(ENGLISH BELOW)
Orgulhosamente, O SubSolo tem a honra de apresentar uma entrevista marcante para a história do blog. Pela primeira vez com convidados internacionais, a entrevista de hoje é com os canadenses do Iron Kingdom, banda que passou pelo Brasil na última turnê do Blaze Bayley e arrebanhou diversos fãs brasileiros por onde passou. O frontman Chris Osterman, dono de um vocal poderoso e de técnicas rápidas na guitarra, conversou conosco sobre a passagem da banda pelo Brasil, as inspirações deles e o passado e futuro do Iron Kingdom. Confiram!


Da esquerda para direita: Joey Paul (bateria), Chris Osterman (vocal e guitarra), Leighton Holmes (baixo) e Kenny Kroecher (guitarra)


Primeiro de tudo, muito obrigado pela atenção! É a primeira entrevista internacional aqui no site, e isso significa muito para nós! Obrigado, caras! Segundo, tenho que exaltar o grade show que vocês fizeram em Urussanga. Todos com quem conversei depois do show estavam impressionados com a grande performance de vocês em palco. Esperavam todo esse retorno do público brasileiro?
Iron Kingdom: Nossa! Agradeço muito, é uma honra ser a primeira banda internacional que você entrevistou!

Nós não tínhamos a menor ideia do que esperar do Brasil, mesmo que víamos o Brasil como uma capital do Heavy Metal, como a Alemanha, por exemplo. Essa ideia era baseada em tudo que ouvíamos sobre festivais como Rock in Rio e documentários como Global Metal, então naturalmente sonhávamos em um dia podermos fazer uma turnê pelo Brasil!

Claro que as plateias eram menores que algo do patamar do Rock in Rio, mas pudemos compreender porque as bandas de Heavy Metal amam tocar no país de vocês e mal podemos esperar para voltar!


Então, imagina quantas grandes histórias vocês coletaram nesses dias pelo Brasil. Tem alguma que seja cômica para compartilhar conosco, ou algum evento inesperado?
Iron Kingdom: Haha, sim, temos algumas boas histórias dessa viagem com certeza, mas acho que algumas não tenho a liberdade para contar… De qualquer forma, vou contar a história de como aprendemos alguns palavrões em português!

Nos demos bem com todo mundo na turnê, mas obviamente havia a barreira da linguagem, e parte dessa barreira era que nós do Iron Kingdom não sabíamos nenhum palavrão em português.

Então teve uma noite onde nosso motorista estava preparando o jantar, para ambas as bandas e equipe, fazendo alguns bifes e salsichas (muito, muito bem feitas eu devo dizer!) e ia passando para cada um conforme ficava pronto. Então, ele passou pelo Joey (baterista) e deu um steak e disse “foda-se” e acenou com a cabeça, como se ele tivesse dizendo “para você!”. Como não sabíamos o que aquilo significava, Joey disse “obrigado” e ficou de boa.

Alguns minutos depois, Joey, curioso para saber o que o motorista havia lhe dito, foi procurar explicação com os caras da banda do Blaze sobre aquilo, e então perguntou “o que ‘foda-se’ significa?”. Eles então explicaram para nós e todos nós começamos a rir por vermos o quão sem noção fomos. Claro que o motorista só se divertindo com a gente, então os caras começaram a nos ensinar outras frases como “vai tomar no cu” e “filho da puta”. Como você pode imaginar, o restante da turnê foi como uma lição de vocabulário, hahaha! Aqueles caras eram hilários!


Hahaha, então como imaginei, houveram essas dificuldades em relação a linguagem. Mas chegou a atrapalhar em alguma coisa? Estar num país onde nem todos falam sua língua é um desafio…
Iron Kingdom: Bom, tivemos momentos engraçados e estranhos por causa disso, mas no geral nos saímos bem. Todos estavam dispostos a nos ajudarem e foram legais conosco para ajudar a diminuir essa barreira linguística. Na verdade, acho que nos sentimos um pouco mal por não sabermos muitos de português, mas tentamos aprender umas palavras aqui e ali para termos uma comunicação no mínimo simples.

Também encontramos muitos brasileiros que falavam inglês e nos ajudavam a traduzir algumas coisas, o que foi algo muito legal da parte deles!


