Turn off é uma das bandas mais clássicas de Santa Catarina, formada em Criciúma/SC, cidade do carvão e da boa música, a Turn Off tem um EP considerado um dos melhores já lançado do gênero no estado, “Todos Contra Todos”, que inclusive já foi resenhado pelo Marcel Caldeira aqui n‘O SubSolo (clique aqui e confira). Conseguimos um tempinho para conversar sobre o futuro da banda, assuntos diversos como uma futura turnê, novo álbum e novidades. Confira!








Rapazeada da Turn Off, sempre um prazer trocar uma ideia com vocês. Mas para quem não conhece a história da banda, conte-nos, como iniciou a Turn Off?

Eduardo Valcanaia: A banda iniciou no colégio que estudávamos, a SATC. Primeiro show da banda foi numa Feira de Ciências, em 2010. Logo após este, eles fizeram um festival no extinto MANGA ROSA, casa noturna que tinha na Içara. Em uma conversa onde todos estavam bêbados, saiu o nome da banda (essa história quem contou foi o Pedro). E daí seguiu firme, musicas foram saindo, shows, e a vida seguiu.

Vocês tem um EP muito forte que foi o “Todos Contra Todos” que recebeu criticas positivas da imprensa especializada. Como foi o processo de gravação dele?
Eduardo Valcanaia: Cara, eu não estive presente nas gravações. Acompanhei por causa do meu irmão, muitas vezes eu acordava pra ir pra escola as 6 da manha e ele não tinha chegado ainda, viravam a noite. Mas lembro que demorou pra sair, querendo que tudo ficasse muito perfeito, levou em média 2 anos de gravações. Mas 3 musicas já existiam desde 2010, quando a banda nasceu. Ficou um EP muito bom, rendeu a chance de realizar vários sonhos, mas hoje não vejo a gente fazendo algo parecido com o antigo. Foi muito bom, e durou 3 anos de shows. Agora é hora de seguir, tanto que decidimos mudar a logo, por não ser parecido com o anterior o que está por vir.

Uma fato curioso é que o antigo vocalista era o Henrique Valcanaia, no caso, o teu irmão. Como foi assumir o posto dele? De certa forma você já tinha uma amizade forte com o restante da banda?
Eduardo Valcanaia: Foi tranquilo. No começo foi um pouco complicado cantar, eu tinha 16 anos quando assumi o vocal, e o Henrique tinha gravado o EP com 21 anos, as cordas vocais dele estavam bem mais formadas do que a minha, obviamente. Porém com o tempo fui acostumando, aprendendo a cantar melhor, pedindo dicas, fazendo alongamentos vocais, e isso me ajudou muito. Já tinha uma amizade sim, quando formaram a banda a gente estudava tudo no mesmo colégio, frequentavam minha casa, eu ia nos shows, então tinha sim uma amizade muito grande com eles já. Foi bem tranquilo!

Falando de música, vocês lançaram recentemente o “Opressor de Ideias”, teremos um novo disco em breve? E será na mesma pegada do single?
Eduardo Valcanaia: Teremos sim! Será gravado na Ibiraquera, na beira da lagoa em Imbituba/SC, no estúdio do meu primo. Provavelmente será todo produzido pela gente, talvez venha um amigo do Rio Grande do Sul dar uma mão. SIM, será bem Hardcore. Decidimos isso pois sempre foi o que a gente ouviu, viemos do Pop Punk, Punk Rock, mas ouvimos MUITO Hardcore e hoje é o que queremos pra banda. O Ismael, nosso novo guitarrista curte muito Metalcore, então acredito que venha algo bem pesado!

Fiquei sabendo por fontes confiáveis que a Turn Off logo fará uma turnê, é verdade? Se sim, nos conte mais detalhes e por aonde almejam passar e já tem cidades confirmadas?
Eduardo Valcanaia: SIM! Hahaha, vai ter turnê! Temos confirmadas Portão, Porto Alegre, Esteio no Rio Grande do Sul. Içara e Tubarão que inclusive tocaremos no festival de vocês. Obrigado pelo convite!! E pré-confirmadas temos Floripa, Blumenau, São Leopoldo, São Paulo, Santos e Lauro Muller. São Paulo e Santos falta só acertar a data, pois o rolê já tá firmado. O resto das cidades, amigos e produtores estão decidindo onde vai ser os eventos. Acredito que Março já tenhamos tudo aí pra vocês.

Para mim como músico a Turn Off é uma referência de como fazer Punk Rock de qualidade e como compor boas músicas. Uma música do trabalho de vocês que me encanta é “Chuva”. Qual na opinião de vocês marcou mais a banda nesses anos?
Eduardo Valcanaia: Cara, é complicado. “Chuva” é uma das músicas que mais me agradam, é um pouco calma, porém me arrepio quando canto ela. “Aqui no Bar” bombou muito entre meus amigos, e conhecidos próximos. Acho que pela letra ser de um amigo hahaha. Acho que se uma dessas músicas serem ouvidas por alguém, é mais fácil de reconhecerem a gente.




Como tinha dito anteriormente, “Opressor de Ideias” mostra a roupagem nova da banda, quem compôs a música e qual a mensagem que vocês procuraram passar com ela?
Eduardo Valcanaia: Essa música e letra nasceu de mim. A partir do momento que mostrei pros guris o Pedro não curtiu muito, porém sentamos e arrumamos ela. Acabou sendo feita por mim e por ele. A melodia foi eu quem fiz junto com o João (ex–guitarrista), o Pedro também ajudou. No fim a letra é minha e do Pedro, e a melodia de todos. Teve colaboração do Daniel Russo, um amigo próximo que hoje é nosso produtor, na letra também. Procuramos passar o que a gente é e pensa, querendo que quem ouça entenda que ninguém pode dizer o que você deve ou não fazer, se você pode ou não sonhar. As pessoas têm o medo de arriscar, e talvez por isso sejam tão estressadas e corrompidas como são. Nunca diga que tal pessoa não pode isso ou aquilo, sendo que dentro de você tem algo que diz: Eu deveria ter feito aquilo. Enfim, tem a ver com política também. E por aí. 

Quais os planos futuros, vem novo videoclipe por ai?
Eduardo Valcanaia: Os planos é tocar, gravar o CD, fazer videoclipes, camisetas, adesivos, bonés, chaveiros e mais uma coisa, em primeira mão pra vocês: Vamos lançar uma Cachaça  da banda, em parceria com um alambique da Içara/SC. E quem sabe tocar fora do país, hoje recebi uma mensagem de um conhecido querendo fazer isso, mas é algo complicado, vamos ter que sentar e conversar muito bem.

Cara, obrigado por disponibilizar um tempo para nós. Pode deixar uma mensagem para quem nos lê?
Eduardo Valcanaia: Claro. Nunca desistam dos seus sonhos, 2015 foi um ano horrível pra nós e superamos. Eu passei pela quarta cirurgia no coração, o Joao (guitarrista da época) mal andava com os ligamentos do joelho rompido. Então se você quer viver um sonho e realizá-lo, não desista. É difícil mesmo, quem falou que seria fácil? Tirem pelo Dead Fish, 26 anos e esse ano que tocaram no Planeta Atlântida. Não desistam, principalmente você Maykon, e colaboradores d’O SubSolo. 2017 é pra fazermos alguma coisa, e não ficar chorando que deu errado. Queria agradecer ao O SubSolo e ao nosso patrocinador Leonel Fernandes por apoiar e divulgar nosso trabalho sempre. MUITO OBRIGADO!!!

Viva e nunca esqueçam de cuidar duspão!
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.