A fonte de energia, criatividade e ‘bom gosto’, parece não se esgotar, longe disso, pois acredito que vamos ver esta banda decolar ‘sem medo de ter medo, o legado importa, sem temer, o legado importa mais‘, como diria o refrão de uma das suas belas faixas, contidas neste álbum.
O que mais chama a atenção nesse álbum, é a faixa “Despertar do Parto“, música em homenagem aos filhos de Alex, que além de vocalista é guitarrista, que é com os dizeres “Despertou um forte e verdadeiro amor / Hoje sei quem sou, sua vida ensinou / Suando frio, ouço o silêncio / Vai nascer… Já nasceu!” que o músico homenageia os filhos Breno e Theo, sinceramente chega a ser arrepiante ouvir como o vocalista difere cada palavra contida na letra, sendo o solo de guitarra também um show a parte, uma obra prima do Rock ‘n Roll dos Basttardos.
A modernização deste álbum é evidente, com um instrumental carregado de criatividade, bons riffs, peso e essência do Rock ‘n Roll. “O Último Expresso” consegue passar a mensagem de que o Rock Nacional continua vivo e pulsando firmemente em nossas veias, sendo impossível não cantar junto após conhecer o álbum e mais impossível ainda é não gostar, seguindo linhas de Hard Rock, Heavy Metal clássico, em algumas partes pegada de Thrash Metal e entre outras vertentes existentes no álbum. Os Basttardos conseguem seguir uma linha sem se auto rotular, como também conseguiram fazer em “Dois Contra o Mundo”, temos ai, dois bons álbuns para estarem para sempre na galeria do Rock Nacional.
SOBRE A ARTE
Desta vez, o Basttardos optou pela capa clássica de acrílico, mas claro que tinha que ter a cara da banda, não é? O encarte mais uma vez, da uma aula de simplicidade e objetividade, ao abrir podemos acompanhar todas as músicas, com os créditos de cada compositor e/ou participante de cada. Porém, há algo que chamarei de “enigma” (ou não rs). O trem passando por cima de cabeças de caveira, logo de cara você não entende, porém, ao ouvir o álbum, você passará a fazer uma ligação entre o álbum e a capa, afinal, as músicas grudam tanto em ti que é como um trem passando sobre sua cabeça, ou também, pelo fato de o álbum ser mais trabalhado em cima de acordes pesados, o qual tiro o chapéu aos músicos, afinal, nos trouxeram uma relíquia, com elegância, ousadia e o modo Basttardos de compor e nos encantar.