O que você faz pela cena? “Você apoia ou se apoia na cena?”. Você dá suporte as bandas da sua região? O rock autoral precisa de sua ajuda. Não importa de qual vertente você curta ou seja.
Você é aquela pessoa que vai a balada, gasta mais de R$ 60 reais em um open bar e quando chega um evento underground, reclama que a entrada custa R$ 15? Ou fica pedindo merch de graça para uma banda que sua em fazer e vender por R$ 30? Enquanto você fica nas redes sociais falando merda, há pessoas que, literalmente, se sacrificam para curtir um show de uma banda autoral.
Se eu te falar que um morador de Mongaguá atravessa mais de 67km para ir ao Guarujá ou a Santos, só para curtir um show? Te impressionaria? E se eu te falar que Marcus Vinicius, é cadeirante, seria mais impressionante ainda? Quem vai aos shows de hardcore ou metal na Baixada Santista o conhece.
Às vezes muito mal julgado na primeira impressão, Marcus Vinicius Pink de Oliveira mostra que é diferente. E só porque se locomove em uma cadeira, não é um ‘debilitado’. Ele fica de joelho em frente ao palco, durante todo o show. Seja bangueando ou entrando no mosh, no meio das pernas do pessoal, Marcus não se vê diferente. E ele não é.
Nascido em Guarujá de apenas 6 meses. Ele teve duas paradas cardíacas e acabou ficando na incubadora por 15 dias, por isso, precisa de cadeira de rodas para se locomover. Não que ele não consiga andar. Esse é um dos maiores problemas nos shows. A galera o vê, e acha que ele não sente as pernas, porém, isso não é verdade. Marcus fez cirurgia nos nervos dos tendões, em ossos acima do fêmur, onde colocou prótese para que pudesse ficar em pé. Mas isso é só com o tempo, e com muita força de vontade e fisioterapia. Marcus já consegue ficar em pé, porém perde o equilíbrio ao andar sozinho.
Se o problema não é o pré-conceito, é a acessibilidade. Quase todos os estúdios ou casa de shows da região, não tem acessibilidade. Marcus acha totalmente necessário, já que existe mais pessoas querendo frequentar. Porém, não tem o que reclamar. Se o estúdio dificulta o acesso de Marcus, os amigos o ajudam, carregando, e até, às vezes, ele engatinha até o palco. “Todos os shows que eu fui, não tenho do que reclamar. Nota 10”
Com 21 anos, e amante de Death Metal, ele gosta de fortalecer a cena o máximo que pode. Seja no hardcore ou no metal. Os shows na Baixada Santista sempre atrasam. E para quem depende de transporte público para voltar, isso dificulta. Além de pegar um ônibus até a balsa de Guarujá-Santos, Marcus pega outro transporte até Praia Grande, onde espera até 5h da manhã, por um ônibus para Mongaguá. Mas isso não o impede de ir aos eventos. E ao comentar sobre as pessoas que têm preguiça ou que trocam um show autoral por algo menos importante, Marcus não tem dúvida “quem mora do lado e não vai, só lamento. Não sabem o que estão perdendo”
Sempre esbanjando alegria e descontraído nos shows, ele ajuda sua mãe vendendo pano de prato, confeccionando brincos e artesanatos. E é o cara em que precisamos nos inspirar. As pessoas devem achar que Marcus é louco. Ficar se jogando no meio das pernas do pessoal se batendo. Ficar bangueando durante toda a música de joelho, ao lado ou em frente do palco. Mostrando a todas os fãs e músicos que o amor pela música vai além de atravessar várias cidades ou mais além de que precisa conseguir ficar em pé para curtir um bom som.
“Metal é foda” – Marcus Vinicius
Você é aquela pessoa que vai a balada, gasta mais de R$ 60 reais em um open bar e quando chega um evento underground, reclama que a entrada custa R$ 15? Ou fica pedindo merch de graça para uma banda que sua em fazer e vender por R$ 30? Enquanto você fica nas redes sociais falando merda, há pessoas que, literalmente, se sacrificam para curtir um show de uma banda autoral.
Se eu te falar que um morador de Mongaguá atravessa mais de 67km para ir ao Guarujá ou a Santos, só para curtir um show? Te impressionaria? E se eu te falar que Marcus Vinicius, é cadeirante, seria mais impressionante ainda? Quem vai aos shows de hardcore ou metal na Baixada Santista o conhece.
Às vezes muito mal julgado na primeira impressão, Marcus Vinicius Pink de Oliveira mostra que é diferente. E só porque se locomove em uma cadeira, não é um ‘debilitado’. Ele fica de joelho em frente ao palco, durante todo o show. Seja bangueando ou entrando no mosh, no meio das pernas do pessoal, Marcus não se vê diferente. E ele não é.
Nascido em Guarujá de apenas 6 meses. Ele teve duas paradas cardíacas e acabou ficando na incubadora por 15 dias, por isso, precisa de cadeira de rodas para se locomover. Não que ele não consiga andar. Esse é um dos maiores problemas nos shows. A galera o vê, e acha que ele não sente as pernas, porém, isso não é verdade. Marcus fez cirurgia nos nervos dos tendões, em ossos acima do fêmur, onde colocou prótese para que pudesse ficar em pé. Mas isso é só com o tempo, e com muita força de vontade e fisioterapia. Marcus já consegue ficar em pé, porém perde o equilíbrio ao andar sozinho.
Se o problema não é o pré-conceito, é a acessibilidade. Quase todos os estúdios ou casa de shows da região, não tem acessibilidade. Marcus acha totalmente necessário, já que existe mais pessoas querendo frequentar. Porém, não tem o que reclamar. Se o estúdio dificulta o acesso de Marcus, os amigos o ajudam, carregando, e até, às vezes, ele engatinha até o palco. “Todos os shows que eu fui, não tenho do que reclamar. Nota 10”
Com 21 anos, e amante de Death Metal, ele gosta de fortalecer a cena o máximo que pode. Seja no hardcore ou no metal. Os shows na Baixada Santista sempre atrasam. E para quem depende de transporte público para voltar, isso dificulta. Além de pegar um ônibus até a balsa de Guarujá-Santos, Marcus pega outro transporte até Praia Grande, onde espera até 5h da manhã, por um ônibus para Mongaguá. Mas isso não o impede de ir aos eventos. E ao comentar sobre as pessoas que têm preguiça ou que trocam um show autoral por algo menos importante, Marcus não tem dúvida “quem mora do lado e não vai, só lamento. Não sabem o que estão perdendo”
Sempre esbanjando alegria e descontraído nos shows, ele ajuda sua mãe vendendo pano de prato, confeccionando brincos e artesanatos. E é o cara em que precisamos nos inspirar. As pessoas devem achar que Marcus é louco. Ficar se jogando no meio das pernas do pessoal se batendo. Ficar bangueando durante toda a música de joelho, ao lado ou em frente do palco. Mostrando a todas os fãs e músicos que o amor pela música vai além de atravessar várias cidades ou mais além de que precisa conseguir ficar em pé para curtir um bom som.
“Metal é foda” – Marcus Vinicius