Que bom que tiveram boas companhias por aqui. Aliás, aqui no Brasil ouvimos falar muito sobre a boa educação dos canadenses. Uma vez inclusive ouvi que nos mosh-pits do Canadá, toda vez que um cara esbarra em outros ele diz “Me desculpa!”. Claro que isso é uma piada… eu imagino hahaha
Iron Kingdom: Haha, isso é incrível, no Canadá muitos de nós temos orgulho por sermos amigáveis! A melhor parte dessa piadinha é que, na verdade, já vi pessoas fazerem isso!


Hahahaha. Bom, voltando a aquela noite em Urussanga, conversei contigo e com o Joey rapidamente, e vocês me disseram que era a primeira vez de vocês aqui no Brasil. Foi também a primeira vez que vocês tocaram fora da América do Norte ou já haviam tocado na Europa ou algum outro continente?
Iron Kingdom: Sim, foi a nossa primeira vez na América do Sul, mas já havíamos tocado na Europa, como em 2014 no Reino Unido, e também na Alemanha, onde tocamos no lendário festival Keep It True XVII! No entanto, para o Joey, que é novo na banda, foi a primeira vez fora da América do Norte!


Legal isso, e que bom que vocês tenham gostado dessa passagem pelo Brasil! Aliás, algo que me intrigou foi como que o Blaze Bayley apareceu no caminho da banda?
Iron Kingdom: Bem, nós assinamos recentemente com a Open the Road Agency, que é a mesma agência de shows que trabalha com o Blaze Bayley na América do Sul. Tínhamos o conhecimento de que a agência trabalhava com ele e outras bandas realmente incríveis, então queríamos nos conectar a ele.

A agência concordou com isso e nos perguntou se queríamos fazer parte dessa turnê com o Blaze, pois acreditavam que as duas bandas fariam bons trabalhos juntas. Claro, nós concordamos e fizemos isso!


Foi sem dúvidas um passo certeiro que vocês deram. Foi uma grande surpresa para todos os brasileiros. É impossível de se esquecer das músicas energéticas de vocês, além do impressionante cover de Helloween que vocês fizeram. No entanto, eu confesso que, assim que ouvi a sua voz eu comecei a imaginar um tributo ao Angra, principalmente algo dos primeiros álbuns da banda. Tenho certeza que todos ali iriam pirar ao ouvir isso! Sua voz aguda com certeza alcançaria as notas altas do André Matos haha. Aliás, antes de virem ao Brasil, vocês tinham conhecimento de algumas bandas de Heavy Metal do Brasil?
Iron Kingdom: Antes de virmos ao Brasil conhecíamos algumas das maiores bandas, como o Angra mesmo ou Sepultura. Mas aquele cover de Helloween foi algo que realmente estávamos querendo fazer a algum tempo, e foi muito divertido para nós haha! Talvez na próxima vez não rola algum cover novo, quem sabe!


Desde a primeira música que ouvi no show, senti muita energia dos anos oitenta em vocês. Algo de Helloween, Blind Guardian, iron Maiden, Judas Priest está presente no meio de seus toques pessoais. Quais outras bandas que também inspiraram vocês?
Iron Kingdom: Essa foram as maiores inspirações para nós, mas também amamos bandas como Saxon, Accept, Scorpions, Deep Purple, Black Sabbath… e a lista vai crescendo cada vez mais!


E como que vocês resolveram transformar essas inspirações de vocês numa banda? Quero dizer, pegar toda essa atmosfera oitentista, a sonoridade mais crua, sem toneladas de enfeites superficiais, e fazer uma banda que seja fiel ao Heavy Metal clássico. Isso foi motivado pela falta de bandas que mantenham o espírito dos gigantes que surgiram nos anos ’80?
Iron Kingdom: Conforme fomos crescendo, notamos que era difícil encontrarmos bandas modernas que nos agradassem, então cada um de nós moldamos nosso gosto mais enraizado nos estilos das bandas mais antigas, pois sentíamos que era melhor e mais completo por diversas razões, cada um de nós com seus conceitos.

