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Entrevista: Eric Myers (Guabiruba/SC)

Eric Myers é uma daquelas figuras absolutamente necessárias para o underground. Além de músico, multi-instrumentista, compositor e cantor, Eric também é um agitador cultural, sempre envolvido em diversas ações e movimentos que apoiam a cena do Rock e do Heavy Metal em Santa Catarina, sendo também apresentador do programa Rock Connection, da Rádio Guabiruba FM, que abre espaço semanalmente para artistas de todo o país tocarem suas músicas em meio a bandas consagradas do gênero.

Não bastasse seu ativismo na cena, Eric também já participou da organização de shows de grandes nomes como Jeff Scott Soto, Richie Kotzen, Tim Ripper Owens, Blaze Bayley, Edu Falaschi, Aquiles Priester, Ricardo Confessori entre outros, além de ter sido aluno do nosso eterno Maestro, Andre Matos, com quem estudou música clássica e teoria musical.

Conversamos com Eric Myers traçando um panorama geral de sua carreira, discutimos suas preferências musicais e sua visão a respeito do nosso cenário musical, além de sabermos quais os seus planos para o futuro. Confira:

Eric, primeiramente, agradecemos sua disponibilidade e prontidão para conversar com O Subsolo e falar sobre sua carreira para o nosso público. Antes de mais nada, pra quem ainda não conhece, quem é Eric Myers segundo o próprio?

Eu que começo agradecendo a’O Subsolo pelo espaço concedido, e por seu trabalho de anos divulgando e fortalecendo a música e o underground nacional! Então, pra quem ainda não conhece, sou artista, músico, compositor, escritor, apresentador, radialista e fomentador cultural. Iniciei no meio underground, trabalhando em eventos e com programa de Webrádio dedicado ao metal desde 2005.

Eu poderia começar pedindo tantas coisas a respeito da sua carreira, que já vem de longos anos em contribuição ao nosso underground, mas antes eu preciso saber: Como foi fazer aulas com o nosso grande Maestro, Andre Matos?

Foi uma experiência única! Fui aluno do mestre na modalidade online, e apesar de nunca ter conhecido o Andre de fato pessoalmente, a contribuição dele para a minha carreira, seja com seus ensinamentos sobre música, ou com a própria inspiração que o mesmo me desperta até hoje, foi algo imprescindível para mim. O Andre era uma pessoa extremamente gentil, e um professor muito acima da média. Com certeza, na minha opinião, um dos maiores nomes do nosso metal mundial!

E na sua carreira, você vem do Metal, mas suas músicas apontam para outro direcionamento. Nos fale um pouco sobre suas composições e se você ainda tem pretensão de lançar algo mais pesado.

Bom, de fato, meus primeiros singles, tem uma pegada bem leve, pois se tratam de composições mais ”baladas”, e por ser algo em sua síntese mais ”violão e voz” se tornou algo mais fácil pra produzir de início, já atuo como músico à muitos anos, mas nunca tinha começado a lançar meus sons autorais, até 2020. E sim, tenho várias composições aqui, e a grande maioria é mais voltada pro metal, para um som mais pesado. O próximo single a ser lançado, já será algo bem mais pesado, do que a linha que venho trabalhando.

Além de suas composições, você é bastante atuante como produtor de eventos e agitador cultural e nós bem sabemos que esse é um dos profissionais mais importantes do nosso meio. Como você tem encarado essa volta dos eventos pós pandemia e o que tem trabalhado em relação a isso?

Bom, eu acho essa fase pós-pandêmica, bem promissora. Embora o streaming e a própria internet tenha facilitado o acesso do público ao conteúdo, principalmente no último ano, o meio tem se deparado com casas voltando à lotar, shows undergrounds à nível municipal com uma ótima aceitação do público, e é isso que incentiva o meio de produções de eventos à produzir cada vez mais! O trabalho tem sido intensivo pela rádio na parte de divulgação de bandas, e shows do underground, agora, com o Rock Connection pela Guabiruba FM, temos um alcance ainda maior de público, o que permite inclusive levar essas informações, para pessoas que não curtem tanto o nicho do Rock, trazendo novos amantes do som para a cena! 

Como você encara o atual momento do underground catarinense e o que podemos fazer para melhorar mais a nossa cena?

