A Manger Cadavre? É uma banda de Hardcore Crust, formada em São José dos Campos, interior paulista. A banda segue em atividade desde 2011, sem interrupções e aborda em suas composições letras que buscam lutar contra o fim da exploração e extremamente politizado. Presente em grandes festivais do cenário nacional, tem sem seu currículo álbuns, eps e splits, podendo se considerar que nesses dez anos de existência é uma das bandas que mais fazem pelo nosso cenário e tivemos a oportunidade de trocar uma ideia com eles, que você confere a seguir:
Obrigado por nos atender e estarem sempre dispostos a conversar conosco. Iniciamos falando sobre o nome da banda Manger Cadavre? Que em francês significa ‘come cadáver?’ poderia falar um pouco sobre a origem e o significado da escolha desse nome ?
Marcelo: Nós que agradecemos o espaço. Atualmente não tem significado, é um nome que ficou. Quando começamos há 10 anos atrás, todos eram veganos. Mas nunca falamos sobre esse tema até porque depois a banda contou com outros integrantes que comiam carne. Atualmente só eu e a Nata somos vegetarianos.
Sobre a sonoridade da banda, qual estilo vocês acham que se encaixam mais e quais bandas influenciam no som de vocês?
Marcelo: Hardcore Crust com influências de metal.
A formação atual da banda é estrondosa. Há quanto tempo a Manger conta com essa formação?
Marcelo: Desde setembro de 2020.
Recentemente a banda montou um crowdfunding pra gravação do novo álbum, como foi o retorno dessa campanha por parte dos fãs?
Marcelo: Foi muito bom, a nossa meta eram 6 mil reais e arrecadamos mais de 7 mil (felizmente pois precisamos de mais uma diária de gravação aí deu pra pagar).
Ainda sobre crowdfunding, vocês acham viavel pras bandas seguir esse caminho? Acha uma tendência, um caminho a se seguir? Gostaria que falassem um pouco a respeito com intuito de incentivar outras bandas.
Marcelo: Não sei se é uma tendência. Nós sempre pagamos as gravações com dinheiro de merchandising. Mas sem shows as vendas caíram muito, pois tem a questão do frete. Nesse caso em específico optamos por essa via pois um fã nos escreveu querendo doar uma grana pra banda, e ele sugeriu a vaquinha. Só que como a gente sabe que está todo mundo ferrado de grana optamos pelo pix, pois as pessoas poderiam doar qualquer valor a partir de R$1, assim muita gente ajudou (ainda não conseguimos contar, mas até onde tínhamos, passou de 400 apoiadores)
Já com o início das gravações, como vocês estão sentindo o novo álbum na parte das músicas e letras?
Marcelo: É um álbum mais enérgico e mais pesado ao mesmo tempo. Seguimos muito a influência de Wolfbrigade, Obituary e Disfear, mas tem muita coisa inédita no som. O Paulinho e o Bruno somaram muito. As letras são de temáticas variadas, abordando um lado mais subjetivo. É um álbum mais pesado, mas sem deixar a consciência de classe de lado.
No álbum “Anti AutoAjuda” as letras são uma narrativa, uma história que contém começo, meio e fim. O novo álbum vem nesse linha conceitual onde as musicas se conectam?
Nata: Não… Nossa deu muito trabalho escrever álbum conceitual. Nesse a abordagem está mais subjetiva, tem sons que são desabafos pessoais, mas tem análise sobre a grande colônia que o Brasil continua sendo para os países imperialistas. Nesse trabalho, as ligações entre os sons são mais no instrumental. Mas vem música lenta também…
Com a pandemia as lives e festivais online acabaram se tornando a melhor forma de mostrar o trabalho das bandas, após o lançamento do álbum pensam em fazer alguma live tocando as músicas novas ?
Nata: Nossa experiência com lives não foi das melhores. Das três que fizemos só ficamos satisfeitos com o som da que rolou no Hangar 110, que contou com patrocínio da vans e um suporte técnico excelente. Ainda é um tipo de trabalho novo, os técnicos de som ainda estão se adaptando e dificilmente o som em transmissão ao vivo mostra o que a banda realmente soa. Então acho que vamos guardar os sons para os shows mesmo, pois é um álbum muito bem trabalhado para sair com um som meia boca rs. Já os festivais online tem sido legais… Como geralmente é um som só, dá pra fazer a captação gravando ao vivo e equalizar um pouco melhor os instrumentos. Já as lives de Instagram e tal a gente não é fã do formato, mas o Paulinho tem sido nosso representante participando de algumas.
Gostaria de tirar algumas curiosidades do novo álbum. Ja está definido o nome? E queria saber também se a banda pensa em convidados para alguma participação?
Nata: Ele vai se chamar Decomposição. Já está gravado, em fase de mix e master. Teve a participação do Caio Augusttus e da Fernanda Lira em um mesmo som. Não pensamos em mais nenhuma participação, pois já tá tudo feito, nossa gravação é sempre ao vivo com overdubs de guita… Nem daria. Agora é só a pós produção em ação!
Em 2021 a banda completa 10 anos, além do novo álbum pensam em algum material especial, relançamentos, ações em cima tanto do lançamento do novo álbum como nas comemorações dos 10 anos da banda?
Nata: A ideia era um show especial de 10 anos chamando os ex integrantes que são todos nossos amigos e participam de uma forma ou outra da banda. Mas com a pandemia, não vai rolar. Do álbum novo, vai ter um clipe, mas ainda nada adiantado.
Deixamos esse espaço para você deixar uma mensagem para os leitores e fãs da Manger Cadave?, assim como novamente, agradecemos por terem nos atendido e disponibilizado um tempo para conversar conosco.
Marcelo: Obrigado pelo espaço! Usem máscara, protejam-se e Fora Bolsonaro.
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