De maneira geral, o trabalho nos apresenta todas as características da Lord Blasphemate: Black Metal veloz, violento e atmosférico. Não é incomum as faixas passarem de seis minutos, como em “Heptarchia Mystica – The Enochians Slaves Angelicae“.
A parte temática também é um grande destaque, sendo que as letras fogem do “satanismo de shopping” que vem infestando a cena e apresenta um conhecimento profundo do assunto, tratado com a seriedade que merece e lembrando por exemplo, as obras do Watain.
Os responsáveis por esse opus são: Hellhammer – fundador, Nyarlathotep – vocalista e Znameni Diabolus – baixo e ex Sanctifier; além desses temos um grande cast de convidados para o trabalho, sendo eles: Jaque Moraques – vocalista que participou em “In Astral Journey Through Of Kingdom Of The Quliphots“, Johnny Rodrigues – membro do Infested Blood e que gravou as baterias do trabalho e o Paulo Santiago – que realizou a mixagem e masterização do trabalho, gravou os samples, orquestrações, guitarras solos e vozes adicionais.
O artista Alcides Burn desenvolveu uma belíssima capa e que casou com a mensagem explícita do trabalho, também com a atmosfera claustrofóbica que apareceu em músicas como ”The Paroketh Veil 0 The Sun Of Tipharet”.
Para quem acredita que extremidade e beleza não podem andar juntas, aconselhamos a ouvir ”Draco Estelar Ophidian Ignea” e a já citada ”In Astral Journey Through Of Kingdom Of The Quliphots”.
É um registro que nos mostra que a cena do metal extremo brasileiro nunca decepciona. São trabalhos como esse que nos enche de orgulho e que provam que nós não devemos nada para bandas estrangeiras.
O Brasil sempre será um dos celeiros mais prolíficos para o Black Metal.
Material enviado pela Heavy Metal Rock.