Tentando trazer novas entrevistas para o Portal, conversamos com uma das melhores bandas na atividade, o Bullet Bane. Formada em 2009 a banda foi descoberta por um selo japonês no myspace, fora isso, também já tocou na Argentina e entre essas histórias muitas outras serão contadas na entrevista, confira.





Obrigado por tirarem um tempo e virem conversar conosco. Quando o projeto iniciou, eram como “Take Off The Halter” e algum tempo depois mudaram para Bullet Bane. Isso foi decorrente a que?

Bullet Bane: A mudança do nome veio na época em que o Renan entrou na banda e bem quando estávamos começando a compor o disco “New World Broadcast”. Além da mudança de formação, também optamos pela alteração do nome devido ao significado do antigo nome, que ao pé da letra não significava o que a gente realmente queria que fosse.

Vocês ainda tocam alguma faixa do “We Took Off” em seus shows atuais, ou optam por músicas mais recentes? Como vocês definem o setlist? Eu particularmente acho aquele EP formidável.
Bullet Bane: No ano passado fizemos um show de relançamento do We took off e do New World Broadcast, onde tocamos na íntegra os dois discos. Mas hoje em dia não temos nenhum som do We took off no setlist. Nós também gostamos muito desse EP e significa demais para nós por tudo que vivemos nessa época.

Falando um pouco sobre o EP, me lembrou um convite inesperado. Como vocês receberam o convite da Japonês Bells On Records e como foi o trabalho com eles?
Bullet Bane: Recebemos uma mensagem pelo myspace do Louie que é dono do selo japonês nos convidando a lançar nosso primeiro trabalho lá do outro lado do mundo. O selo já havia lançado várias bandas que a gente curtia, então foi uma grande honra poder ter nosso trabalho distribuído pela galera da Bells on rec.

Vocês participaram de shows ao lado de NOFX e Millencolin. São influenciados por essas bandas? Como foi tocar com os caras?
Bullet Bane: São bandas que crescemos ouvindo e com certeza foram uma são uma grande influência daquela época e nos fez ser quem somos. Mas hoje em dia nós temos muitas outras referências musicais de outros gêneros. Cada um de nós ouve coisas bem distintas uns dos outros, porém também ouvimos várias coisas em comum. Sempre que a gente acaba apresentando uma banda para o outro e assim vamos ampliando nossos gostos.

Sobre o Gabriel Zander. Vocês trabalharam com o cara como músico e como produtor. Como foi deixar o trabalho de vocês na mão dele(em tão boas mãos) e ao mesmo tempo como foi já ter tocado junto com ele em turnês?
Bullet Bane: O Bil é como um irmão pra gente, desde 2012 quando nós conhecemos na tour do Chumbo, sempre deu a maior força pra gente em vários aspectos e é um grande amigo para nós. Foi fácil trabalhar e confiar no trabalho dele, pois já conhecíamos e curtíamos o trampo dele antes mesmo de conhece-lo. O último trabalho lançado pela Flecha Discos, o Split junto com as bandas Chuva negra, Menores atos, Zander foi inteiramente produzido e gravado por ele nos estúdio Super Fuzz(RJ), Costella(SP) e Mea(SP). Tudo foi mixado e masterizado por ele mesmo. Gostamos muito do resultado e vocês podem conferir no Spotify ou no youtube mesmo.



Vocês tocaram pela Argentina. Como foi a aceitação do público e como foi ter levado a música de vocês para lá?
Bullet Bane: Foi uma experiência muito legal tocar em terras argentinas porque foi a primeira vez que saímos do país para fazer um som. Além de fazer vários amigos e conhecer um monte de lugares legais e diferentes, pois não conhecíamos ainda o país, o mais doido foi ver como rola a cena musical por lá e ver um monte de gente cantando junto com a gente os nossos sons. Esperamos ir mais vezes para lá e para outros países em breve!

Entre todas as turnês que já fizeram, teve alguma que ficou para a história, tipo aquela que ficará marcada na banda?
Bullet Bane: Cada turnê que fazemos fica marcado na história de diferentes formas, mas a mais recente que está acabando agora foi a do disco Impavid Colossus. Onde foram mais de 80 shows por todo Brasil. A turnê foi documentada e dirigido pelo Tinho Sousa no documentário “Into the Brasa” que mostra boa parte da turnê com um olhar de dentro da parada, como se a pessoa estivesse com a gente em nossa van enquanto viajávamos pelas estradas do país inteiro.Tanto os perrengues quanto as partes boas são parte dos episódios que mostram o nosso dia a dia durante as viagens de divulgação do disco.

Falando um pouco de composição. Como é a fase de composição da banda e como surgem as composições?
Bullet Bane: No nosso disco novo intitulado “Continental” fizemos dois retiros de cerca de 10 dias cada. Nas cidades de Caraguatatuba -SP e Itu – SP , trabalhamos as pré’s produções do disco de forma bem focada, para que nada interferisse no que estávamos sentindo no momento. Boa parte dos sons o Victor (vocal) trouxe a melodia e alguns acordes, outros sons são idéias que já tínhamos e trabalhamos em cima e alguns foram feitos em Jam sessions. Não temos muita regra para isso, pois acreditamos que o que mais importa é ser verdadeiro com o que a gente tá passando no momento.
E novidades? Podem nos adiantar algo projetado para 2017?
Bullet Bane: Pra quem ainda não sabe, estamos em fase de gravação do nosso novo disco ” Continental “, que deve sair no começo do segundo semestre. Serão 11 sons inéditos totalmente em português que estão sendo produzidos integralmente por nós mesmos no Estúdio TOTH, que eu e o Danilo (guitarra) somos donos. Já estamos fazendo o planejamento para o lançamento e para a tour de divulgação do novo CD por todo país. E Logo devemos lançar um mini documentários de como o disco foi produzido e gravado para galera ver o processo todo.

Bullet Bane, obrigado rapaziada… Sempre um prazer falar sobre vocês aqui n’O SubSolo. Podem deixar uma mensagem para os leitores?
Bullet Bane: Esperamos que curtam nosso disco novo que está cheio de novidades e inteiramente em português. Colem nos shows, comprem merchandising e apoiem as bandas independentes, isso ajuda demais quem realmente está fazendo o corre pra levar boa música para vocês! Nos vemos nas tour do “Continental”!

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.