Peguei o disco aqui para dar aquela escutada fina e passar pelas faixas saboreando de forma crítica cada som.

Cara, o Torture Squad é de um nível muito impressionante… Vale muito dar uma ouvida desde o primeiro single, lá em 1993.

A capa do disco é o bom e velho chifrudo vermelho sob fundo vermelho com intenções vermelhas e um sorriso vermelho…Vermelho!

Atualmente, a banda é formada por Mayara Puertas na voz, Amílcar Christófaro na bateria, Rene Simionato nas guitarras e Castor no baixo.

Devilish conta com 12 faixas, começando por Hell is Coming que tem a introdução do disco já anexada na faixa. Destaque para as misturas de som mais limpo ao som pesado aos 5 minutos.

Não esperamos nada menos do que agressividade, então seguimos com Flukeman para um riff matador e linhas quebradas para agradar tanto o público mais purista do estilo, quanto ao novo ouvinte que está descobrindo agora o peso da banda.

Seguimos com Buried Alive e aqui já dá pra entender que o recado está muito bem passado: Não tem massagem! É bruto, é pesado, é agressivo…

Quero mais!

Warrior começa com uma pegada mais Hard Rock e não desaponta quando mantém a pegada. A banda não cansa de demonstrar que é de alto nível.

O próximo som, Sanctuary tem um início mais cadenciado e já me pegou forte com o peso. Tem uma diferente voz participando no começo, além da voz da Mayara. É muito legal acompanhar a evolução da voz dela desde o início.

Dá orgulho de ver o Brasil ser representado com um disco tão monstruoso!

Cheguei na metade do álbum, faixa seis – Uatumã – nome em tupi que significa “Rio Vermelho” e sugere que, a coloração por algum motivo, não advém de algo muito carinhoso. Eu particularmente adorei que a letra tem bastante trechos em português, isso mexe com o meu senso crítico em termos de processo criativo. Não é fácil fazer nosso idioma soar bem em som pesado.

Thoth me deixou curioso pois a sigla é uma gíria em inglês bastante interessante e maldosa. O som é denso, particularmente com detalhes agudos no refrão, com riff bem trabalhado e com destaque para as linhas de bateria sempre vivas e complexas.

Mabus.Já cheguei bem interessado nesse som. Mabus seria o nome verdadeiro do anticristo, segundo os preceitos cristãos. Gosto. Destaque para a linha de baixo que conduz a música toda.

Em Find My Way temos um pequeno respiro, um som mais ambiente, um interlúdio inesperado e bem construído, leve até o minuto 3… daí pra frente temos um peso controlado e muito bem vindo.

Quase no fim do disco, temos Gaia, quase 2 minutinhos, um instrumental leve e meditativo, quase que uma continuação natural da faixa anterior, se não houvesse a pausa entre faixas.

E então entramos em A Farewell to Mankind que começa mais leve e volta à programação normal.

Para fechar o disco, temos The Last Journey que também é uma faixa instrumental e calma, como que um epílogo muito tranquilo, uma calma pós tempestade.

Em suma, Devilish surpreende em muitos aspectos, inclusive na ordem das faixas no play. Vale demais conferir e apreciar cada nuance de mais um monstruoso álbum na longeva carreira do Torture Squad

Tracklist
1-Hell is Coming
2-Flukeman
3-Buried Alive
4-Warrior
5-Sanctuary 
6-Uatumã
7-Thoth 
8-Mabus
9-Find My Way
10-Gaia
11-A Farewell to Mankind
12-The Last Journey

Tecladista desde cedo, produtor musical, atua exclusivamente na área musical com bandas, aulas e estúdio.