Você já imaginou uma banda que conseguisse misturar Raimundos e Velhas Virgens? Imaginou uma banda executar instrumental de Raimundos e letras de Velhas Virgens, ou instrumental de Velhas Virgens com letras de Raimundos? O que você acharia se o frontman de uma banda usasse vestido e meias azuis durante um show? Ou melhor, ficasse apenas de cueca de bolinha durante a execução de uma de suas músicas? Não imaginou? Hahaha, então você precisa assistir um show da banda catarinense Cherry Ramona.


Antes de mais nada, quero agradecer o repasse do material físico da banda, pelo brother e eterno irmão, Daniel Russo da A Hora Hard, maior mídia independente do estado de Santa Catarina.






A origem da banda é uma incógnita, sabe-se apenas que Naldo Arraes deu inicio a aventura de encontrar os integrantes e montar a banda a partir de uma convocação feita por uma “entidade secreta”, sua empresária, a “RAMONA”. A partir deste momento, muita coisa aconteceu até o dia 04 de Agosto de 2015, onde uma banda com o nome de Cherry Ramona fez um primeiro show, tendo a participação da Comunidade Nin-Jitsu, enquanto isso, a verdadeira formação estava em treinamento psicológico para enfrentar o que estava por vir.  Depois de uma lavagem cerebral, a banda original, deu inicio a caminhada juntos onde o fim é uma incógnita…


Conseguir misturar um som maduro, uma sonoridade intensa com bons riffs de guitarra, baixo super groovado e uma bateria cadenciada, parece não ser uma tarefa difícil para a banda. Eu sempre acreditei que o Rock ‘n Roll foi feito para divertir o seu público e isso eles fazem com maestria, afinal, ter uma banda de Rock/Metal nos dias de hoje não é fácil e para continuar nesse meio tem que amar muito o que se faz.








Logo nas primeiras músicas do álbum, intitulado “Soco na ‘Bixiga'”, me lembro da minha adolescência de quando comecei a ouvir Comunidade Nin-Jitsu, para mim, Naldo Arraes o frontman da Cherry Ramona, lembra muito Mano Changes, ao ouvir um pouco mais, conseguimos perceber cada vez mais outras influências vão surgindo, como Raimundos e Velhas Virgens, bandas a qual eu já tinha citado no começo desta resenha.


Quando lhe falam sobre Rock n’ Roll ‘puro’, o que te lembra? Riffs fortes, bateria pegada, baixo massacrante e letras bem exploradas, e ao ouvir Cherry Ramona você verá praticamente isto e mais um pouco, músicas de alto astral, Rock ‘n Roll feito de quem ama, para quem vai amar, pois mesmo que a considerando uma banda nova, Cherry Ramona já carrega um bom público para seus shows, que inclusive vestem seu merchan e um novo público que logo procura o CD para adquirir, uma banda com muita explosão em palco, brincadeiras, diversão, tudo como o Rock deve ser, música feita sem frescura.


Não tem como enjoar, você vai ouvir e ouvir mais é a primeira coisa que fará e a cada ouvida uma opinião nova e também nova visão, algo que passou despercebido na primeira vez, ficará mais aparente na próxima e assim sucessivamente, afinal, são dez faixas muito bem preenchidas e o principal de tudo, bem executadas.


A arte.
O encarte é o clássico envelope, a capa é a logo da banda, dando o destaque ao nome da banda juntamente com o nome do álbum, já a contra-capa conta com todas as informações que não podem faltar em um álbum, como redes sociais, detalhes técnicos, tracklist e participações.


TRACKLIST
01 – AMOR A PRIMEIRA VISTA
02 – COISINHA
03 – MELHOR DA VIDA
04 – EMPREGADINHA
05 – TEMPOS PASSADOS
06 – MINHA VIZINHA
07 – RESPOSTAS
08 – MULHER GATO feat. MANO Changes
09 – SUITE DO QUELEMEU
10 – VERÃO DO SUL

FORMAÇÃO CHERRY RAMONA
Naldo Arraes – vocal
Sopa Cordova – guitarra/backing vocal
Gustavo dos Anjos – bateria/backing vocal
Leko Batista – guitarra
Gladson Mada – baixo/backing vocal

TODAS AS MÚSICAS, MELODIAS E VOCAL POR NALDO ARRAES
ARTE GRÁFICA: Flávio Batista Joaquim ‘Flay’

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AGRADECIMENTOS
A HORA HARD
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.