Glen Benton, frontman do Deicide, tem a reputação de ser um cara durão no mundo do metal, mas a resposta dele sobre por que a banda não faz sessões de autógrafos pagas, també conhecidas como Meet and Greet, é surpreendentemente comovente.

Em uma entrevista para o Prescription Punk Rock, Benton disse que prefere dar um autógrafo para um fã pela bondade do seu coração e não cobrar por essa experiência. Ele reconhece que as sessões de autógrafos podem compensar o que os artistas não estão ganhando com a venda de música atualmente, mas ainda assim ele não gosta da ideia.

“Eu estava conversando com os caras da banda outro dia sobre sessões de autógrafos e esse tipo de coisa. E eu simplesmente não sou fã de cobrar dos fãs por um autógrafo. Dou um autógrafo por bondade, não porque quero ganhar dinheiro em cima deles.

“O fato de serem fãs e ouvirem nosso material… Eu sei que as coisas são diferentes — a maioria das pessoas consegue música de graça hoje em dia — mas ainda assim, eu não consigo aceitar a ideia de cobrar alguém pelo meu autógrafo, especialmente um fã… E isso me faz sentir meio estranho.”

Benton então comparou seus sentimentos aos do baterista do Rush, Neil Peart, e mencionou que o furioso Benton que os fãs veem no Deicide está longe de ser o de dentro de casa.

Ele continuou:

“Neil Peart, eu vi uma entrevista com ele, e ele se sentia desconfortável nessas situações, e eu me sinto da mesma forma, cara. Eu simplesmente não gosto de estar nessas posições onde estou sentado numa mesa e as pessoas estão me olhando como se eu fosse uma atração de circo. Acho que sou muito real e muito profundo para esse tipo de coisa.

Para mim, acho que é — desculpe a expressão — coisa de poser. Isso é para posers. E o Steve [Asheim, baterista do Deicide] disse, ‘Eu sinto a mesma coisa. Me sinto desconfortável nessas situações.’ E, como eu disse, não gosto desse tipo de coisa. Porque quando estou nessas situações, penso comigo mesmo enquanto todos estão elogiando e tudo mais, e penso, ‘Cara, se eles pudessem me ver lá fora cortando a grama, lavando o carro e limpando o banheiro. Se eles pudessem me ver agora.’

Então, é assim que me sinto desconfortável, porque não me vejo como uma estrela do rock ou algo assim. Eu simplesmente não me coloco nessa posição. Não consigo. De verdade, não consigo me relacionar com isso.”

O Deicide lançou em abril, o décimo terceiro disco de inéditas, Banished By Sin, e atualmente está programado para devastar a América do Norte em setembro e outubro com Krisiun, Inferi e Cloak como bandas de apoio.

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FONTE: METAL INJECTION
Nascido no interior de São Paulo, jornalista e antigo vocalista da Sacramentia. Autor do livro O Teatro Mágico - O Tudo É Uma Coisa Só. Fanático por biografias,colecionismo e Palmeiras.