A proposta da banda exposta em seu release é de fazer um Rock ‘n Roll, é Rock, mas não tão “n Roll” assim. Acredito que a banda se encontre mais enraizada no Alternativo, próximo ao Indie. Suas músicas não tem riffs de guitarra memorável ou uma bateria mais marcante, sendo que as primeiras músicas do tracklist soam parecidas. Os vocais femininos chamam a atenção, mais falta um pouco mais de alternação nas linhas vocais, trazendo um pouco mais de caracterização para a banda.
As linhas de baixo cumpre com o exigido, faz uma cozinha impecável, as vezes até sozinho. A qualidade da captação da bateria atrapalha um pouco na performance do disco, as vezes o chimbal fica mais alto outrora mais baixo, assim como a caixa e alguns tons em suas viradas. Talvez o intuito do grupo tenha sido fazer algo fácil de ouvir e digerir, o som não é ruim, só não tem nada de novo ou característico.
Os riffs de guitarra em certas vezes fica enjoativo, mas mesmo assim são criativos e também peca na hora captação, pois as vezes não está no volume exato e sendo que uma vez ou outra até some. As músicas tem uma boa ideologia, só falta aquela pitada de que faça que quem ouve o disco, sugue algo característico do grupo, como por exemplo uma música que se destaque no disco e seja o ápice de todo o trabalho. O disco é bom, a banda aparentemente entrosada, só falta uma lapidada em alguns erros, que tenho certeza que o próximo trabalho será ainda melhor.
Sobre a arte da capa, achei bem interessante a proposta apresentada, tanto a logo quanto a capa e contra capa. A proposta de um trabalho gráfico simples e objetivo sempre encanta, sendo que a cartilha que enviam junto do disco com informações da banda, é uma mão na roda para os redatores, então fica o agradecimento e elogio para que outras bandas sempre pensem em facilitar nossas vidas. Parabéns Dirty Shot!