Salve Headbangers!

Se tem um estilo que saturou no meu gosto pessoal é o Power metal. E isso se deve a um esgotamento que o próprio estilo armou para si próprio, dando destaque para bandas de qualidade muito inferior em um grande mar de clones. Porém, indo contra a maré, temos uma banda que vem se destacando por trabalhos que fogem desse marasmo. Hoje, Vamos conversar um pouco acerca de Towers of Gold do Sacred Outcry.

É comum dentro do Power Metal que tenhamos uma atmosfera meio RPG e histórias cativantes, e com o Sacred Outcry não é diferente. O ouvinte é convidado a se unir em uma jornada em busca das torres de ouro que podem gerar riquezas para quem as encontrar, mas existe algo muito maior e maligno por trás disso. E essa história você só vai descobrir se ouvir o álbum.

E para falar dele, vale ressaltar que a banda passou por toda uma mudança, já que apenas o fundador o baixista George Apalodimas permaneceu e teve que reconstruir todo o line up do grupo, o que deve ter sido uma baita dor de cabeça. Mas ao final da audição, consigo afirmar que ele achou ótimas soluções com Daniel Heiman (que vocal incrível,responsável por jogar o trabalho para outro patamar, claro, os fãs de Lost Horizon lembram muito bem dele) o guitarrista Steve Lado e o baterista Defkalion Dimos.O trabalho poderia começar muito melhor se não fosse a intro Through Lands Forgotten (At The Crossroads Of Fate). Eu odeio intros. Ela é bonita e tem um ar meio canção de um bardo. E aqui fui olhar para ver se não era o Lione cantando, o que é um baita elogio. Mas se fosse mexer no trabalho colocaria essa faixa no final pois ela tem um clima de despedida e não de abertura. Pode ser chatice minha,enfim…

The Flame Rekindled é a clássica faixa de abertura Power Metal onde eles mostram todos os seus atributos. Tudo é feito com tanta vontade, que o que pode parecer uma cópia, aqui soa muito melhor.

The Voyage (Towards Immortality) é uma sequência natural do som anterior, o que é normal já que esse é um álbum conceitual, mas note como ela foge da armadilha de refrão grudento,tornando a audição muito menos cansativa do que poderia ser.

A narrativa vai ganhando peso, por isso que o trabalho nos guarda passagens mais obscuras e até agressivas, lembrando muito o que o gênero oferecia no início do século.

Into The Storm (Beyond The Lost Horizon), já acena para essa passagem dando espaço para a balada muito bem executada Symphony of the Night.

Como baixista não posso deixar de elogiar a excelente The Sweet Wine of Betrayal e o ponto mais épico do trabalho Towers Of Gold (Tempus Edax Rerum).

Ao final da audição fiquei extremamente feliz de ver uma banda que não tem medo de ousar e de colocar sua paixão por um estilo famigerado, mas que graça a esse trabalho dos gregos, irá pendurar.

Tracklist:
1. Through Lands Forgotten (At The Crossroads Of Fate)
2. The Flame Rekindled (Lurid Lights And Drunken Revelry)
3. The Voyage (Towards Immortality)
4. Into The Storm (Beyond The Lost Horizon)
5. Symphony Of The Night (The Curse Of The Blind)
6. A Midnight Reverie (Whispers In The Wind)
7. The Sweet Wine Of Betrayal (The Perennial Sin)
8. The City Of Stone (The Burden Of The Crownless Kings)
9. Towers Of Gold (Tempus Edax Rerum)
10. Where Crimson Shadows Dwell (And Ouroboros Dreamt)



Paulista e um dos maiores amantes do Metal Extremo, principalmente se tratando do nacional. Professor de Geografia e História, é também formado em Matemática e Filosofia, Pai da Naylla e do Dhemyan. Foi colaborador de algumas mídias, antes de fundar o site Underground Extremo, o qual tem um laço de irmandade com O SubSolo. Acompanhava o trabalho d'O SubSolo a alguns anos e passou a contribuir e fazer parte da equipe, a qual é honrado em colaborar com o desenvolvimento desta grande mídia do Rock/Metal, sendo o responsável pela parte das escritas mais extremas do site.