O apoio dos headbangers é indispensável para isso! Pois as casas precisam voltar a enxergar o rock e o metal, como algo rentável, afinal, tudo está atrelado ao dinheiro, ao lucro, o dono de uma casa, não pode ter a visão que apenas sertanejo e pagode dá lucro, então aqui já fica um apelo ao público, APOIE o underground de sua cidade, compareça aos eventos, consuma! Isso fortalece cada vez mais o fluxo de shows e eventos na cena.

E você também tem um programa de Rádio muito bem estabelecido na Rádio Guabiruba FM. Nos conte como surgiu o Rock Connection, como você produz e dirige o programa e como é fazer rádio de verdade ainda nos dias de hoje.

O Rock Connection, surgiu da minha necessidade de voltar à ter um programa 100% dedicado ao Rock e Metal, coisa que anda ficando cada vez mais rara hoje em dia, já são dois anos de programa, e várias parcerias sendo feitas, a Hell Yeah Music Company, tem sido a parceria mais importante do programa, contribuindo consistentemente para a evolução e disseminação do mesmo! A produção do programa é feita mesclando os clássicos do rock e metal mainstream, com muitas bandas do underground do país, seja aqui da nossa região do vale catarinense, até mesmo bandas underground de outros países. Fazer rádio de verdade é como voltar no tempo, pois é uma tecnologia que não evoluiu muito, e aqui em Guabiruba, por ser uma cidade mais interior, a rádio ainda tem um impacto muito grande na sociedade.

E quais os planos para o futuro? Quais outros projetos você está trabalhando no momento ou se preparando para conduzir?

Bom, estou retomando minha banda solo, que é mais voltada pra Covers mais na pegada do Gothic Rock, e com certeza acabará rendendo músicas autorais também. Além dos próximos singles, mais algumas baladas, coisas mais pesadas também com algumas participações especiais! Fora a pretensão de ampliar ainda mais o alcance do programa, para poder cada vez mais contribuir para a nossa cena do rock e metal.

Essa pergunta não pode faltar, pois adoramos listas e adoramos dividir bons discos com o público do Subsolo. Nos indique cinco dos seus discos favoritos de Rock e Heavy Metal.

Escolher apenas 5 é um pouco complicado, mas vamos lá:

1 – Angra – Temple of Shadows

2 – Pain of Salvation – The Perfect Element Pt.1

3 – Andre Matos – Time to be Free

4 – Avenged Sevenfold – Nightmare

5 – Avantasia – The Metal Opera Pt.1

E fora do Rock e do Metal, você curte alguma coisa também?

Com certeza! Nem só de Rock e Metal viverá o homem (risos). Sou um amante de música clássica principalmente Beethoven, óperas em geral, consertos em piano como Richard Clayderman. Gosto muito também de alguns artistas mais pop, como Aurora, Imagine Dragons, Dimash Kudaibergen, Pentatonix.

Eric, novamente, muito obrigado pela entrevista. O espaço é seu para deixar seu recado para os leitores d’O Subsolo

Eu agradeço imensamente o convite para a entrevista! E gostaria de agradecer a todos os leitores que tiraram um tempo para ler esse conteúdo. E convidá-los para todas as Quartas Feiras das 20h às 22h acompanharem o Rock Connection pela Guabiruba FM ao vivo, pelas ondas de rádio, e pela web. Convido também, todos que quiserem conhecer mais o meu trabalho como músico e compositor, me seguirem no instagram @ericmyersoficial

Mais uma vez agradeço a todos! Apoiem o metal, e disseminem o amor e a paz! Vida longa e próspera à todos!

A Hell Yeah Music Company surgiu em 2020 a partir do sonho de dois amigos, Luis Fernando Ribeiro e Leandro Abrantes, que se conheceram há 15 anos por meio do Heavy Metal e tomaram-no como trilha sonora de suas vidas e matéria prima de sua arte. Respeito, valorização, criatividade e amor pelo que fazemos são nossos pilares. A #HYMC nasceu para quebrar padrões, ignorar estereótipos e dar suporte às bandas brasileiras que compartilham do mesmo sonho que nós. Baseada em Florianópolis, SC, a Hell Yeah atende bandas de todo o Brasil e de Portugal. Hell Yeah Music Company, música como experiência.