Política, religião, poder e um certo misticismo controverso. O novo álbum homônimo da banda paulista Presidente Judas, lançado no último dia 6 de Outubro, explora mais uma vez temas já abordados pela banda, como religião, sociedade e misticismo, agora com uma sonoridade mais pesada, lenta e suja. A escolha do nome do álbum, foi feita por representar bem a intenção sonora da banda desde sua origem, portanto o novo lançamento chega como uma apresentação oficial da Presidente Judas

Além da sonoridade diferente do primeiro EP, a banda traz mais uma novidade que são músicas cantadas em inglês, sem deixar de lado a língua nativa, portanto são 3 faixas em Inglês e 3 em Português. O nome Presidente Judas se trata de um objeto de tortura medieval, que consiste em uma cadeira repleta de espinhos. Algumas das letras falam sobre as atrocidades que eram cometidas na terrível Idade das Trevas, essa que dá nome à uma das primeiras músicas da banda, lançada como single em 2019. 

Dentro dessa temática de críticas aos velhos costumes medievais, principalmente referente à igreja católica temos a faixa Bruxas”que é uma espécie de grito de revolta e de empoderamento feminino, onde aborda a resistência das chamadas “bruxas” da inquisição e das contemporâneas na atualidade com seu refrão marcante “Bruxas Resistem, Bruxas Existem


O álbum reúne canções que reforçam opiniões já apresentadas no primeiro EP, como por exemplo, o repúdio a um sistema que tem como princípio a exploração, o sofrimento e o controle das massas, (abordado na faixa “
No Name”). Não é segredo a opinião da banda sobre instituições religiosas, que através da fé, controlam massas com ideologias punitivas e que imputam nas pessoas uma culpa sádica simplesmente por existirem. Essa visão crítica está presente na faixa Paranox.

O objetivo desse álbum é estimular o lado rebelde e questionador que existe em cada um de nós, nos lembrar da nossa efemeridade e a não nos apegarmos ao infinito ou ao absoluto, pois tudo é mutável e passageiro.

 

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Matheus, redator musical por paixão, crocheteiro por profissão e fã de Stoner Rock e Doom Metal por falta de rumo na vida. Fã de Black Sabbath, Motörhead, e igualmente de Michael Jackson e Abba. Criador do selo Bruxa Verde Produções e da Brasil Chapado. No gods no masters.