Esta semana tivemos a oportunidade de conversar com o guitarrista Diogo Mafra. Diogo é natural de Florianópolis/SC e cresceu ouvindo a coleção de vinis de rock que seus pais possuem em casa. Atualmente, é guitarrista das bandas Almah e Dynahead e professor do GTR Instituto de Música. Confira a entrevista!
Primeiramente gostaríamos de te agradecer imensamente por topar responder estas perguntas para O SubSolo! Podes nos contar um pouco sobre como se deu teu primeiro contato com a música e a vontade de tocar um instrumento?
DIOGO: Eu que agradeço o interesse em ouvir um pouco das minhas loucuras e peripécias e, se tem alguém interessado nisso, fico muito honrado… Meu interesse por ouvir música iniciou bem cedo, inspirado pelos vinis dos meus pais que incluíam Led, Purple, Yes, Floyd. Mas a vontade de tocar só veio com 17 anos, e o instrumento de sonho era a bateria, mas meu pai me convenceu a experimentar guitarra com o argumento de que guitarra tem “botão de volume”. Experimentei a guitarra, o bicho mordeu e nunca mais consegui largar.
DIOGO: Eu que agradeço o interesse em ouvir um pouco das minhas loucuras e peripécias e, se tem alguém interessado nisso, fico muito honrado… Meu interesse por ouvir música iniciou bem cedo, inspirado pelos vinis dos meus pais que incluíam Led, Purple, Yes, Floyd. Mas a vontade de tocar só veio com 17 anos, e o instrumento de sonho era a bateria, mas meu pai me convenceu a experimentar guitarra com o argumento de que guitarra tem “botão de volume”. Experimentei a guitarra, o bicho mordeu e nunca mais consegui largar.
Quais são suas principais influências? Bandas e guitarristas que o inspiram.
DIOGO: A banda que me fez querer tocar foi Iron Maiden e, com o passar do tempo, fui angariando muitas influências diferentes, pois quando gosto muito de algo acabo ficando meio (ou muito) obcecado, então eu vivia pesquisando e fuçando atrás de bandas novas e discos raros por que eu queria conhecer TUDO (tipo “obcecado”, sabe?). Mas falando algumas bandas que influenciaram diretamente no meu estilo de tocar e compor, posso citar Dream Theater, Nevermore, Megadeth, Pantera, Death e Angra. E os guitarristas que mais “bebi na fonte” são John Petrucci, Greg Howe, Richie Kotzen, Edu Ardanuy, Marcelo Barbosa, Steve Ray Vaughan e Guthrie Govan.
Em 2014, você entrou para a banda Almah, banda brasileira de Heavy Metal internacionalmente conhecida. Como se deu o processo de entrada na banda e como têm sido a experiência de fazer parte de uma referência do metal nacional?
DIOGO: Final de 2013 abriu uma vaga de guitarrista no Almah e o outro guitarrista que é o Marcelo Barbosa é um grande amigo meu e já trabalhávamos juntos há muito tempo. Surgindo essa vaga, ele me indicou como um candidato para fazer teste e a escolha seria feita pela banda inteira. Esse teste era gravar em vídeo eu tocando 2 músicas do Almah, Believer e Birds of Prey e tinha que ser um vídeo simples, sem overdubs e regravações. O prazo era de 6 dias para enviar o primeiro vídeo e 8 dias para enviar o segundo. Eu literalmente não pensei em outra coisa e estudava até não conseguir mais me manter acordado e até acabava dormindo em cima da guitarra. Começava a estudar 7h da manhã e só parava umas 22h, porque não conseguia mais. Eu precisava garantir que faria TUDO que eu podia para ter certeza que, se não rolasse, era porque não era pra ser mesmo e não porque eu “vacilei”. Acabei entregando o primeiro vídeo em 4 dias e o segundo em 5, antes do prazo. E para os que acharam que entrei por “peixada”… #ficaadica.
A sua banda Dynahead tem como proposta fazer um metal mais experimental, com maior liberdade nas composições, sem se fixar em uma única vertente, o que garante uma sonoridade diferenciada. Como estão as atividades da banda neste momento?
