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Quando abri a caixa da TAG Livros com as obras da Patti Smith, esperava um livro de histórias. Só Garotos traz, na realidade, uma incrível caixa de recordações.

Patti começa contando sobre os últimos dias com Robert Mapplethorpe, famoso fotógrafo americano, que conheceu quando ambos eram apenas artistas pobres que contavam moedas e muitas vezes, evitavam refeições para pagarem as contas. Cumprindo sua promessa de escrever os dias que viveram juntos, Patti conta sobre sua infância em Nova Jérsei, cidade que ficou pequena para seus sonhos e descreve Robert como amigo, amante e artista (aquele que “era mestre em transformar o insignificante em divino”), sua trajetória até tornar-se um dos mais influentes nomes no meio da fotografia (futuramente responsável pela capa do disco de Patti “Horses”, o divisor de águas entre rock e punk), cujos detalhes fazem o leitor perceber a atmosfera da efervescência nova iorquina da década de 70, o ambiente do hotel Chelsea, o despertar sexual e artístico de Robert, a chegada de Patti ao CBGB e ao mundo da música, em uma época onde Robert e Patti caminhavam em perfeita sintonia, complementando-se artística e intimamente.
Mais que isso, Só Garotos mostra Patti além do punk, como pintora, poeta, compositora, cantora, artista e mais recentemente, fotógrafa. Suas músicas, aliás, são seus poemas com arranjos, conforme ela diz no livro. Ainda tem o surpreendente lado humano de Patti, tímida, mas ao mesmo tempo aventureira, feminista, com olhos que enxergam o mundo de uma maneira única: a maneira Patti de ver.
Sem spoilers ou maiores detalhes, convido o leitor a descobrir por si mesmo porque Patti Smith tornou-se uma figura tão importante para não só o meio punk, mas para o rock n’ roll mundial.