Rebotte é uma banda que foi formada em 2012, em São Paulo, capital a partir da iniciativa pela vocalista Lívia Almeida e pela baterista Ellen War. A intenção desde o início era montar um projeto diferente, que mesclaria o peso do Metal com sintetizadores, mantendo refrões marcantes e o principal, cantado em Português.

Em 2014 que a banda se consolidou como um sexteto, aonde seis cabeças pensavam igual e buscavam o mesmo objetivo. Após definirem suas ideologias e metas, foi a vez de começar os trabalhos. No ano seguinte foi dado o início das gravações e composições de seu primeiro trabalho, a cena concorrida não botou medo e com o profissionalismo em primeiro lugar, o Rebotte logo nos seus primórdios despertou interesse de muitos fãs da música pesada.



Felizmente conseguimos uma entrevista com a banda e resolvemos perguntar assuntos diversos, entre formações, viagens, gravações, composições e sobre o futuro da banda, confira conosco este bate-papo.

Estamos falando com uma das bandas mais promissoras do Metal nacional dos últimos anos e isso é uma honra para nós, além disso, foi uma das primeiras bandas a abraçarem o “Projeto O SubSolo”, obrigado. Como foi o processo de criação da banda, foi desde o inicio a vontade de compor?
Rebotte: Todos nós sempre tivemos vontade de ter uma banda com composições próprias e em português. Desde o surgimento da banda a ideia foi essa, mostrar que metal pode ser muito bem feito com 6 integrantes, com letras em português  e que abrangem diversos temas da vida real.
Toda banda tem uma fonte de inspiração. Geralmente bandas com bastante integrantes que é o caso do Rebotte, tem diversas influências, isto atrapalha na hora de compor ou vocês unem tudo e criam sua própria sonoridade? Como é este processo de composição?
Rebotte: Temos influências diferentes, isso ajudou e ajuda bastante na hora de compor. Normalmente alguém da banda chega com um riff e trabalhamos em cima desse riff até fechar a música. Ficamos muito atentos aos refrões mais marcantes e abertos, chega até ser um diferencial da banda.

Acreditamos que toda banda tem o seu diferencial próprio, seja na sonoridade, seja nas letras, no peso ou aquele toque mágico. Para vocês, qual o diferencial do Rebotte?
Rebotte: A gente tenta fazer algo bem diferente do “convencional”, por isso temos sintetizadores e música sampleadas, para dar aquele brilho nas músicas, mas, ao nosso ver, o grande diferencial são os refrões abertos e marcantes. A gente pira nesse tipo de refrão!
Finalmente o sonho de toda banda, vocês tem em mãos um trabalho físico, o tão sonhado CD. Como é para uma banda segurar em suas mãos um trabalho suado no qual lutaram tanto para conquistar?
Rebotte: Nossa, foi uma sensação única. A gente não vive de música, e só nós sabemos o quanto foi corrido compor, produzir e gravar esse EP, mas valeu cada madrugada no estúdio. Não é à toa que não paramos e nem vamos parar… já estamos pensando em coisas novas. 

