Formada em Guarulhos/SP, a Lotus figurou em diversas oportunidades no Portal O SubSolo e em todas as vezes, compartilhou e espalhou as matérias em que fez parte. Valorizamos todas as bandas, principalmente as que nos valorizam. A Lotus além de compor em Português, tem se destacado por também produzir o evento “Metalcore Fest”, com o seu som engajamento no Metalcore com pegadas do New, Nu e até do Groove, se destaca pelas fortes letras e pegadas rítmicas.


Conversamos um pouco com a dupla Natalie Kubrusly (baixista) e Leandro Chechter (bateria), confira:




Satisfação em poder bater um papo com a LOTUS. E já para iniciar com o pé direito, como se iniciou o projeto?


LOTUS: a banda surgiu em 2013 com a reunião de amigos que já tinham participado de um outro projeto musical que não havia dado certo; porém que não queriam deixar de ser reunir para tocar, criar músicas e se divertir. A ideia principal era poder aliviar a tensão e o estresse do dia a dia e se expressar livremente.


O nome de vocês é uma sigla bem bacana de “Lados Ocultos Transformando o Último Sistema”, como chegaram a esse nome?

LOTUS: É até engraçado responder essa pergunta. Todo mundo que tem banda sabe que escolher um nome é uma das coisas mais difíceis do início de qualquer banda. A princípio queríamos um nome que expressasse transformação, mudança, evolução, mas ao mesmo tempo que fizesse referência a revolução e protesto. Associamos as duas ideias como sigla usando a palavra Lotus em referência a própria flor de lótus que simboliza a beleza e transcendentalismo por conseguir  desabrochar e florescer de forma bela mesmo em ambientes lamacentos e lodosos


O intuito desde o princípio era compor? Como foram e quais foram suas primeiras composições?

LOTUS: Sim, desde o princípio a ideia era fazer música autoral para podermos expressar nossas ideias, alegrias, frustrações e vivências em geral. Sobre as melodias normalmente o guitarrista trás as bases para os ensaios e todos compõe suas linhas em conjunto, as letras a princípio eram de autoria do antigo guitarrista Rafael, junto a baixista Natalie e atualmente tem sido compostas pela baixista com apoio do novo guitarrista Renato.


Hoje felizmente cada vez mais a diversidade nos palcos independentes aumenta. Como é ter uma mulher dentro da banda e poder contar com a qualidade da Natalie Kubrusly nos graves da LOTUS?

LOTUS: É algo natural ter a Natalie na banda, pois quando tocamos não sentimos diferença alguma por diferenças de sexo ou qualquer outra. É positivo ter a integrante no time, pois sempre está buscando evolução técnica, incentiva a motivação, tem ação criativa e ajuda a banda em diversas áreas como por exemplo o merchandising.


Como é o cenário de Guarulhos? Alguma banda parceria para indicar?

LOTUS: Ultimamente tá devagar, os principais bares e points do underground na cidade estão fechando e os poucos que restam não tem infraestrutura e aparelhagem. Se as bandas não se mobilizarem no esquema “faça você mesmo” não rola nada. Não se vê mais como antes eventos grandes rolando em guarulhos como existiam há poucos anos atrás. Em Guarulhos temos uma união de bandas, um coletivo, que é a associação cultural do rock guarulhos que organiza uns eventos com uma estrutura melhor mas vemos que falta um pouco mais de apoio da prefeitura e da secretaria de cultura para que essa associação possa expandir mais seu alcance e visibilidade.

Fora isso nosso baterista Leandro Chechter também tem organizado eventos (Metalcore Fest) e convidando as bandas parceiras para nos unirmos e manter a cena viva.

Algumas bandas que tem corrido junto conosco são: Intereffect, Doma, Ssd, Slave Off, Lacuna, entre outras…


No cenário temos muitas dificuldades, quais vocês encontraram? E como vocês veem o cenário em todo atualmente?

LOTUS: Temos passado limitação financeira, que no caso não conseguimos lançar o nosso material tão rápido quanto gostaríamos. Vemos o cenário com casas parceiras que abrem o espaço para o underground, bandas tentando se unir para fazer acontecer, e um público que valoriza muito mais shows internacionais, nacionais de bandas grandes e covers. Por isso que o nosso baterista criou o coletivo e eventos Metalcore Fest, para tentar unir as bandas e público, assim proporcionando shows melhores e com mais união.


A LOTUS é uma banda que já teve troca de formação, como é lidar com isso? E o que muda?

LOTUS: Pra gente foi positivo, foi como colocar lenha na fogueira e reacender uma chama que já estava bem enfraquecida.

Os membros antigos que saíram tinham outras prioridades e já não estavam mais muito interessados no projeto. Com a mudança de formação a banda ficou mais profissional e aumentou também a qualidade do trabalho apresentado ao público.


Toda banda tem a sua filosofia, qual é a da LOTUS?

LOTUS: Expor ideias, vivências, experiências, fazer o público pensar através do NOSSO som.




Se fosse para voltar atrás e mudar alguma coisa, voltariam? O que mudariam?

LOTUS: Creio que não, tudo que passamos nos ensinou e nos fez evoluir de alguma forma.


Agradecemos a oportunidade, obrigado por terem topado a entrevista. Alguma mensagem aos leitores?

LOTUS: agradecemos a todos que leram até aqui, agradecemos ao Maykon pelo espaço cedido e principalmente gostaríamos de agradecer aos amigos e fãs que tem acompanhado nosso trabalho e nos apoiado divulgando nosso som e  comprando nossos merchans, pois as bandas não vivem só de tapinhas nas costas.
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.