Salve Headbangers!

Quem acompanha o Prog Metal sabe que há tempos o trono do Dream Theater vem sendo ameaçado por nomes que levam o estilo para outros patamares, rompendo barreiras,  criando fusões, sub estilos e aqui temos uma trindade onde Leprous, Animal As Leaders e o Haken vem tomando a liderança da música difícil.

Neste mais recente trabalho batizado como Fauna, o Haken abraça um deus seus filhos prodigiosos, o djent. E somando a criatividade e técnica dos músicos, a banda nos entrega um dos grandes destaques de 2023. O trabalho anterior, Virus(2020) era meu favorito deles, porque eles incorporaram passagens de mais densas, e digamos quase extrema na sua sonoridade. O que ao meu ver, é sempre positivo, porém, Fauna é um aceno para os fãs mais antigos, ou seja, cada faixa aqui é dona de uma diversidade empolgante, fazendo o trabalho ser no mínimo imprevisível, e sim, se tratando de metal progressivo isso é um baita acerto.

Um dos motivos que fazem esse ser um capítulo especial na discografia do Haken é o retorno de Pete jones , tecladista e membro fundador da banda. E ele soma ao time composto por Ross Jennings (vocais) Richard Henshall (guitarra e teclados) Charles Griffiths(guitarra) Conner Green( baixo) Raymond Hearne (bateria).

Logicamente como todo trabalho do grupo, temos aqui um conceito muito amplo. Neste registro, eles exploram a representação de personalidade e sua ligação com algum animal, então varias interpretações podem ser feitas. E com certeza teremos fóruns e debates de fãs com cada passagem, o que mostra a validade da obra.

Taurus, assim como o animal que a inspira, é uma canção forte. Ela poderia estar no álbum anterior até mesmo pela sua pegada de guitarras mais densas, e um belo groove.

Nightingale é o Haken em estado puro, e como baixista, acho desafiador a forma como o som é levado por esse instrumento puxando toda a sessão de improvisos e claro quando chega no refrão temos aquelas estruturas que apenas uma banda como esta consegue encontrar.

The Alphabet of Me e Beneath the White Rainbow,abraçam o peso e se for esse o caminho que eles forem percorrer daqui pra frente acredito que o resultado é deveras positivo mas os fãs que curtem a passagem mais calmas,podem ficar tranquilos pois Sempiternal Beings dá destaque para as voz suave de Ross Jennings, e Loverbite que foi um dos singles, deixou claro que eles sabem como compor um som que poderia facilmente estar tocando nas rádios.

Não se esquecendo que é uma banda de prog metal, Elephant Never Forget vem com seus 11 minutos e tempos aparentemente desconexos mas que fazem total sentido. Já Eyes of Ebony encerra o registro de uma forma tranquila, dando a certeza para o ouvinte que o Haken é sinônimo de ótima música.


1 Taurus
2 Nightingale
3 The Alphabet of Me
4 Sempiternal Beings
5 Beneath the White Rainbow
6 Island in the Clouds
7 Lovebite
8 Elephants Never Forget
9 Eyes of Ebony

Paulista e um dos maiores amantes do Metal Extremo, principalmente se tratando do nacional. Professor de Geografia e História, é também formado em Matemática e Filosofia, Pai da Naylla e do Dhemyan. Foi colaborador de algumas mídias, antes de fundar o site Underground Extremo, o qual tem um laço de irmandade com O SubSolo. Acompanhava o trabalho d'O SubSolo a alguns anos e passou a contribuir e fazer parte da equipe, a qual é honrado em colaborar com o desenvolvimento desta grande mídia do Rock/Metal, sendo o responsável pela parte das escritas mais extremas do site.