O Thrash Metal é sem dúvidas umas das vertentes mais exploradas do Metal e nela encontramos bandas emblemáticas com mensagens importantes, uma delas é o SCARS.

Formada em 1991 em São Paulo, desde sua fundação o intuito era executar a proposta de uma sonoridade lotada de energia, peso e que ao mesmo tempo fosse bem trabalhada e executada.

Todo o processo de criação do instrumental foi incorporado as letras e temas de cunho religioso, político e principalmente social, de uma forma bem desenvolvida e fundamentada no nosso cotidiano.

Sobre todos os registros que a banda teve, poderia mencionar inúmeros adjetivos, mas dessa vez vamos falar apenas do seu álbum ao vivo em São Paulo intitulado Violent Tour que é composto por dez faixas.

SCARS tem uma diferença de outros como estamos acostumados, claro que a banda apresenta bastante sons viscerais, mas aqui a banda traz um pouco mais de Groove e uma pegada mais forte do que rápida em certas ocasiões.

Os vocais são típicos com bastante drive e guitarras com distorções seguindo a onda das composições e sempre que exigida traz algo a mais de forma estratégica e sem fugir da proposta da banda. Gosto de como a bateria se comporta em todo o processo, sempre com boas viradas, marcante e bem pegada no mesmo caso do baixo, groovão que faz todo um campo para a guitarra trilhar o que quiser sem ficar um vácuo.

Fiquei surpreso com a Return to the Killing Ground talvez tenha sido a que eu mais gostei, pois gosto da forma de música que alternam estrofes fora do comum do habitual e no refrão puxa uma parte mais marcada para o vocal.

Já em Armagedom o nome mesmo já diz, parece uma guerra com viradas mais brutas e guitarra metralhando em meio dos vocais, o baixo mais uma vez com um papel crucial fazendo um suporte importante para todo o desenvolvimento da música.

De fato não é como um álbum de estúdio, mas também acredito que um álbum seja um pouco engessado e um álbum ao vivo transparece melhor como de fato é a banda.

O trabalho ao vivo foi uma jogada bem acertada, a qualidade é bem acima da média e dá para sentir como a banda é ao vivo, para aqueles que não puderam conferir um show ao vivo, esse é uma válvula de escape para poder sentir a banda que gosta. Sugeriria mais bandas seguirem esse tipo de produção e investirem em trabalhos assim, todos sairiamos ganhando.

TRACKLIST
01) Ancient Power
02) Return to the Killing Ground
03) Armageddon
04) Nether Hell
05) Violent Show
06) Legions (Forgotten by the Gods)
07) Predatory
08) Creatures that Come Alive in the Dark
09) Warfare
10) Hidden Roots of Evil

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.