Procuramos trazer as mais distintas entrevistas para o Portal e hoje trazemos o artista catarinense L.Ragga Goulart, que além de ter passado por diversas bandas, hoje vive da música, além de dominar mais de um instrumento. Confira!
O SubSolo: Fala Ragga. Obrigado por tirar um tempo do seu dia para responder e conversar conosco. Como foram teus primeiros passos na música?
Luiz Ragga: Em 1991 assisti ao vivo o Guns no Rock in Rio 2 e quando voltei resolvi aprender a tocar. Na época em Florianópolis não haviam muitos professores, então o negócio era aprender nos livrinhos de cifras e com amigos que já tocavam.
Quando tu iniciou essa jornada, como foi até tu começar a compor?
Luiz Ragga: No ano seguinte fizemos uma banda que se chamava Alcollica, tocávamos muito Ramones, Guns, Iron, Metallica, Pearl Jam. Nessa época tava bombando nas rádios Engenheiros e Legião que instantaneamente me despertaram pra composição.
Hoje remanescentes da banda Alcollica tenho que registrar o Alírio Neto (vocal do Age of Arthemis e canta direto com o Angra), eu e Ian Thives, da banda Comandos de Floripa.
Eu particularmente já te vi cantando, tocando baixo, guitarra e violão. Mas qual é o teu instrumento favorito? Ter conhecimento em vários instrumentos ajuda na hora de compor?
Luiz Ragga: Olha toco sim vários instrumentos e sempre digo que o que eu mais gosto de tocar é o baixo acústico e elétrico, mas o que eu mais toco é o violão de nylon, não fico muito tempo sem pegar. E quanto a se ajuda a compor, eu penso que não, pois a composição já vem na cabeça antes, depois que vai pro instrumento, pelo menos comigo é assim. Mas na hora da construção ajuda sim!
Você tocou numa banda clássica de Floripa, a Vannarock. Como foi tocar com os caras e o que ficou de experiência?
Luiz Ragga: Brother, o Vanna é uma pagina especial na minha vida, meu primeiro contato foi em 1994 ainda se chamava Vanahein, eu era um pirralho e eles eram os caras! Me acrescentou muito, com eles fiz o show de maior publico da minha vida a abertura do Man At Work no Ilha Shopping com 15 mil pessoas. Após isso mudamos o nome para Vannarock a qual fui fundador e gravei o baixo de todas as faixas do primeiro álbum “Teatro de Ilusões”, depois da minha saída eles gravaram o segundo álbum e fizeram o clipe de uma composição minha, “Bon Vivant”, a qual faz parte desse segundo trabalho, ai voltei novamente pra banda para gravarmos em 2007 o DVD no teatro Alvaro de Carvalho. Não estamos juntos agora mas brincamos que o monstro ta adormecido e pode acordar a qualquer momento, então considero sim o Vanna a minha banda de alma pela a amizade e tudo que já aconteceu entre quatro irmãos!
Conversando por fora da entrevista, tu me contou do teu futuro lançamento, vais lançar um disco. Como foi a fase de composição dele?
Luiz Ragga: Bom, meu álbum ta engavetado a anos em meus sonhos, por falta de absoluta coragem ainda não havia começado a gravar até o ano passado, quando resolvi fazer uma seleção das minhas canções (189 musicas) para gravar, pela vontade de deixá-las vivas. Então comecei a gravar o “Short Songs” (musicas curtas), musicas de até dois minutos comigo em todos os instrumentos. Sai até o final do ano. A fase de composição dele é até o lançamento, é a mescla de todas as minhas experiências nessa vida louca, (rs).
Uma coisa que tu me deixou com uma certa curiosidade. Tu disse que teu disco será bem curto e com diversas influências como, Soul, Rock, Punk, Blues. Como tu conseguiu mesclar essas influências em faixas curtas?
Luiz Ragga: As influências estão em mim e saem na hora de compor, misturando Vanna com Big Soul Band e com todas as bandas que participei, simplesmente mistura-se!
Todo mundo sonha de viver daquilo que ama, hoje tu vive de música? Como é teu dia a dia junto da música?
Luiz Ragga: Vivo da música desde os 16 anos, nem sempre toquei o que eu gostava para sobreviver, mas hoje consigo tocar só o que eu curto e viver bem. Minha rotina é musica 24 horas, acordo e durmo ouvindo jazz, rock, clássicas e toco o tempo todo meu violão, mesclando entre entrar em contato com contratantes, sempre correndo atrás e mais minha aulas de musica as quais me trazem grandes amigos de 8 a 80 anos, amo dar aula e essa interação com meus alunos. Minha máxima na musica é : “A musica é um som, dó, ré, mi, fá é uma mentira”. Querendo com isso passar q você pode ter toda a técnica e o conhecimento do mundo, mas tem que encontrar a sua própria musica que não necessariamente será virtuosa!
Qual a expectativa do lançamento que está para vir?
Luiz Ragga: A expectativa é a melhor possível, no segundo semestre marcar o show de lançamento, juntar os amigos e desfrutar a musica com tudo que ela tem!
Ragga, obrigado pela parceria de sempre. Deixa uma mensagem para os leitores!
Luiz Ragga: Meus amigos, principalmente os mais jovens, não deixem ninguém constranger sua arte com caras, bocas e comentários, acreditem em si mesmos, respeitem a musica e os parceiros, estudem, vão em frente! Afinal a arte por si só já nos da todo prazer e toda glória!