Em recente conversa com Janne Innanfors da rádio Rockklassiker da Suécia, o baixista do Mötley Crüe, Nikki Sixx, compartilhou suas ideias sobre o futuro da música rock na era digital. A discussão foi motivada pelo recente anúncio do KISS sobre seus planos de continuar se apresentando como avatares digitais após a aposentadoria.

Sixx expressou seu entusiasmo pelas evoluções tecnológicas na indústria da música, fazendo paralelos entre a evolução dos videoclipes e o potencial das apresentações digitais. Ele relembrou os primeiros esforços do Mötley Crüe em vídeos DIY (faça você mesmo), contrastando com a produção de alta tecnologia mais recente para o último vídeo da banda, Dogs of War.

“Eu amo tecnologia. Eu acho que, desde que venha de um artista que diz, ‘Eu tenho algo que quero fazer e essa tecnologia vai ajudar.’ Como no último vídeo do Mötley Crüe ,Dogs Of War.

Quando penso em nosso primeiro vídeo, não sei quanto custou… Talvez mil dólares. Na época não havia MTV, então era tipo, como podemos fazer um vídeo para quando falarem de nós no noticiário quando estivermos em turnê…? Costumávamos ter muitas estações de notícias locais que promoviam artistas que passavam pela cidade — comediantes, country, rock, qualquer coisa — então queríamos ter um cartão de visita. 

E estávamos nos incendiando no palco naquela época e o Mick vomitou sangue. E foi tipo, ‘Foda-se. Vamos colocar tudo lá dentro.’ E foi isso que fizemos para fazer os fãs verem como queríamos ser representados. O mesmo que ‘Dogs Of War’.” lembrou Sixx.

Quanto à possibilidade do Mötley Crüe seguir os passos digitais do KISS, Sixx manteve a mente aberta. Ele reconheceu a natureza finita da existência humana e o potencial da tecnologia digital para preservar o legado de uma banda para as futuras gerações.

“Eu não sei o que o futuro reserva. Fizemos algumas coisas com hologramas anos atrás antes de a tecnologia estar realmente desenvolvida. Em algum momento, não estaremos mais aqui. Quero dizer, não para ser um estraga prazeres, mas simplesmente não vai acontecer. E que incrível para sua banda, ou seja lá o que você faz, poder seguir adiante por gerações e gerações. Então eu acho que, quando chegar a hora certa, nos coloque num caixão e ligue esses avatares”, afirmou.

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FONTE: METAL INJECTION

Nascido no interior de São Paulo, jornalista e antigo vocalista da Sacramentia. Autor do livro O Teatro Mágico - O Tudo É Uma Coisa Só. Fanático por biografias,colecionismo e Palmeiras.