Pois é pessoal, vamos abordar um tema complexo e muito importante: Seu companheiro de banda está fazendo uso de drogas recreativas.
O caso é mais comum do que parece e as maneiras de lidar com essa situação são diversas.
Caso A: Alcoolismo – Seu companheiro de banda está passando dos limites e isso está causando problemas.
- Situação clássica e perigosa: não é mais aquela cervejinha no final do ensaio, e também passou do ponto de tomar aquela cachaça pra comemorar um evento legal. O amigo já chega louco no ensaio, já chega torto no show e o pior de tudo, já não toca mais o que tocava antes por estar sempre encharcado….
O melhor a se fazer é tentar um diálogo fora do ambiente da banda, chamar o cara pra um papo em casa, ou um restaurante, expor que está prejudicando.
SEMPRE prestar apoio e mostrar caminhos alternativos, deixar claro que a banda quer ajudar.
Álcool é lícito, portanto os problemas são um pouco mais fáceis de contornar até certo ponto.
– Evitar ao máximo consumir bebidas perto do amigo;
– Demonstrar que isso realmente está afetando a banda;
– Demonstrar claramente que a música é prioridade;
Caso B: Maconha – Seu companheiro de banda usa maconha sempre que possível.
- Um problema constante e que pode ser transformado em caso grave.
Neste momento não existe o que se diz para a pessoa, sempre haverá um motivo para a droga estar ali: “estou estressado” ou “só estou curtindo” são desculpas comuns.
É legal deixar claro que, por ser algo ilícito, não é legal ficar transportando droga junto com os amigos de banda: “mas essa quantidade não dá nada”, o negócio é começar a evitar sair junto para não ter problemas.
- Papo, sempre papo e expor que isso incomoda e preocupa;
- Caso de estresse, procurar aliviar a carga de trabalho da banda para aquele integrante;
- Deixar claro que será evitado carona, estar junto e etc.
Caso C: Drogas pesadas, cocaína,”balas”, etc. – Foi notado que o amigo de banda está consumindo alguma droga pesada.
- Caso grave, perigoso e preocupante.
Vale lembrar que se a banda notou esse comportamento, duas vertentes devem surgir:
- é um amigo além de ser companheiro de banda;
- É integrante novo, não tem relação além da profissional.
No caso A:
- Procurar a família, procurar entender o que levou ao uso;
- Demonstrar ajuda acima de tudo;
- Suspender compromissos da banda é importante até que se entenda tudo;
- JAMAIS virar as costas.
No caso B:
- Tentar conversar de forma profissional, em reunião;
- Demonstrar ajuda acima de tudo;
- Suspender compromissos e deixar claro o motivo, abrir totalmente a porta;
- Colocar um sub, mas não tirar o cara da banda;
- Ir até as últimas consequências para tentar ajudar.
Em ambos os casos, o importante é que a pessoa que está com o problema seja acolhida e tenha apoio para se recuperar. O uso de drogas pode ser prejudicial em muitos níveis para qualquer grupo, mas em bandas, o problema pode levar a banda ao fim muito rapidamente.
Imagine uma tour? Uma overdose? Um show mal feito por conta de um músico fora de si?
Esses são exemplos pequenos.
A amizade e companheirismo servem para minimizar essas situações. Um problema localizado no começo pode ser a diferença de sucesso da banda num futuro próximo.
Eu sempre deixo muito claro aqui que ser uma pessoa do bem, sempre tentar ajudar e sempre ser um músico amigo faz qualquer caminho ser menos árduo.