Por mais que o ditado seja “não julgue um livro pela capa” parece que meu instinto teima em ignorar e sim, ainda julgo o livro pela capa, seja ele livro ou álbum de Rock/Metal. Ao receber o álbum “Stats of Tragedy” do Jailor logo na primeira impressão sabia que vinha pauleira por ai, e sim, estou feliz por ter “julgado certo”. Tem quem consiga criar um mistério por trás da capa e tem quem prefira jogar logo de cara o ideal quando quem está prestes a ouvir, pega o CD físico nas mãos pela primeira vez, como foi meu caso do tipo “deixe-me ver o que esse álbum nos traz”.
Logo de cara uma introdução que me deu até um susto e nisso já alimentou mais a vontade de ouvir e ir a fundo conhecer o trabalho todo. É um Thrash Metal reto oitentista, puxado para o “tr00zão” mesmo. Tem quem dispensa uma introdução para iniciar o CD com outra cara, tem outras pessoas que acham que isto de nada agrega, já eu penso que é algo que mostra que a banda planejou o disco de “cabo a rabo” e para mim isso é de tirar o chapéu, gostei muito da introdução mostra que não é só jogar as músicas dentro do álbum e pronto, tem toda aquele mistério e mais uma vez o que já disse, o planejamento.
Sinto muito em dizer isso, mas o álbum não tem muita coisa diferente e segue um termo do começo ao fim e isso precisa ser analisado. A bateria é muito forte e cadenciada, furiosa do inicio ao fim, guitarras em harmonia, um vocal rasgado e um baixo massacrante. Mas falta aquela pitada de inovação, um breaking down desconsertante, um vocal mais puxado, diferente. Em certos momentos tudo é previsível e isto as vezes desgasta o ouvinte, mas não deixa de ser uma ótima banda, pois a produção é impecável e muito bem organizado.
Por mais que tenha dado minha opinião acima e para alguns isto soe como criticas, para mim soa como dicas para uma próxima. Uma banda de verdade suga todas as dicas, críticas (seja elas positivas ou não) e transforma tudo em evolução, novas músicas, novas inspirações e novos anseios. A banda é uma bandaça e o disco não deixa de ser bom, aliás, ele é ótimo, ele tem o peso necessário do Thrash Metal ele é ‘cruzão’ e sem firulas e isso para mim, é um ponto positivo. Como este é um álbum de 2015, vale a pena ficar atento para ver o que a banda pode trazer futuramente para nós, é uma banda que tem futuro, só basta ser mente aberta para aceitar as criticas e as dicas.
TRACKLIST
1 – G.O.D.
2 – Human Unbeing
3 – Stats of Tragedy
4 – Throne of Devil
5 – Merciless Punishment
6 – Jesus Crisis
7 – The Need of Perpetual Conflict
8 – Ephemeral Property
9 – Six Six Sickness
FORMAÇÃO
Flávio Wyrwa – vocal
Daniel Hartkopf – guitarra
Alessandro Guima – guitarra
Ermeson Niederauer – baixo
Jefferson Verdani – bateria
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