Inicialmente Project Black Pantera, hoje o power-trio mineiro Black Pantera muda o seu nome, porém firmando sua força e pegada do seu poderoso Crossover/Hardcore. O trio que vêm desde 2014 batalhando no underground só tende a crescer na cena mundial, tendo o dia 30 de março para começar um novo marco para o grupo.
“Agressão” é o mais novo álbum lançado pela banda, destacando sua força instrumental e colocando “lenha na fogueira” dentro de um país sedento por verdades e cultura pura para limpar essa alienação que vêm dominando o país. Com certeza posso afirmar aqui que este álbum é revolucionário e trará novos alcances aos mineiros.
O aclamado álbum inicia com a faixa “Prefácio”, que declara o peso e pegada do trio, unindo vozes para ecoar assim, mais forte e impactante esta faixa que já havia sido lançada com vídeo-clipe no YouTube. Ela já apresenta também ótima presença instrumental com ótimas viradas de ritmo. “Alvo na Mira” trás a banda mais calcada e trabalhando menos ás viradas de ritmo na bateria, mantendo firme sua pegada e tratando sobre o tema da impunidade e caos que bate todo o dia em nosso país.
Trazendo um ritmo de agonia, a música “Extra!” não deixa de tratar de notícias tristes e desesperadoras que aconteceram, ou, acontecem no país. A letra trás uma característica fundamental das composições da banda: a presença de gírias utilizadas diretamente na internet. A quarta faixa, “Taca o Foda-se” trabalha mais o ritmo do crossover. Com um groove mais presente, visceral e direta, a faixa deixa claramente a presença do perfil da banda, que declara um “Foda-se” aos opressores. “Poder para o Povo” trabalha sua letra com uma linha instrumental de maior presença, aonde o vocalista trás sua voz mais visceral destacando refrões mais repetitivos deixando claro a mensagem.
“O Sexto Dia” vem conduzindo a linhagem de maior presença do contrabaixo presente, tornando a música com uma ritmo mais frenético, para relatar uma infeliz rotina que acontece no dia-a-dia de muitas pessoas. Sendo assim, “Onde os Fracos Não Tem Vez” trás o lado mais Rapcore da banda,com ótimas pontuações do contrabaixo e com uma mudança de vocalista no posto principal. Ótima troca da banda para renovar a pegada da banda e deixar clara a composição. “Seasons” dá uma breve sequência do vocal com menos presença do gutural, a final, a letra é extensa com uma mensagem de variação maior. Esta música tem um encontro maior dos instrumentos, tendo seus momentos de “jams”. “Baculejo” retoma com tudo a presença do gutural e potencia hardcore do trio tratando da péssima cultura e alienação muito bem tratados no álbum. Muito peso e entrega do trio nesta sonoridade.
Na décima música do disco, “O Último Homem em Pé” vem para completar a obra, sendo que esta música já havia sido lançada anteriormente com videoclipe. Ela demonstra a força do grupo, e um pedido para não desistirmos de lutar por nós, sendo esta a faixa mais longa presente, incorporando a resistência que os músicos querem transmitir para nós. Então chegamos no último single presente nesta bela obra. “Granada” nos remete a uma ótima distribuição das presenças instrumentais da banda, com uma grande variação no ritmo e peso, algo marcante e único deste trio mineiro.
Com este ótimo instrumental a banda encerra um petardo de excelentes composições que marcam a ótima fase do grupo que com certeza deve circular novamente pela europa, representando nosso país. Este power-trio com certeza consegue muito bem representar os oprimidos desta sociedade desigual, destacando suas composições claras e objetivas, utilizando de gírias para se aproximar ainda mais do público.
FORMAÇÃO
Charles Gama – guitarra/vocal
Chaene Gama – baixo/vocal
Rodrigo “Pancho” Augusto – bateria
TRACKLIST
01) Prefácio
02) Alvo na Mira
03) Extra!
04) Taca o Foda-se
05) Poder para o Povo
06) O Sexto Dia
07) Onde os Fracos Não Tem Vez
08) Seasons
09) Baculejo
10) O Último Homem em Pé
11) Granada