente! Não dá pra nos levar a sério. E isso é
às vezes difícil de fazer algumas pessoas entender. Tem gente que diz:
“Cara, o som de vocês é foda, mas nada a ver essas perucas e
fantasias”
. Já ouvi isso de uma galera, mas cago e ando pra esse tipo de
comentário. Essa banda não faria sentido se não fosse a maneira como tocamos ao
vivo. Meu objetivo é que as pessoas riam enquanto a gente está no palco. E se
nos acham ridículos, atingimos nosso objetivo.
Qual a situação mais difícil de enfrentar com a banda? 
Don Carlón: Qualquer dia sem tocar com essa banda é uma tristeza. Com todos os
integrantes, sem exceção, sempre foi divertido enquanto tocamos. Quando
lançamos nosso primeiro disco, em 2014, fizemos o show de lançamento, perdemos
nosso baixista (o Ian, hoje baterista da Monocelha, uma das minhas bandas
favoritas) e ficamos quase um ano sem tocar. Foi difícil. Por sorte o Billy,
meu sócio no estúdio Aurora, resolveu deixar a guitarra de lado e tocar baixo.


 Em termos de apresentações, qual foi o show mais marcante para o Combover?
Don Carlón: Depois de ficarmos parados em 2015, voltamos com tudo este ano e, com o
lançamento do nosso segundo disco, “Bomcover”, rolaram uns shows BEM
legais. O primeiro show, no bar Duesie, foi sensacional. Tinha até mendigo
dançando do lado de fora. Fizemos uma turnê europeia entre abril e maio e
fizemos alguns shows bem legais na Alemanha. Em Wolgast, uma cidadezinha no
norte do país, fizemos um monte de punks com moicanos e tudo abrirem roda,
dançar e se divertir com nosso visual escrachado. Mas, se fosse pra escolher só
um, diria que foi o do festival Garagera, que rolou num coreto da praça Dom
Orione, no Bixiga. Sábado de sol, um monte de bandas legais e um público
maravilhoso, num show gratuito. Uma tarde incrível.
Vamos falar um pouco do gosto da banda, sobre preferência, qual
a canção da banda que mais gostam de tocar?
Don Carlón: (Blow)Job, sem dúvida. A letra é fácil de decorar: “A job is a job
is a job is a blowjob”. E é uma música sobre trabalho, não sobre boquetes.
Minha mãe uma vez viu um show nosso e me deu uma bronca sobre o assunto da
música. E, no nosso segundo disco, que na verdade é uma regravação do primeiro
(por isso nome Bomcover), conseguimos regravá-la com dois convidados de peso: o
Adriano Cintra (do Thee Butchers’ Orchestra e ex-CSS) e o Juninho Bill, do Trem
da Alegria. 


Podemos dizer que todos temos uma inspiração! Queremos saber se a banda tem uma inspiração, quem ou o que os inspiram? 
Don Carlón: Cara, a gente é uma banda que leva a fio aquela máxima do “sexo,
drogas e rock’n’roll”, mas tudo à base do que aprendemos vendo Sexta Sexy,
Cheech and Chong e Beavis & Butthead. Se você misturar esses três
elementos, fica mais fácil entender quem somos, de onde viemos e para onde
vamos.
Pelo que pesquisamos a banda tem vários vídeos e já se apresentou em vários locais, incluindo o exterior. Em termos de gravações quais
os trabalhos que a banda tem?
Don Carlón: Lançamos nosso primeiro disco em 2014, “Combover”. Este ano lançamos nosso segundo disco, “Bomcover”, um tributo nosso a nós mesmos com convidados especialíssimos que incluíram até os Eagles of Death Metal e gente de um monte de outras bandas legais aqui de São Paulo, como Zefirina Bomba, Monocelha, Quarteta, Sheila Cretina, Danger City, Japanese Bondage, Comodoro, Orange Disaster, Bloodbuzz. E durante nossa turnê na Europa, gravamos em Hamburgo nosso novo single, “Smartphones, Dumb People”. E em  breve sai coisa nova. Fiquem atentos.


Então! Falando em gravações, qual
o maior sucesso de vocês? 
Don Carlón: Sucesso? Hahahahah. Nenhum, né? Mas confesso que estou orgulhoso dessa
faixa que gravamos na Alemanha, “Smartphones, Dumb People”. Ela só
tem um acorde a música toda e não uso verbos na letra. Mas ela nunca será um
sucesso – e acho isso ótimo.

Qual sonho vocês ainda pretendem realizar em relação a banda? 
Don Carlón: Queremos tocar e tocar e tocar e tocar. Não importa onde. Depois de
tocar na Europa, um sonho seria tocarmos nos Estados Unidos, na Argentina, no
Uruguai, no Nordeste, no interior de São Paulo… Nosso sonho é tocar pra todo
mundo.

Para finalizar, mande uma mensagem para pessoas que acompanham o trabalho de vocês ou querem acompanhar?
Don Carlón: Pode falar?!!! Venham ver a gente ao vivo, gente! Nosso show é alto e
barulhento, mas é legal. Preferimos que você venha se mijar de rir de me ver
tocar de peruca e de ver o Billy Lebowski em ação do que qualquer curtida sua
no Facebook. Vem tomar umas com a gente que a gente retribui. E, caso você
goste da gente, obrigado por isso!


*Os créditos das fotos são: Freelas de una Pauta (Arthur Vahia/Daniell Marafon)


Links
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Instagram: @welovecombover

Nosso e-mail é welovecombover, no gmail, mas eu diria que respondemos
mais rápido pelo Facebook.
Vídeos:
Ao vivo no Brewdog Bar, em São Paulo
https://www.youtube.com/watch?v=EEkyHtsNUNw
Ao vivo no festival Garagera #5, em São Paulo