Para mim, particularmente, queria que a platéia tivesse grandes shows, que fossem excitantes, com solos e vocais altos, era o que eu sentia que era um som melhor que qualquer coisa que estava sendo criada atualmente… então, por que não começar isso e ver até onde podemos levar essa música nos dias de hoje?


Bom, tudo isso se encaixa sobre um movimento que eu estive lendo mais sobre recentemente, que é o New Wave of Traditional Heavy Metal (Nova Onda de Heavy Metal Tradicional), e vocês se encaixam nisso. Esse estilo oitentista de tomar o palco, de aproveitar a noite, tudo isso trás de volta os grandes anos do Heavy Metal para uma geração onde isso está quasse morrendo. Como que vai indo esse movimento no Canadá? Existem outras bandas seguindo essa ideia?
Iron Kingdom: Sim, quando nós começamos não sabíamos que outras bandas seguiam o mesmo estilo que nós! Então, conhecendo bandas como Skull Fist ou Cauldron de Toronto/ON, ou Striker de Edmonton/AB, nós ficamos bem empolgados com o fato de não sermos os únicos que tinham esses sentimentos em relação a esse estilo de Heavy Metal! Canadá criou uma grande presença no cenário atual do Metal tradicional, e possuí diversas outras bandas surgindo por lá… o problema é que o Canadá é um país muito grande e com uma população pequena, então isso torna difícil para formar uma cena forte por lá, mas vamos fazendo o que podemos, e temos percebido que essa cena vem crescendo, não apenas no Canadá mas no mundo todo!


É bom tocarmos no assunto dos álbuns da banda, e também é bom lembrarmos aos leitores que o Iron Kingdom inclusive já tem três discos lançados. O primeiro saiu em 2011, “Curse of the Voodoo Queen”, e então, dois anos depois, “Gates from Eternity”, seguido do último ano com “Ride for Glory”. É um álbum a cada dois anos, o que é uma boa média. Qual a inspiração para manter essa consistência?
Iron Kingdom: É divertido, sabe? Para as bandas dos anos ’70 e ’80 o comum era lançar álbuns anualmente, os selos colocavam pressão nelas para mante-las num nível de relevância aos olhos do público, então nós tentamos nos aproximar disso em certo ponto. Sentimos que, como músicos, qual é o nosso trabalho? É criar músicas, então isso faz sentido e por isso continuamos fazendo músicas novas!

E seus álbuns estão sendo vendidos em alguma loja no Brasil? Ou tem alguma outra formas dos fãs adquirirem o material de vocês?
Iron Kingdom: Sim, a Arthorium Records (http://arthorium.com/store/) no Brasil tem nossos CD’s para toda América do Sul. Somos novos nesse mercado, então talvez apareça em mais lugares em breve. Mas, vocês podem comprar através de nosso site oficial: http://www.iron-kingdom.com/ , fazemos entregas pro mundo todo.


Sobre as letras, a primeira como que me vem em mente ao ouvir o nome “Iron Kingdom” são um monte de coisas medievais, como cavaleiros, dragões, batalhas épicas e coisas desse tipo. No entanto, pude notar que a banda não se restringe apenas a esse tema, explorando várias coisas, como cultura japonesa em “The Samurai”, do último álbum, e cultura asteca também, com “Montezuma”, do primeiro disco. Como funciona os conceitos abordados por vocês nas canções? Tem um escritor principal ou todos trabalham juntos nas letras, temas e etc?
Iron Kingdom: Nosso principal escritor é o Leighton, nosso baixista. Mas sempre vamos trabalhar com quem tiver a melhor ideia para a música, e jamais iremos nos limitar sobre o que iremos escrever desde que nós gostemos do tópico abordado. Dito isso, “The Samurai” e “Montezuma” são sobre histórias antigas, e tudo isso se liga ao nosso nome.

Falando nisso, Iron Kingdom, sim, é fácil ver castelos e dragões a primeira vista, mas o nome Iron Kingom, para nós, sempre teve um significado mais profundo. É como se uníssemos todos os metalheads debaixo de uma só bandeira, como o paraíso para eles, a terra ou reino onde todos vamos vivenciar o Metal, tipo o mundo todo, é sobre estarmos juntos como irmãos e irmãs, trazendo o Metal de volta aos seus dias de glória!