DIOGO: O Dynahead é exatamente isso que você descreveu. Não temos rótulos. A música sai como a gente quer, se encaixando ou não em algum estilo, e isso é gostoso demais. No momento, o Dynahead está meio parado, pois cada um está ocupado com outros projetos e eu morando longe deles atrapalha bastante.
Recentemente, você passou a integrar a banda tributo à Megadeth da sua cidade natal (Florianópolis/SC), chamada Mechanix. Quais são as expectativas para este projeto?
DIOGO: A minha entrada na Mechanix surgiu meio sem querer e a ideia é fazer um som com velhos amigos e também uma forma de eu me manter ativo tocando com mais frequência aqui na região. Já temos muitos shows marcados, então você, que está lendo essa entrevista e gosta de Megadeth, se tiver a oportunidade de ir em um show, vá que você não vai se arrepender. Um monte de amigos tocando Rock ‘n’ Roll não tem como não ser divertido.
Você também é professor no GTR – Instituto de Música atualmente. De onde surgiu a ideia de começar a dar aulas? E como têm sido para conciliar com o trabalho nas bandas?
DIOGO: Comecei a dar aulas como uma fonte de renda, mas hoje em dia não me vejo não dando aulas. Eu amo a sensação de tocar, independente se é em um palco grande para muita gente ou dentro de um estúdio com os amigos. E dar aulas é uma oportunidade de ajudar outras pessoas a experimentar essa mesma sensação, e confesso a você que poucas coisas são tão gratificantes do que ver o brilho no olhar de um garoto tendo essa experiência pela primeira vez. Aproveito a oportunidade para anunciar que esse mês está inaugurando a minha escola de música em Florianópolis que vai se chamar GoPlay. Teremos aulas de Guitarra, Violão, Canto, Baixo e Musicalização Infantil. Se tem interesse em experienciar tocar um instrumento mande um email para diogo@dynahead.com.br ou inbox pelo Facebook que passo as pré-informações.
É inegável que você está ativo no metal nacional há muitos anos. Qual sua opinião sobre a cena do metal no Brasil?
DIOGO: A cena está complicada! As bandas ainda estão batalhando, mas realmente é um mercado difícil. E vejo acontecer muito de os próprios fãs ficarem criticando e conspirando sobre o mercado nacional mas na hora de ajudar, não ajuda. Reclama, mas não faz a sua parte. Aí fica difícil, né. Sempre falo que, se todos se ajudarem, todos crescemos juntos, mas a galera do Rock está muito longe de fazer isso. Infelizmente!
Quais os seus projetos futuros na música?
DIOGO: Meus projetos futuros envolvem investir nesse meu projeto de espalhar o vírus delicioso da música através da GoPlay. Está em formatação também um projeto de assessoria de carreira para ajudar a galera que está iniciando a carreira, mas está um pouco perdido em o que fazer e para onde ir. Se quiser mais infos: diogo@dynahead.com.br. Estarei acompanhando o Edu Falaschi nos próximos meses em uma tour tocando apenas músicas de sua carreira com o Angra, acompanhado também por Aquiles Priester, Raphael Dafras, Fábio Laguna e Roberto Barros. E logo logo estaremos gravando coisas novas com o Almah e quero gravar também meu disco solo, mas isso será um pouco mais pra frente ainda.
Grande parte dos nossos leitores são músicos de bandas autorais e muitos estão começando. Tens dicas ou conselhos para quem quer trilhar a jornada do Rock/Metal autoral?
DIOGO: Dicas eu tenho milhares, mas tem que analisar caso a caso. Que é o que quero fazer com a “assessoria de carreira”. Mas a dica “carro chefe” que posso deixar aqui é que sei que realmente não é fácil, ainda mais com um mercado complicado como esse, mas, acredite… Faça com amor e confiança que as coisas acontecem. Mais uma dica importante: passe menos tempo criticando os outros e mais tempo fazendo o que você acredita!
Agradecemos mais uma vez a sua atenção e disposição! Gostaria de deixar algum recado para os fãs e leitores d’O SubSolo?
DIOGO: Eu que agradeço você pela oportunidade e pelo espaço. Não quero deixar um recado e sim um convite. Vamos aos shows, galera! Convido vocês para nos encontrarmos e curtirmos Rock ‘n’ Roll juntos, trocar ideia, contar piadas e para eu ter a oportunidade de aprender com vocês também. Nos veremos logo!