No ano de 2018, muitos se despediram do Matanza, porém, em 2019 as boas vindas ao Matanza… “INC”?! A mesma banda, quase a mesma formação, mas com nomes diferentes.


Mal começou o ano e as novidades já quase nos derrubam da cadeira. O Matanza, agora Matanza INC, anunciou sua volta por meio das redes sociais do seu desde sempre, líder e cérebro, Marco Donida. Junto do projeto está o braço direito Mauricio Nogueira, que se dispôs a conversar com a equipe d’O SubSolo sobre essa nova fase, sendo direto em alguns pontos.

Confira como foi a entrevista.





Obrigado pela recepção Nogueira, mais uma vez. Fomos pegos de surpresa em 2018 com o fim do Matanza, como foi a decisão de encerrar as atividades?

Nogueira (Matanza INC): Olá, meus amigos! É um prazer falar com vocês mais uma vez. Na verdade, o clima na banda (Matanza) já não estava legal há muito tempo. Tivemos muitos atritos e isso acabou diminuindo a camaradagem, e principalmente a amizade. Aí chegou num ponto em que ninguém aguentava mais porque tudo virou problema do caralho sem fim.

As músicas, todo o trabalho, podemos resumir como um legado do Matanza para todos aqueles que admiravam (e até os haters que detestavam) que deixaram, como foi ver a recepção dos shows de ‘despedida’?
Nogueira (Matanza INC): Pra mim pessoalmente foi algo complicado. O clima no camarim tava pesado então eu, Jonas e Dony ficávamos junto da galera na banca de merchandising, antes e depois do shows. Acabou sendo muito legal porque ficamos muito próximos aos fãs, mas por outro lado todo mundo queria que terminasse logo pra cada um seguir sua vida.

Fomos pegos de surpresa com o “Matanza INC” e mesmo assim, ainda não cai na cabeça do pessoal o motivo de adicionar a sigla “INC”. Gostaria de que explicasse mais uma vez o significado e, gostaria que comentasse se precisava adicionar a sigla realmente ao nome?
Nogueira (Matanza INC): Como o Donida disse no anúncio oficial, o INC serve só pra diferenciar as fases da banda. É um novo começo, uma nova atitude, um novo modo de trabalhar. Temos o Donida que fez todas as letras, as musicas, as artes, todo o conceito artístico. Ele criou o Matanza, Donida é o Matanza e não faria sentido ele simplesmente abandonar tudo que ele fez. Como foi dito, vamos dar continuidade ao que foi criado.  

E com essa ‘nova’ formação, o que podemos esperar do Matanza INC?
Nogueira (Matanza INC): Cara, todos estamos muito felizes com essa nova fase. A nossa amizade se fortaleceu muito e agora somos uma banda mesmo. A comunicação é fácil e tudo rola sem drama. Eu acredito que tudo isso só vai ajudar nos shows. Primeiro disco é um novo começo e essa ansiedade é algo que não tínhamos mais. Estávamos batendo cartão e isso não era justo com a galera. 

Mesmo que com quase certeza da negativa, precisamos fazer essa pergunta. Os grandes sucessos que alavancaram o nome do Matanza, estarão junto nessa nova jornada? Qual será a proposta musical do projeto?
Nogueira (Matanza INC): Cara, a única musica que está vetada é “Caminhão”, mas não por que é uma música ruim ou nada disso… É que ficamos de saco cheio mesmo. Eu já estou na banda a 10 anos e toquei em todos os shows, hahaha. Já em relação ao material novo, cara, é uma sequência do “Pior Cenário Possível“… Músicas pesadas, alguns country hardcore, uma pitada de Metal ali, uma de Hardcore lá… Não teria sentido mudar tudo, nunca quisemos isso.

Uma das figuras mais emblemáticas de todo o trabalho do Matanza, com certeza foi o Jimmy. Teve alguma conversa com o mesmo sobre o “Matanza INC”? E você chegou a ouvir o novo projeto do ex-vocalista do Matanza?
Nogueira (Matanza INC): Não.

Como foi o primeiro contato com o Vital Cavalcante? E como foi a escolhe por este profissional?
Nogueira (Matanza INC): Os cariocas da banda já o conheciam. Mandamos um teste pra algumas pessoas mas quando ouvimos o Vital, disparou o alarme. Fora todo o trampo dele no Underground carioca, várias bandas como Jason, Helga. É um cara de conteúdo, professor de artes, e que sempre participou da Cena, não só musicalmente mas fazendo várias paradas… 

E sobre a volta, algumas casas de shows já entraram em contato? Ou nem pensam na agenda ainda? Como está o planejamento?
Nogueira (Matanza INC): Cara, já pintaram vários convites sim. Estamos agora na pré produção do disco, acertando alguns detalhes na nossa equipe, na nova produção, pra voltar pra estrada com tudo certo. Queremos começar em casas menores, ficar próximo do publico de novo! Vamos tentar ir em todos os lugares e que seja suave pra todo mundo, contratante, público, pra geral.

Fora o “Matanza Inc”, quais os outros projetos você anda se dedicando musicalmente?
Nogueira (Matanza INC): Sou professor de violão, guitarra e teoria musical no Conservatório Ever Dream em São Paulo. Dar aulas é algo que me faz muito bem e é muito bom poder me dedicar a isso novamente. Também participei do clipe da faixa “Quanttica” da banda Eve Desire de Metal sinfônico, coisa que nunca tinha imaginado, kkkk. Foi extremamente gratificante!

Agradeço a disponibilidade e por sempre atender a equipe d’O SubSolo, seja qual integrante da equipe for. Alguma mensagem para o leitor?
Nogueira (Matanza INC): Só tenho a agradecer mesmo pelo apoio nessa nova etapa da nossa carreira, muita gente nova chegando! E todo mundo é bem vindo em breve vamos ter um nova loja virtual, disco novo, clipe e as primeiras datas de show e tudo, só digo muito obrigado mesmo por tudo!

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.