Finalmente chegamos a uma fase em que é normal vermos mulheres nos palcos, sendo em qualquer parte dele, guitarra, baixo, voz, bateria ou teclado e entre outros também. Modéstia parte tem muita mulher botando marmanjo no bolso, não só pela sua qualidade musical, mas sim por sua dedicação e empenho na carreira musical. Afirmamos com todas as letras, o lugar da mulher é aonde ela quiser e temos diversos exemplos disso.




O álbum desta resenha nos trás um bom e velho Hard Rock, que é um estilo predominante dos anos 80’s e 90’s, aonde este mesmo estilo dominou por anos com boas bandas, sendo topo de rádios e até os dias de hoje ainda temos bastante coisa em nossas playlists do dia a dia, sendo a maior surpresa neste ano a volta dos Guns ‘n Roses com sua formação clássica (ou pelo menos metade dela).


Recebemos o álbum “Ser Igual”, da banda catarinense Antítese, quem nos enviou foi a talentosa, simpática e excelente profissional, Maga Stopassoli, assessora da promissora banda de Hard Rock do sul de Santa Catarina, mais precisamente, Criciúma/SC (cidade aonde nasceu o lendário projeto A Hora Hard).


A banda tem a sua frente dois primos que são músicos de grande valor: Talita Oliveira nos vocais e o guitarrista Leandro Oliveira. A carreira da Antítese é marcada por grandes apresentações, dando brilho aos festivais e eventos ao qual participam, pois conseguiram manter uma consistência forte em suas músicas, com letras que ficam em sua mente e não saem nenhum segundo, deixando claro a marca forte da banda, que são os refrões super bem desenvolvidos, com marcação forte, deixando vários pontos de interrogação na imaginação de quem os ouvem. 


Particularmente gosto muito de músicas que investem em uma base sólida, forte e pesada, gosto daquela mistura de Grunge, mesclando riffs sujos de distorção com riffs limpos como pedem o Hard Rock, mas a Antítese da um tempero a mais, seu vocal com tamanha consistência, forte e grave, caem muito bem a todos os ouvidos, até aos mais exigentes. Quem conhece a banda fora do “CD” sabe que não se resumem apenas a este trabalho, a presença de palco é profissional, são dedicados e tem muita sede de música, “fazem chover em cima do palco“.






O diferencial da banda é o teclado, algo que poucas bandas apresentam nos dias atuais, porém que abre uma vasta diversidade de possibilidades de incrementação nas músicas, sendo neste explorado em introduções e anti-refrões, como a cozinha é bem preparada com o baixo e a bateria, o teclado fica livre para executar contra-tempos em diversas oportunidades, o que de certa forma constrói pouco a pouco uma característica da Antítese. 


Para não deixar passar em branco, aliás isto seria uma injustiça. A mixagem e masterização do álbum ficou por conta do mestre Adair Daufembach, que já trabalhou com outras bandas como Ponto Nulo no Céu e Project 46 por exemplo, algo que sim, faz muita diferença em um disco, a qualidade passa por estas mãos, que também faz parte do bom desempenho de um trabalho musical de ótimo nível, que é o caso da Antítese, que a cada passo dado rumo ao sucesso, leva uma multidão atrás. Agradecemos pelo envio, e sinceros parabéns pelo álbum. 


Tracklist
01 – Dinamite
02 – Doce Anabelle
03 – Medo
04 – Sem Pressa
05 – Ser Igual
06 – Fogo Cruzado
07 – Ato Final
08 – Questão
09 – Novos Sonhos

Formação
Talita Oliveira – Voz
Leandro Oliveira – Guitarra
Fabrício Biava – Guitarra
Guilherme Oliveira – Teclado
Filipe Kotoko – Baixo
Kevin Saviski – Bateria

SIGA ANTÍTESE
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.