O que seria do Rock sem o Punk Rock? Bandas que moveram uma nação e criaram um estilo de vida, como Ramones, The Clash, Sex Pistols, são partes fundamentais da história do Rock. Um movimento criado a base de riffs rápidos, sem solos e quase sempre com letras polêmicas e poesias em protestos.

Porém a banda que recebemos este material, não perde tempo falando do que já estamos cansados, melhor ainda, eles falam de três coisas que todo homem gosta: Futebol, Mulher e Cerveja.




A banda tem bom humor desde o começo, esbanjando principalmente simpatia, deixando claro que realmente gostam do que fazem e isto fica nítido a cada música ouvida. Backing vocal empolgado, vocal reto, direto e objetivo, com letras bem estruturadas e rimas firmes. É uma sonoridade que me lembra a minha adolescência em que ouvia exatamente algo semelhante e que na época me empolgava e cada vez firmava meus pés dentro do Rock n Roll.

O que motiva um público a ouvir um álbum, com certeza é encontrado no álbum, riffs bacanas com uma base sólida com distorções e letras rítmicas memoráveis que a partir do segundo refrão é inevitável não cantar junto. Diferente do que citei acima de o Punk Rock não ter solo, o Fibonattis encaixa alguns solos em meio as suas músicas, ressaltando que o instrumental foi muito bem criado e planejado, não peca em momento algum.

Em certos momentos lembro Blink 182, pelo contra tempo em que o vocal é encaixado e as vezes pelos riffs, admito que Blink até não é totalmente Punk Rock, já que alternou muito em Punk Rock e Pop Punk, já Fibonattis é Punk Rock nu e cru, sem frescuras, mas apenas a parte de onde o vocal encaixa e sobre os riffs que lembraram. De acordo com que o CD vai sendo executado várias outras influências vem a mente, mas acredito que isto seja algo mais pessoal do que realmente uma intenção da banda, porém é sempre inevitável lembrar de alguma banda, assim como muitas coisas que encontrei neste álbum ficarão marcados como marca registrada do Fibonattis, afinal, quem não gosta de Mulher, Cerveja e Futebol? É uma boa temática para o Rock ‘n Roll em si.




Então para resumir estas onze faixas (a última sendo uma bônustrack) que ao decorrer nos trazem quarenta e quatro minutos de puro Punk Rock contagiante, alegre e muito bem criado (e executado), o álbum foi muito bem produzido e composto, ouvindo de fone é ainda mais extraordinário, da para ouvir nitidamente cada instrumento em seu tempo, mesmo para uma sonoridade rápida em que abusa de distorção(conseguindo não ser enjoativo), é algo realmente empolgante de ouvir, ainda mais pela bela escolha do tema. Ótimo álbum!

Tracklist
01 – Garrafas na Mesa
02 – Mosca de Bar
03 – Duda
04 – Fibonattis
05 – Não Vivo Sem Cerveja
06 – Última Estação
07 – É O Que Dizem
08 – Velhos Trapos
09 – Intro/Sem Volta
10 – Sempre Estarão
11 – Poder e Reação (Faixa Bônus)


Formação
Junior Punkids – vocal e guitarra
Marlon H. Silva – bateria
Flavio Maikon – baixo
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.