Esse EP é nosso xodó, primeiro filho, o mais mimado. Temos muito orgulho de apresentar esse trabalho, a gente bate no peito mesmo.
Insurgência, como é intitulado este primeiro trabalho de vocês, é um trabalho que está tendo uma ótima aceitação, vemos todos os dias criticas positivas por parte da imprensa. Acreditavam que iria ter esta boa repercussão? Como foi gravar e criar este trabalho?
Rebotte: Trabalhamos muito em cima desse EP, não só nas composições, mas também com toda identidade do EP, foi tudo pensando e feito pelas 6 cabeças pensantes dessa banda (risos).
Gravamos esse EP no Fligth Estúdio com o Rogério Oliveira, ele nos ajudou com a produção e foi responsável pela máster e mix. Primeiro gravamos uma Demo, ouvimos, mudamos muitas coisas e só depois de ouvir muito e ter certeza, a gente foi gravar.
Fizemos tudo com o pé no chão e seguindo um cronograma, e deu tudo certo. Apostamos sempre no trabalho impecável e no profissionalismo, o EP demorou um pouco, mas saiu do jeito que planejávamos e isso é o mais valioso para nós. Experiência única.
Hoje em dia, acreditamos que pelas dificuldades em que a cena underground se encontra, a união é a melhor saída, na verdade sempre foi. Qual a visão de vocês sobre o Underground de hoje?
Rebotte: Somos do underground, precisamos do underground e sempre vamos apoiá-lo. O underground é que faz tudo acontecer com a banda. Acreditamos que a cena está viva sim! E cada vez mais forte, aos poucos ela vem se mostrando viva, com pessoas novas e com mais força. Isso nos deixa cada vez mais contentes e com mais gana de correr e fazer tudo virar. O underground nos mostra que tudo vale a pena se você faz música por amor, e nós fazemos!
Acho que outra coisa que toda banda sonha é tocar fora da cidade e depois alavanca ainda mais o sonho que é tocar fora do estado e vocês já passaram por isso. Como é levar a música de vocês para um povo diferente e de cultura diferente? Sendo que a música está proporcionando vocês conhecerem outras cidades e estados também.
Rebotte: É muito louco!! Chegar em um estado diferente e as pessoas cantarem a sua música, isso não tem preço! Isso é nosso combustível, é sensacional. Fora que adoramos conhecer as pessoas, a cidade, a cultura. Fomos pra Manaus e foi algo surreal, fomos recebidos da melhor forma possível, a cidade é maravilhosa, cultura é linda e o show foi quente rs rs e insano, a galera lá é alucinada!! Goiânia também foi brutal, a cidade de noite é muito louca, vários lugares lindos durante o dia e o show foi pesado, a galera ficou do início ao fim agitando. Queremos viajar muito mais e conhecer outras cidades, pessoas e culturas, além de levar nosso som para esse Brasilzão que é grande e lindo pra porra! (e ama METAL!!!)
Bacana quando uma banda faz todo um planejamento de marketing, vocês são uma das bandas que mais se preparam e tem um material muito sólido. Para vocês, qual a importância de uma banda se auto-produzir e cuidar do seu visual?
Rebotte: Marketing, planejamento e organização, são três coisas que pensamos diariamente. Não adianta ter somente música, tem que ter essa administração. Somos totalmente do independente, o famoso DIY (do it yourself), temos que correr atrás e fazer acontecer do nosso modo. Prezamos muito o visual (visual da banda também), trabalhar bem as Redes Sociais, ter um merch legal, ter material, ter conteúdo interessante e relevante. O Rebotte é uma empresa, uma empresa com 6 pessoas. Trabalhamos todo dia nessa empresa. Cada um tem sua função e seus prazos, isso tem dado muito certo pra nós.
Voltando um pouco la atrás e falando novamente de Insurgência. O que vocês pensam fazer após? Tem novidades ainda para 2016? Já estão trabalhando em composições novas?
Rebotte: Ainda estamos em fase de divulgação do EP Insurgência, estamos fazemos alguns shows, temos algumas datas novas e estamos trabalhamos forte nessa divulgação online e do EP físico também. Sim, teremos grandes novidades, espero que ainda em 2016…
Galera, baita bate-papo e agradeço de coração terem tirado um tempo do dia de vocês para esta conversa. Podem deixar uma mensagem para os leitores?
Rebotte: Obrigado você pela oportunidade e pode contar conosco sempre que precisar, estamos sempre por aqui. Queríamos agradecer demais todos os leitores que apoiam a cena, o SubSolo faz um corre incrível com as bandas, isso deve ser aplaudido! Parabéns!
Vamos conhecer novas bandas, apoiar o underground e para quem ainda não nos conhece, vamos colar junto, trocar uma ideia, dá uma ouvida no nosso som e deixem seus comentários. Queremos saber a opinião de todos vocês, fechado?
Isso aqui é REBOTTE – Metal Nacional #GoRebotte


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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.