Olá, pessoal, aqui é a Lia! Ando meio sumida né? O nome disso é final de curso e TCC… Mas enquanto estou de férias, aproveito para vir aqui novamente e fazer um Topfive muito especial pra mim! Escolhi bandas daqui do Brasil que têm uma sonoridade um pouco mais alternativa e que eu já assisti ao vivo, com exceção de uma delas, que infelizmente acabou antes de eu conhecê-la 🙁 (mas tenho certeza que teria sido uma experiência incrível também).
01) Labirinto – Post-Rock/Metal – São Paulo/SP
Não tem como se decepcionar com os shows da Labirinto. Eu os assisti pela primeira vez em 2014, aqui em Curitiba, e depois em março de 2020, em São Paulo, dias antes de tudo virar um caos. Em cada show a banda estava em momentos diferentes de sua sonoridade – o primeiro era completamente instrumental e agora há vocalista na formação, e nos dois eles simplesmente ultrapassaram todas as minhas expectativas. Então, se um dia você tiver oportunidade de vê-los ao vivo por favor vá!
Como citado acima, a banda apresenta uma sonoridade voltada para o post-rock e o post-metal e já lançou nove trabalhos, sendo o álbum mais recente o Divino Afflante Spiritu, lançado no Brasil pela Dissenso Records e no restante do mundo pela Pelagic Records. O disco é frio e intenso e inicia com o som de sintetizadores e um riff de guitarra que representa muito bem o sentimento de perda que a banda estava lidando na época.
02) E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante – Post-Rock – São Paulo/SP
Também já assisti essa banda ao vivo duas vezes, sendo a segunda vez em um show conjunto com outra que citarei logo em seguida. O lançamento mais recente é o álbum Fundação, de 2018, que foi lançado pela Balaclava Records e também apresenta influências de post-hardcore e indie. O que mais chama a atenção no disco, que é instrumental, é a presença de várias camadas sonoras, preenchidas por guitarras, pedais de efeitos, baixo e sons eletrônicos.
Confira o single Daiane:
03) Ventre – Rock Alternativo – Rio de Janeiro/RJ
Infelizmente essa banda também já acabou, com apenas quatro anos de carreira, mas graças a Deus deu tempo e consegui assisti-los com a E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante quase quatro anos atrás. O bom da internet é que as músicas boas ainda podem ser ouvidas, né? Marcando seu fim, a Ventre lançou em 2018 o EP Saudade (o corte 切り), cujo nome, segundo a matéria do site Tenho Mais Discos Que Amigos, representa a nostalgia de fim de ciclo e os kanjis da língua japonesa significam hara-kiri, o ritual de suicídio japonês.
Deixo aqui a minha preferida deles, Quente, presente no álbum Ventre (2015):
04) Basalt – Doom/Black Metal – São Paulo/SP
A Basalt eu conheci no ano passado, quando fui assistir ao show do Amenra em São Paulo, que contou com eles e a Labirinto na abertura. Assim que o set deles se iniciou, eu já fiquei muito atordoada (no bom sentido!!) e meu pai do meu lado ficou muito surpreso também. O som é bom demais e o pessoal da banda é super gente boa, e eu gosto de banda que se posiciona mesmo. Tem que xingar fascista no palco mesmo. Mas vamos falar de coisa boa: a música.
Além das sonoridades principais de doom e black metal, a banda também tem influência de sons experimentais e apresenta graves densos, obscuros e cavernosos, misturando o extremo com o ambiental e atmosférico. O último lançamento é de 2020 e é o álbum Silêncio Como Respiração, lançado através da Ritual Productions.
05) Nvblado – Post-Rock/Experimental – Balneário Camboriú/SC
Por último, mas certamente não menos importante, trago para vocês a Nvblado, banda catarinense que mistura o post-rock com o experimental, com o screamo, o punk, o hardcore, e tantas outras influências. Infelizmente, o último lançamento deles foi em 2016: o disco Água Rosa, e então a banda chegou ao fim e eu não tive a oportunidade de vê-los ao vivo antes que isso acontecesse. Mas como eu disse antes, obrigada internet por permitir que eu possa continuar ouvindo-os até hoje.
A música que eu mais gosto deles é a Arpoador, do álbum Afogado (2013):
Espero que tenham gostado do meu Topfive! Ouçam o material de cada uma dessas bandas, tenho certeza que vão se tornar fãs tanto quanto eu!
Abraços, Lia.