Nossa, é muito mais empolgante olhando o nome da banda por esse lado! E bem, como andam as datas de vocês por agora? Vi que anunciaram uma turnê pelo Canadá agora pra agosto, contando com a gravação de um novo video-clipe. Algo foi gravado aqui no Brasil para ser usado em algum video também ou não tem planos pra isso?
Iron Kingdom: Infelizmente não. Vamos fazer a filmagem para o video-clipe em Vancouver/BC, e depois de algumas pós-produções iremos postar em nossas redes para todos ao redor do mundo assistirem, e acho que o pessoal vai ficar bem animado com o que vamos trazer!


Imagino que sair em turnê por outro país, outro continente, conhecer novos fãs ao redor do mundo e estar lado a lado com grandes músicos e bandas é o sonho de todos que entram nesse universo de ter uma banda. Como vocês tem lidado com todas essas coisas que vem acontecendo em menos de uma década de Iron Kingdom?
Iron Kingdom: Bem, pode parecer rápido para alguns, mas foi uma longa e desafiadora estrada para nós, com muitas provações e tribulações. Nós tivemos momentos de extremo sucesso e falhas desastrosas, mas sempre mantivemos nossas cabeças no lugar e trabalhamos duro mesmo para conquistarmos tudo que realizamos. No fim, apenas tocamos a música que amos e esperamos que os outros embarquem conosco nessa jornada!


Os brasileiros embarcaram nela, com certeza! Tenho certeza que deixaram saudades por onde passaram, pois sem dúvidas todos curtiram o show de vocês e agora estão na torcida para retorno. E então, se pudessem decidir qual banda seria head liner de uma próxima turnê de vocês aqui pelo Brasil, qual seria?
Iron Kingdom: Ooooh… difícil essa! Tem tantas bandas matadoras, eu acho que qualquer uma de nossas maiores influências seriam um sonho se tornando realidade para nós, talvez algo como Saxon ou Helloween! É um pouco mais distante, mas Maiden, cara, seria muito divertido! Haha


Isso é tudo, pessoal. Agradeço imensamente por essa ótima conversa que tivemos e a honra de trazer essa ótima banda ao nosso site. Estarei seguindo de perto o trabalho de vocês e torcendo pelo sucesso da banda. Alguma mensagem final aos leitores?
Iron Kingdom: Que isso, eu que agradeço demais por nos ajudar a divulgar o Iron Kingdom! Passamos ótimos tempos no Brasil e mal podemos esperar para retornar, e tenho esperança de que tenhamos mais datas numa próxima vez e por mais lugares ainda!

Fiquem ligados em nosso site e curta nossa página do Facebook para ficarem por dentro das novidades da banda. “Keep the faith!”





ENGLISH VERSION
First of all, a lot of thanks for your attention. It’s the first international interview here in our site, and it means a lot for us! Thanks, guys! Second, I need to praise the great show you have made in Urussanga. Everybody that I’ve talked after the show was impressed with your performance in stage. Were you expecting all this feedback from Brazilian public? 
Wow!  Thank you so much, it is our honour to be the first international act you’ve interviewed!  

We had no idea what to expect from Brazil, however we all saw Brazil as a Heavy Metal capitol, similar to Germany for example.  This idea was based around hearing about festivals such as Rock In Rio and documentaries like Global Metal, so naturally we dreamt about one day being able to tour in Brazil!  

Obviously the crowds were smaller than something like Rock In Rio, but we totally understand why Heavy Metal bands love travelling to your country and we can’t wait to return!


So, I wonder how many great stories you’ve collected over these days in Brazil. Have any comic story to share with us, or some unexpected event?
Haha, yea there are some good stories from this trip for sure, I think perhaps some I am not at liberty to say…

I will however tell you the story about how we learned some Portuguese swear words!

We got a long really well with everyone on the tour, but obviously there was a language barrier, and part of this language barrier was that we (Iron Kingdom) didn’t know any swear words in Portuguese. 

This one night our driver was making us all a dinner, both bands and crew, he was making some steak and sausages, (very very well made I might add!)  and was passing it around to everyone, so he walks over to Joey and gives him some steak and just says ‘foda-se’ and nods, as if he was saying, for you!, us not knowing what this meant, Joey says ‘obrigado’ (thank you), and we carry on.

