Uma gurizada determinada a propagar a escola do Thrash Metal. Assim observamos a Injúria, Power Trio de Leme, formada por Leonardo Pais (Guitarra/Vocal), Lucas Miquelutti (Contrabaixo) e Hernani Cunha (Bateria).

O grupo vêm semeando a palavra de peso direto de Leme/SP, mesmo município da grandiosa Claustrofobia. O produtor Daniel Bonfogo ajudou a então estreante banda a produzir seu álbum de inéditas, “End Of Times”. Muito bem criticados, em constante evolução e prontos para fazerem parte da nova geração do som pesado no Brasil, conversamos com Leonardo Pais e Lucas Miquelutti.

Leonardo começa nos apresentando a representatividade do nome da banda:

“Diante de determinada situação em que o país se encontra há anos, acreditamos que Injúria seja o principal ‘valor moral’ da época. A injustiça reina em qualquer território, já faz parte da vida de nós, brasileiros. Apesar de o nosso principal objetivo não ser protestar, esse é um nome forte, de grande significado e que tem um vasto campo a oferecer independente de política, cultura, religião ou sociedade. Injúria existe em qualquer área. “

O momento da saúde nacional tem um peso distinto para nossos artistas, e o Lucas nos conta como está a atual situação da banda: 

“Nós do Injúria temos nos preocupado bastante em continuar levando ao nosso público o trabalho da banda, tivemos várias reuniões para discutir como faríamos isso, aí surgiu as ideias dos Playthroughs, os quais nos empenhamos para entregar esse conteúdo alternativo ao público em forma de série, e com isso conseguimos dar um gás bem bacana nas redes sociais e streaming.


Além dos Playthroughs, toda a banda está extremamente focada e mergulhando de cabeça em nosso novo álbum, onde estamos compondo a todo vapor para entregar um grande disco aos fãs do Injúria e do Metal em geral. Os shows pararam, mas o Injúria nunca parou, continuamos firmes e fortes.”

Lucas completa a sua linha de pensamento nos contando o diferencial da banda em nosso cenário musical: 

“O cenário Underground, atualmente, tem inúmeras bandas com extrema qualidade musical, como os amigos da Vulcane, Anguere, Stab, Válvera, Claustrofobia, dentre outros.
O Injúria sempre buscou levar ao público algo além do show. Temos conosco a ideia de que a entrega da qualidade musical é obrigação de uma banda, então temos o objetivo de levar aos nossos fãs muito mais que essa ‘obrigação’. Encaramos nossa apresentação como um teatro onde há começo, meio e fim. Pensamos cuidadosamente desde a primeira pisada no palco, a intro, o set list, até o soar da última nota da última música.
Levamos em consideração uma boa e presente performance, sempre agitando tudo e todos.
Nós procuramos levar ao nosso público o show que cada um de nós gostaríamos de assistir, talvez esse possa ser um diferencial do Injúria e de algumas outras bandas do underground brasileiro.”

O power trio desfila sua sonoridade com propriedade, garra, e raízes cada vez mais aprofundadas. Leonardo nos conta um pouco sobre ás raízes sonoras da banda, forjando seu nome em meio ao caos nacional: 

“Nós não nos
prendemos a nenhum rótulo específico, temos várias influências que são
perceptíveis em nosso som, desde o Jazz, o Choro Brasileiro ao clássico
metal extremo. Pessoalmente não consigo ouvir as composições do Injúria e
dizer que os sons são iguais aos de determinada banda, mas procuro
sempre estar trazendo coisa nova, influências de outros estilos para o
nosso Metal, talvez seja um diferencial nosso também.”


A banda realmente vem para agregar, e mudar o atual cenário musical. O vocalista segue com a palavra, destacando pontos importantes e inquietantes:

“No Metal que é a nossa área, muitos reclamam do público em geral, mas acredito que o público seja consequência de um bom trabalho que agrega valores, a causa. Em vez de reclamarmos de pessoas que ficam em casa e não vão aos shows nem apoiam, por que não bolamos algo para mudar isso?! Se agregarmos o mainstream à música em geral, hoje em dia veremos estilos como sertanejo no controle, aonde muitos vão e não conhecem nada sobre, apenas sabem que é a mídia principal, ao contrário do Rock e Metal, que vemos um público fiel e sabemos que não está lá pelo mainstream.”

Encerro a conversa de hoje com a Injúria, deixando o Lucas apresentar para nós o cartão de visitas da banda:

“Apesar de termos lançado o álbum “End Of Times” em 2018 e o single “Filthy World” em 2020, essa é uma pergunta a qual ficaremos em cima do muro quanto à resposta!
Cada música composta por nós tem um significado diferente, vibes diferentes, coisas diferentes a oferecer ao ouvinte e fã. Elas são criadas com muita dedicação, cuidado, profissionalismo e minuciosamente pensando em casa detalhe.
Cada música em particular tem extrema importância para nós, para a nossa formação, para o álbum, para o setlist de um show.
Essa é uma pergunta que ficaremos devendo a resposta (risos)!”

“Primeiramente agradecemos à honra de estarmos aqui com o Subsolo nessa edição de ‘A banda do momento’; Renan da Mutante Rádio por nos conseguir essa entrevista; Nosso produtor Fred Pais; Rodrigo Ferreira; Às bandas e artistas que estão conosco nessa caminhada, Stab, Anguere, Claustrofobia, Vulcane, Caio e Marcus D’Angelo, Daniel Bonfogo, Reinaldo Jabá, Carolina Ferreira, Carlos Henrique Eigenheer; Juliana Nabão e nossos fãs; E a todos os amantes do Metal Extremo e da boa música em geral. Cheers!”