Sacrifix 2022, foto por Fabio Hoffman

Sacrifix é um projeto que saiu da gaveta e ganhou força durante a pandemia. Como foi que isso aconteceu? Qual foi a principal motivação para se dedicar a este projeto e não a outros?

Frank Gasparotto: Fazer um projeto voltado ao thrash metal old school já estava no radar a muitos anos, com a pandemia consegui achar um espaço para poder desenvolvê-lo do modo como eu sempre quis. Tinha a opção de fazer um projeto black metal ou até rock anos 70 (uma hora vai sair), mas a paixão pelo thrash metal falou mais alto.

Nas composições da banda podemos ouvir influências de grandes nomes internacionais do metal, mas quais bandas ou projetos nacionais inspiram a Sacrifix?

Frank Gasparotto: Ah, com certeza Sepultura (até o Arise), Korzus (até o Mass Illusion), Mutilator, Dorsal Atlantica entre outras.

Qual tem sido a reação do público em relação ao último lançamento da banda, a faixa/clipe Thrash Again?

Frank Gasparotto: A melhor possível, a galera tem gostado bastante desse som, o que é ótimo por ser o cartão de visitas do próximo. Thrash Again é uma homenagem a todas as bandas que me influenciaram dentro do thrash, quis tentar fazer uma citação explicita a elas.

Você comentou que No Limite da Força é tua faixa preferida de Anthares, banda da qual você já fez parte e que por isso foi a escolhida para fazer um cover com a Por que essa faixa é tão especial?

Frank Gasparotto: Essa e Fúria com certeza são as minhas favoritas, No Limite ficou muito marcada na minha mente pois é a que eu mais gostava de cantar ao vivo com os caras, com essa música consegui achar uma região vocal (naquela época) que não sabia que tinha, além do clima da própria música que é visceral, rápida e sem piedade. Sou grande fã do vocal do Poço então, cantar uma música que ele cantou, pra mim é uma honra.

Quais os próximos passos da Sacrifix? O que temos na agenda para os próximos meses?

Frank Gasparotto: Vamos lançar mais um single com 2 participações especiais, com grandes caras da cena metal do Brasil e, em seguida, vamos lançar o segundo álbum, depois disso, divulgar, divulgar e divulgar.

Qual mensagem você deixaria para as novas gerações que se interessam pelo bom e velho Thrash oitentista?

Frank Gasparotto: Bom, grande parte das bandas de oitenta ainda continuam na ativa mas, não mais com aquela agressividade característica da época então, sugiro que ouçam os trabalhos antigos sem comparar com os trabalhos novos, o Slayer de 80 não é o mesmo do dos anos 2000, então, esqueçam! Ouçam as obras clássicas e apreciem, prestem atenção nos detalhes, no clima das músicas, nas letras, thrash metal é como vinho, quanto mais o tempo passa, melhor. Além do Sacrifix existem outras bandas de thrash old school, deem uma procurada, vale a pena. Tem muita coisa boa por aí também. Mas, se não fosse a escola oitentista, não estaríamos aqui hoje.

KEEP ON THRASHING IN A ROTTING WORLD!

Vocalista, roadie padawan, ruim tocando qualquer instrumento, headbanger nutella e criadora do LVNA Fest. Sempre tenta colaborar para que as mulheres tenham mais visibilidade e ocupem mais espaços na cena.