Quem costuma ler os meus TopFives sabe que é 8 ou 80. Ou a lista é temática e direcionada a um gênero específico ou é aleatória. No caso de hoje, ficamos com a mistura das duas opções. Trago-lhes bandas de estilos distintos, porém com algo em comum: O resgate de cultura de alguma forma empregada no seu trabalho.

O SUBSOLO | TOPFIVE #146


01) Older Jack – Heavy Metal – Pomerode/SC
 
Oriunda de Pomerode/SC, considerada a cidade mais alemã do País, Older Jack optou por compor suas canções no idioma de sua cultura ancestral, e o resultado é um bom e velho Heavy Metal clássico, que não deixa nada a desejar. Conseguimos notar que a banda tem certas influências onde pode se observar guitarras e vocais caminhando entre Metalllica, Black Sabbath, Judas Priest e uma pitada de Sabaton nas letras. Mesmo com essas influências perceptíveis, Older Jack apresenta um som original e muito bem trabalhado com peso e agressividade.



02) Eldhrimnir – Folk Metal – Santa Isabel/SP
 
Um dia eu aprendo a escrever esse nome sem precisar de uma colinha!
Nenhum ser jamais ousou entoar cantos piratas sem que o precioso líquido etílico seja citado em suas canções. Aqui não é diferente. Com letras em português, Eldhrimnir relata a vida dos piratas ao som de instrumentos conhecidos do mundo Folk, como acordeon e banjo, para garantir as dancinhas em círculos, com os braços dados.
Além do vídeo aqui listado, recomendo a audição de “Halsael, Cavaleiro do Hidromel” constante em seu último EP “Deuses Alcoólicos do Bar” disponível nas plataformas digitais.



03) As The Palaces Burn – Groove Metal – Criciúma/SC
 

Groove Metal com peso e muito bem produzido nos traz rajadas de riffs, licks, solos e claro, grooves, além das presenças estratégicas de vocais bateria e baixo. Parece que cada elemento foi colocado com a mão, no sentido metafórico da palavra. Pois tudo é muito harmônico e equilibrado.
Seu mais recente trabalho, o álbum “End’evour” (2019) apresenta uma melhora significativa no quesito produção musical, em relação aos singles do ano anterior “I Tried” e “The Devil’s Hand”. Isso nos mostra a seriedade e compromisso que a banda leva em seu trabalho.



04) Cartel de Cevada – Rock’n Roll – Porto Alegre/RS
 
Mais uma banda que preza por resgatar os toques da sua cultura local e transmití-los em suas músicas. Cartel de Cevada de Porto Alegre/RS, mistura o Rock’n Roll com temáticas e interpretações da cultura gaúcha. E o resultado é um Rock’n Roll gaudério com letras em português que falam sobre elementos tradicionalistas do sul com irreverência e bom humor.



05) Cracker Blues – Blues Rock – São Paulo/SP
 
Ainda na levada Rock’n Roll, adicionando um Blues com toques texanos, só faltava mesmo letras que falassem de bebedeira, brigas e inferno, pra fechar a combinação com chave de ouro. Opa! É essa mesmo, a proposta de Cracker Blues, que conta com a velha harmônica, slides metálicos e vocais roucos acompanhados de coro feminino para dar um charme. Esse é o som de Cracker Blues que resgata a essência do blues com uma pegada Southern.

Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.