A couple minutes later, Joey, curious about what the driver said to him, goes over to explain to Blaze’s band mates what just happened, he then asked them specifically, what does ‘foda-se’ mean?  They explain it to us and then we all started laughing about how clueless we were.  Obviously the driver was just having some fun with us, so the guys start telling us other phrases like ‘vai tomar no cu’ and ‘filho da puta’.  As you can probably guess, the remainder of the tour became quite the vocabulary lesson, hahah!  Those guys were hilarious!



In that night at Urussanga I’ve talked with Chris and Joey, and they told me that was the first time of you in Brazil. But have you already toured out of North America, maybe Europe or another country or this was the very first time out of the North America circuit?
Yes that’s right, this was our first time in South America, however we have toured Europe and the UK back in 2014 including a performance at the legendary KEEP IT TRUE XVII Festival in Germany!  However for Joey, the new guy in the band, this was his first time outside of North America!



Here in Brazil we hear a lot about the Canadian polite. I once heard that in the Canadian mosh-pits every time a guy collides in another dude he says “I’m sorry!”. Of course, I guess that this is just a joke hahaha 
Haha, that’s amazing, in Canada many of us do take pride in being friendly!  The best part about this particular joke is that I have actually seen people do that!



How was the experience to be in a country that not even everybody speaks your language? It fumbled something or everything went well despite this?
Of course there were some funny or awkward moments but overall I think it went quite well!  Everyone was so helpful and nice to us despite our language barrier, I think we all felt bad about not knowing much Portuguese, but we tried to pick up the odd word here and there for simple communication.

We also found that there were many Brazilians who spoke English and were willing to help us translate, so that was very nice of them!



About Blaze Bayley: how did he appear in the band’s way? There were another shows together or what? How it all happened until come to Brazil?
Well Iron Kingdom just recently signed with Open The Road Agency, the same booking agency that Blaze Bayley works with for South America.  We were aware that the Agency worked with him as well as a few other really awesome bands so we wanted to connect with them.  The agency agreed to work with us and then asked us if we would like to tour with Blaze, thinking the two acts would work well together.  We agreed, and so it was done!


It really worked well together, was a great surprise to all the Brazilians. It’s impossible to forget your energetic songs and the impressive cover of Helloween during the show. But, I confess that, since I heard Chris voice I was expecting the band to pay a tribute to Angra, specially something from the firsts albums. I’m sure everybody from here would love to hear it! Chris’ acute vocal surely would get the high notes of Andre Mattos haha. Before coming to Brazil you had any contact with the Brazilian Heavy Metal? Already knew some bands or just after this tour?
We were aware of some of the bigger international acts such as Angra or Sepultura before arriving in Brazil, however we really wanted to do a Helloween cover for quite some time so this was really fun for us haha!  Perhaps next time we will have a new cover, who knows!


Since the first song I heard in the show, I felt a lot of eighties energy on you. Something from Helloween, Blind Guardian, Iron Maiden, Judas Priest it’s present between your personal touches. Which other bands inspired you? 
Those are some of the biggest inspirations for us, however we also love bands like Saxon, Accept, The Scorpions, Deep Purple, Black Sabbath… the list goes on and on!



How did you decided to make a true eighty classic metal band? It’s like going back in time, hearing a raw music, without tons of superficial garnish. It was motivated by the lack of nowadays band keeping the spirit of the 80’s Metal giants?
When we were growing up, it was hard finding modern bands we enjoyed listening to, so each of us in our own ways found older styles of music better and more fulfilling for different reasons.  For me personally I wanted people to have a big exciting show, with solos and high vocals, I just felt this was a better sound than anyone current was creating, so why not start there and see where we can take this music now a days.


I was reading more about the New Wave of Traditional Heavy Metal, and you guys fit into this movement. This eighty style to rock the stage, to enjoy the night, it brings the great Heavy Metal years back to an era where it was almost dying. How are this movement going in Canada? There are another band following this idea?
Yea, when we started we didn’t realize anyone else played this style at all!  So hearing of bands like Skull Fist or Cauldron in Toronto, ON, or Striker from Edmonton, AB we got pretty excited that we weren’t the only ones who felt this way about this style of heavy metal!  Canada has made a huge presence in today’s traditional metal scene and there are other bands being made all around, the problem with Canada is that it is such a large country with such a small population, so its really hard for us all to build a strong scene in Canada, but we all do what we can, and I have noticed the scene growing, not just in Canada but all over the world!



