
E dando continuidade no assunto de faltar em compromisso de banda, falaremos na edição de número 11 da nossa coluna sobre a contratação de um músico substituto.
Na edição anterior, a contratação de um músico substituto foi citada como uma das soluções caso não houvesse maneira de contornar a situação.
O cenário então, é de um evento importante ao ponto de fazer a banda gastar dinheiro com um músico extra.
Vamos pensar apenas nesse cenário pois sempre existe aquele amigo da banda, que sabe tocar e que poderia quebrar o galho. Aí a coisa muda de figura e não colocaremos isso em pauta.
Problema 1- A decisão e localização:
– Músico sinalizou a falta, banda em apuros.
– Quanto tempo temos?
– Quem conhece um instrumentista que segura o tranco?
– Até quanto podemos dispor para ele?
Vamos entender que para que tudo aconteça com segurança, temos que ter um mínimo de tempo para que todas as etapas de uma contratação sejam cumpridas. 1 semana pode ser pouco, muito cuidado e calculem prazos concretos, nada de talvez.
Aí vem os contatos: amigos de amigos, anúncios em sites, conhecidos, integrantes de outras bandas. Notemos que o bom relacionamento da banda com as pessoas ao redor estão diretamente ligadas com as chances de sanar seus problemas.
Sempre pergunte, antes de mais nada, as 2 situações chave para esta pessoa a ser contratada ser a pessoa ideal: Quanto você cobra? E não menos importante: Já ouviu as músicas e estão dentro da realidade no tempo que temos?
A partir daí, a banda deve ratear o custo do músico e aí entram regras de negócio. O ideal seria dar 50% no ato da contratação e 50% depois do show.
Problema 2 – Ensaio e arranjos ao vivo
– O sub conhece a banda?
– Quantos ensaios?
– Está satisfatório?
Já mencionamos aqui a dificuldade de ter tempo e marcar ensaio, certo? Infelizmente nessa situação, o sub não pode forçar a barra com local e horário de ensaio, afinal ele está sendo pago para desempenhar a função e precisa se adequar ao esquema de funcionamento da banda. Tendo isso em mente, vamos ao ensaio e analisar no primeiro momento se o contratado trouxe as músicas na ponta do dedo.
É vital que as músicas enviadas para tirar estejam impecáveis. Simples assim.
Caso esteja “meia boca”, a banda precisa agira rapidamente e ou arrumar outro sub mediante conversa e devolução do sinal, ou lapidar o contratado e ajustar isso o mais rápido possível.
Algo muito comum é a mudança de arranjos das músicas quando tocadas ao vivo, algo tocado mais rápido, um final alternativo, repetição de refrões, etc. Neste caso, tenham um setlist por escrito e façam sinalizações para guiar o sub.
Se no primeiro ensaio a coisa já não fluir…….. cuidado!
Problema 3 – O evento
– Público notou a mudança?
– Passagem de som foi legal?
– Presença de palco numa boa?
Chega o dia do evento e a preocupação só aumenta, não importa o quão legal o preparo foi, a falta de um integrante é algo que gera nervosismo.
No local, tratem o sub como se ele fosse da banda, não excluam o músico, faça a concentração, a descontração, tudo juntos. No palco, a ação deve ser natural, sem mudanças de comportamento por parte da banda, deixem o sub à vontade.
Extremamente importante mencionar o fato de aquele instrumentista ser sub, não mencionar o motivo da falta que acarretou a contratação e agradecer o sub por ter se disposto a fazer o evento. Segue o baile, ponto final.
É comum o público notar, até interagir, questionar. O novo integrante para o público, é novidade mesmo, ninguém conhece a temática que fez quela pessoa estar ali.
Façam uma passagem de som minuciosa, analisem timbre, deixem tudo o mais perfeito possível.
Depois do evento, não deixe de junto com o pagamento, agradecer e comentar sobre a postura, musicalidade, acertos e etc. Isso garante o bom convívio e a recontratação quando necessário.
Esses tópicos são o básico dos problemas encontrados e solucionados quando surge a necessidade de um sub porém de longe serão os únicos.
O bom convívio, como mencionado acima, será ponto chave para que a banda tenha sucesso na resolução desses e de outros problemas.
Muito cuidado com a ideia de contratação mais barata ou mais cara, cuidado com o perfil do contratado e tomem cuidado com a qualidade do serviço acima de tudo.
Finalizando:
– Tenham tempo
– Contrate com segurança (contratinho de serviço, grana, ensaios, ajustes, comprometimento)
– Ensaiem com responsabilidade
– Tendo o nome do sub, não custa dar uma pesquisada, né?
– Trate o sub como integrante, sejam bacanas, não dói.
Aí é só contornar todos os problemas e fazer um bom show!