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Epica concedeu coletiva de imprensa online com presença d’O SubSolo, confira como foi!

Convidados pela Shinigami Records, O SubSolo participou da coletiva de imprensa online do Epica. Para quem não sabe, 2021 acabou de começar e o Epica já lançou um álbum que está sendo considerado o melhor do ano por muitos.

Omega, lançado no dia 26 de fevereiro pela Nuclear Blast Records, é o oitavo trabalho de estúdio de Epica. O lançamento estava originalmente previsto para setembro de 2020 e acabou sendo postergado por conta da pandemia.

De acordo com o próprio Epica –que já quase conta com duas décadas de carreira- o principal desafio de Omega foi produzir um trabalho de qualidade, mantendo a identidade da banda, porém sem soar repetitivos.

Para acompanhar o fervo do lançamento, a banda anunciou a turnê Omega Brasileiro que irá trazer a banda para shows em cinco cidades do Brasil ainda em dezembro deste ano, isso claro, se a pandemia não atrapalhar os planos mais uma vez.

A convite d’O SubSolo, tive o prazer de participar de uma breve coletiva de imprensa sobre o mais novo trabalho da banda junto a Simone Simons, Mark Jansen e vários representantes da mídia especializada brasileira.

Angie: Sabemos que Omega ficou pronto e guardado numa gaveta devido a pandemia, aguardando o momento de ver a luz durante um tempo. Agora que já passaram duas semanas desde o lançamento, a recepção tem sido de acordo com as expectativas ou houve alguma surpresa?

Simone: Para nós, que já conhecemos o álbum há muito tempo e precisamos adiar o lançamento, foi um pouco agridoce sabe? porque como com cada álbum, temos orgulho dele, é nosso bebê musical, você quer mostrar ele para todo mundo.

Eu tinha a música e as melodias presas na minha cabeça e queria compartilhá-las. Sabe o Natal? quando você tem muitos presentes, mas tem um presente que você ainda não pode abrir, você tem que esperar, tem que ser paciente.

Então, agora, um ano depois, o álbum foi lançado e eu sempre tive um bom pressentimento sobre ele. Para mim… é meio pessoal, é muito espiritual, me sinto muito conectada a ele. Então acho que é um grande elogio e um pouco como um alívio se muitas pessoas gostaram dele também, isso é sempre emocionante porque antes de tudo eu mesma crio a arte, canto o que sinto, de acordo com o meu gosto pessoal, e se outras pessoas também gostarem, isso é incrível.

O retorno até agora tem sido insano, quero dizer, desde o lançamento de Abyss of Time, nosso primeiro single, muitos fãs e também jornalistas com quem falamos antes do álbum ser lançado nos deram um feedback positivo.

Também é engraçado saber que todo mundo tem músicas favoritas diferentes no álbum, mas acho que essa é a força do Epica: 5 pessoas escrevendo músicas, então as composições são muito diversas e você tem algo a oferecer a todos.

Mark: Eu gostaria de acrescentar que estou extremamente orgulhoso de todos os envolvidos neste álbum porque eu realmente acho que todos se doaram 100%, com muita paixão e isso se tornou o resultado de Omega e a resposta também é impressionante.

Eu também estava tendo um bom pressentimento, assim como Simone, e quando você já tem um bom pressentimento, geralmente isso significa que vai ficar tudo bem, mas que a resposta ia ser tão boa? eu não tinha nem como imaginar isso.

Por exemplo, estava lendo uma revista holandesa especializada em metal e fomos nomeados como CD do mês, e ultimamente vi muitas outras revistas onde fomos listados como CD do mês, entre elas uma da França (..) então, ao que parece as pessoas amaram o álbum.

Além disso, tem a resposta que recebi dos fãs, (…) é o que Simone diz, muitas pessoas têm diferentes favoritos no álbum, então, algumas pessoas amam The Skeleton Key e em algumas reviews os caras listam ela como a que menos gostam, então é muito engraçado (…) e eu nunca … não me lembro de algo assim ter acontecido em qualquer outro álbum.

E isso significa, eu acho, que todas as músicas são as favoritas de diferentes pessoas e estou muito feliz com isso porque é um álbum muito bem equilibrado e nós realmente tentamos encontrar um bom equilíbrio entre o velho Epica e o novo Epica, então acho que todo mundo pode literalmente encontrar algo do seu gosto nele e, como eu já disse, estou muito orgulhoso dele.

Angie: Uma pergunta especificamente para o Mark: Você comentou diversas vezes que Omega é um álbum mais equilibrado em relação a quantidade de elementos e quando comparado com trabalhos anteriores da banda. Você acha que de alguma forma o álbum é ‘menos complexo’/ menos carregado e isso pode trazer mudanças de dinâmica com o público nos futuros shows ao vivo?

Mark: Pode soar mais fácil, más devo dizer que continua difícil de tocar. Estou estudando bastante os solos ultimamente e as músicas estão me fazendo suar (risos).

Eu acho que vai demorar um tempo para que eu possa correr de um lado pro outro sem ter que pensar no que estou tocando. Se eu for comparar com músicas dos primeiros álbuns, tem algumas musicas bem retas que são bastante fáceis de tocar para ser honesto. Porém desde que Isaac (Delahaye) entrou na banda, sendo ele um guitarrista incrível e usando suas habilidades ao máximo, eu precisei atingir o nível dele para poder tocar tudo hoje em dia.

Então é um desafio bom, desde que comecei a aprender a técnica dele eu cresci como guitarrista e por isso sou muito grato a ele.

Mesmo assim, há partes desafiadoras aqui e lá e por isso acho que os guitarristas que forem tirar as músicas vão se divertir bastante com estas (risos)

Entre várias outras perguntas interessantes, Ana Trettel da página Cria do Rock perguntou a Simone como ela vê a evolução da participação feminina na cena do metal, sendo que ela faz parte do Épica desde seus 17 anos de idade até agora.

Simone respondeu que vê o aumento de participação como uma evolução e ao mesmo tempo uma revolução e que para ser musicista o gênero das pessoas não deveria ter importância alguma. Ela reconheceu a importância de artistas como Anneke van Giersbergen, Tarja Turunen e Cristina Scabbia mas também lembrou sobre musicistas da cena do rock e não do metal que abriram caminho para outras de vertentes mais pesadas.

Ela também comentou que acredita que a cena do metal é uma das mais seguras e respeitosas para as mulheres, será que podemos fazer essa afirmação sobre a cena do Brasil?

Já sobre a tour se vai rolar, tudo vai depender das vacinas. Agora é aguardar e torcer que tudo se resolva logo e da melhor forma.

Vocalista, roadie padawan, ruim tocando qualquer instrumento, headbanger nutella e criadora do LVNA Fest. Sempre tenta colaborar para que as mulheres tenham mais visibilidade e ocupem mais espaços na cena.