Talking about the beginning, it’s nice to remember the readers that Iron Kingdom already have three albums released. The first one comes from 2011, “Curse of the Voodoo Queen”, then, two years later, “Gates from Eternity”, and on the last year “Ride of Glory”. It’s one album every two years, what it’s a good average. What is the inspiration to keep this consistency? 
Funny enough, bands from the 70’s and 80’s, it was very common for bands to release an album every year, the labels put pressure on bands to do this to keep them relevant in the public eye, so we took on that same approach to a certain degree, but we also felt that as musicians what is our job?  It’s to create music, so it just makes sense that we keep making new tunes!



The albums are being sold in some store here in Brazil? Or there is another way to the Brazilians fans to buy your material?
Yes, Arthorium Records ( http://arthorium.com/store/  )
in Brazil carries our CD’s for South America. We’re still new to this market however, so perhaps a few more will catch on soon.  You can also buy our music through our official website:  www.iron-kingdom.com as we ship worldwide.



About the lyrics, the first thing that comes to my mind when I hear the name “Iron Kingdom” is a lot of medieval things, like knights, dragons, epic battles and that kind of stuff. But, I can see that the band it’s not only into this theme, exploring a lot of things, like Japanese culture on “The Samurai”, from the last album, and the Aztec too, with “Montezuma”, from the first album. How does works the concept of the band’s albums? Have you a kind of main writer or everybody works together on the lyrics, themes and etc?
Our main lyricist is Leighton, our bass player.  However we go with whoever has the best idea for the song, and we would never limit what we can write about as long as we enjoy the topic. That being said, ‘the Samurai’ or ‘Montezuma’ are both about ancient history, which all ties into the name for us. 

When talking about the name Iron Kingdom, it is easy to see castles and dragons on the surface, but the name Iron Kingdom for us has always had a deeper meaning.  For us it is about uniting heavy metal heads under one banner, it’s like a haven for metal heads, a land or kingdom where we all go to experience metal, it is about the whole world, it is about all of us standing together as brothers and sisters, and bringing metal back to its glory days!



Wow, it’s very more impressive looking this way! Well, the band announced a Canadian tour in August, including a shoot to a new video-clipe, right? Was something recorded here in Brazil to be used in any video to or there’s nothing planned about it already? 
Sadly no, the music video will be shot at our show in Vancouver, BC, Canada, but after some post production it will be posted on our websites for everyone around the world to watch, and I think people will be pretty excited for what we’re putting together!



I guess that touring through the country, to another continent, meeting new fans around the world and being side to side with great musicians and bands is the dream of everyone who joins the world of having a band. How do you guys deal with all of this things happening in less than one decade of Iron Kingdom?
Well it might sound fast to some people, but really it has been a very challenging and long road for us, with many trials and tribulations.  We have had some very extreme successes and disastrous failures, but we have always kept our heads down and worked really hard to achieve everything we accomplish.  In the end, we just play the music we love and hope others jump on board for the ride!



And now you left Brazil missing you! I am sure that all the cities that you’ve passed by enjoyed a lot the shows and now are hoping for a new tour here. If you could choose one band to head-line this tour, which one would be? 
Ohhhhh… tough one!!  There are so many killer bands, I think any one of our influences would be a dream come true for us, maybe a band like Saxon or Helloween!!  Maiden would be a far reach, but man that would be fun!! Haha



That’s all, guys. I thanks you a lot for this great interview and the honor to bring a great band to our site. I’ll be following near your work and cheering for the sucess of the band. Any last message to our readers? 
No, thank you so much for helping us spread the word about Iron Kingdom!  We had such a great time in Brazil and can’t wait to return, hopefully next time with more dates and more countries even! 

Check us out online!

And ‘Like’ us on Facebook for the most up to date news:

Keep the Faith! – Chris Osterman
Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.