Considerados por grande portais da música pesada como a nova potência do Thrash Metal nacional, o Blackning foi fundado em 2014 na cidade de Santo André/SP. A banda entrega um Thrash Metal visceral com uma energia avassaladora. Apesar das fortes influências dos principais artistas do gênero, Blackning carrega elementos que dão sua própria identidade e personalidade à sua música, mesclando desde o Hardcore, passando pelo Heavy e flertando com o Death Metal.

Foto: Kel Commim

Uma das suas características é refrãos pesados e riffs ríspidos marcantes. Atualmente a banda é composta por Cleber Orsioli nos vocais e guitarra, Zozi Fernando na guitarra, Marcos Cerutti no baixo e Renan Pigmew na bateria, sendo um quinteto de vasta experiência dentro do cenário brasileiro.

Conversamos com Zozi Fernando sobre os planos da banda, confira:

A Blackning está há 10 anos na estrada, já gravou 3 álbuns e rodou o mundo em turnês. O que mudou no cenário do Heavy Metal no Brasil e no Mundo nessa última década do ponto de vista de quem está na luta por sua música? Que conselhos vocês dariam para bandas que estão começando agora?

Zozi: Primeiramente, gostaria de agradecer ao espaço cedido à Blackning nesta entrevista. Cara, dizer o que mudou é complicado, pois vários estilos surgiram neste tempo dentro do metal e suas vertentes. Mas o que posso dizer que mudou nesse tempo, é que muitas bandas buscaram se profissionalizar mais para entrar no “padrão” que foi estabelecido pelo cenário do metal. As bandas estão aparecendo já com a cabeça de buscar entregar um show mais “completo” para a galera. Mas as vezes sinto falta de visceralidade no palco, de presença de palco dos músicos mesmo, não apenas do cenário do palco. Sinto que falta um pouco de “ódio”. Talvez essa seja uma boa dica, pra quem quer tocar nesse estilo.

E sobre a sonoridade da banda, apesar da identidade da Blackning estar preservada em “Awakening Rage”, é com certeza o álbum mais maduro e poderoso da banda. O que mudou no processo de composição, gravação e produção do primeiro disco pra cá?

Zozi: Este foi meu primeiro álbum com a banda. Participei do EP, logo que entrei, ajudei mas composições e etc, mas no álbum foi um processo totalmente diferente. O Cleber e eu nos juntávamos no meu home studio e desenvolvíamos as musicas juntos. Foram alguns meses fazendo isso 2 ou 3x por semana, jogamos vários sons fora e começávamos outros do zero. O Brigas (ex-baixista) foi algumas vezes lá também, participando de alguns sons desde o começo. Depois disso levávamos as musicas para ensaiar e o Renan trazia sua pegada para as levadas de batera.

Foi um processo de tentar não se fechar ao que a banda já fez, mas sim de criar musicas que nós queríamos ouvir. Gravamos no HellsPasss, em São Caetano do Sul-SP, estúdio que o Marcos Cerutti (baixista) assina as produções, e somente as bateras no estúdio do Eldern Nenen, em BH-MG. Eles foram cruciais para o resultado que obtivemos no álbum!

Assinar com uma gravadora internacional, como a Black Lion Records, é uma conquista notável. Como tem sido essa parceria e que impacto ela teve na carreira da banda?

Zozi: Eles nos ajudaram muito na promoção de lançamento do álbum, nas artes e etc. Com certeza alcançamos um resultado na divulgação muito importante com a ajuda da Black Lion.

Vocês lançaram diversos videoclipes para o álbum mais recente. Como vocês veem o papel dos videoclipes na promoção da banda e na conexão com os fãs?

Acredito que hoje em dia, é uma necessidade para uma banda desse estilo. Acho que chama mais atenção do público, afinal, hoje em dia a galera quer VER a banda no YouTube, né?! Estamos com planos de soltar mais um clipe para esse álbum!

A tecnologia tem mudado rapidamente a forma como consumimos e produzimos música. Como vocês têm aproveitado as novas tecnologias em benefício da banda?

Zozi: Bom, veja que, como citei acima, basicamente as musicas foram criadas no meu home studio. Disso já temos um material com qualidade melhor que muito álbum lançado com poucos recursos nos anos 80. Podemos assim que finalizar uma pré, já mandar à todos da banda para que escutem e emitam suas considerações. Eu particularmente PIRO nesse processo e adoro compor.

Buscando falar um pouco sobre toda a discografia da banda, se vocês só pudessem escolher uma música de cada disco da Blackning para apresentar o trabalho de vocês para um potencial novo fã, quais seriam?

Zozi: Minha escolha seria: Silence of the Defeat, do OrderofChaos (2014); MechanicalMinds, do ALieaNation (2016), CrowdControl, do EP EyesinTheMirror (2017) e, InsanityinPower, do AwakeningRage (2023).

Como a pandemia de COVID-19 impactou a banda, tanto em termos de produção musical quanto na realização de shows e turnês? Que lições vocês tiraram desse período?

Zozi: A pandemia basicamente parou a banda. Mas não somente a pandemia. Ela foi paralela a problemas pessoais na vida de membros da banda, que acabaram paralisando todos os processos da banda. No finalzinho da pandemia, retomamos o álbum, que começou a ser gravado em 2019. Então o finalizamos apenas em 2023. Eu mesmo recriei quase todos os solos que já havia gravado em 2019. Mas a estrutura das musicas permaneceu as mesmas.

E quais são os planos da Blackning para o futuro?

Zozi: Planos para o futuro, é tocarmos o máximo que pudermos! Se vocês quiserem ver a Blackning na sua cidade, pecam pra entrar em contato conosco! Estamos com planos de lançarmos algo ainda nesse segundo semestre de 2024. Já temos uma musica com estrutura pronta. Mas precisamos adequar às agendas de trabalhos pessoais de cada um da banda, para dar sequencia no processo.

Obrigado pela disponibilidade em atender a’O Subsolo. O espaço está aberto para vocês deixarem um recado para os nossos leitores.

Zozi: Eu que agradeço por lembrarem da Blackning e cederem o espaço! O recado é para que a galera escute nossos sons e compartilhem com seus amigos! E que estamos sedentos por tocar pra vocês!

A Hell Yeah Music Company surgiu em 2020 a partir do sonho de dois amigos, Luis Fernando Ribeiro e Leandro Abrantes, que se conheceram há 15 anos por meio do Heavy Metal e tomaram-no como trilha sonora de suas vidas e matéria prima de sua arte. Respeito, valorização, criatividade e amor pelo que fazemos são nossos pilares. A #HYMC nasceu para quebrar padrões, ignorar estereótipos e dar suporte às bandas brasileiras que compartilham do mesmo sonho que nós. Baseada em Florianópolis, SC, a Hell Yeah atende bandas de todo o Brasil e de Portugal. Hell Yeah Music Company, música como experiência.