Formado em maio de 2013, a banda Khaos, que daria origem ao OpusDramma, mergulhou fundo nas raízes do Metal Gaúcho da década de 1980, e, desde sua fundação, presta uma homenagem aos pioneiros do Heavy Metal nos pampas. A jornada, até tornar-se OpusDramma e chegar ao lançamento de “Réquiem para Narciso”, contou com algumas mudanças de formação, e no decorrer destes sete anos, músicos lendários, como o saudoso guitarrista Ivan Zukauskas (falecido em março de 2020) e o baterista Roberto Arbo, ambos do Astaroth, fizeram parte da banda, adicionando suas características únicas ao projeto. Uma das principais ideias do projeto era justamente recuperar a memória do Metal gaúcho em sua década de ouro, quando as bandas pioneiras davam seus primeiros passos, como Astaroth, Leviaethan, Slow, Panic, Gladiator, Virgem Atômica e Spartacus. E foi justamente do Spartacus que vieram duas importantes peças para montar a principal estrutura do OpusDramma: o guitarrista Ricardo “Malcolm” Aronne e o baixista Marco Di Martino. Ambos fizeram história na cena gaúcha da década de 1980 (e posteriormente), participando da segunda parte da essencial coletânea “Rock Garagem”, com a clássica “Sem Cessar (o Destino da Humanidade)”, gravada originalmente em 1985 para a compilação.
Foto por Aline Jechow
Da esquerda para a direita: Marco Di Martino, João Mostardeiro, Ricardo “Malcolm” Aronne e Angelo Franceschi
Ouça o álbum no Spotify:
Ainda em 2013 o grupo passa do nome Khaos para Lord Byron, já com músicas autorais compostas e na agenda estaria o show de abertura para a musa Doro Pesch, a ex-vocalista da banda alemã Warlock, que passava pelo Brasil em fevereiro de 2014 e faria sua estreia na cidade de Porto Alegre. Por razões logísticas, o show do Lord Byron não foi realizado, e pouco depois, devido a existência de outras bandas com o mesmo nome, nasce o OpusDramma, que por um breve momento, foi chamado de apenas Dramma. Já estabilizados com Ricardo “Malcolm” Aronne na guitarra, Marco Di Martino no baixo, Renan Porciúncula no vocal e Adriano Vargas na bateria, realizam sua estreia fonográfica na coletânea “Rock Soldiers Vol. 19” com uma regravação de “Sem Cessar (o Destino da Humanidade)”. Em seguida, participam da sexta edição da coletânea Roadie Metal, com João Mostardeiro na bateria e Juliano Ferreira no vocal, apresentando uma releitura para “Sombra da Solidão”, mais um tema do Spartacus.
Embora a trajetória do grupo tenha sido marcada pelas mudanças de formação, muito da essência original foi mantida com Ricardo “Malcolm” Aronne e Marco Di Martino trabalhando com afinco nas gravações e produção de “Réquiem para Narciso”, já com o baterista João Mostardeiro e o vocalista Angelo Franceschi, oficializados como membros do OpusDramma, sendo figuras essenciais para o desdobramento de seu lançamento. Em 2017, enquanto a banda terminava as gravações do álbum, os integrantes tiveram que lidar com o inesperado: falecia o guitarrista Ricardo “Malcolm” Aronne, em 30 de agosto de 2017, aos 49 anos. Fato que levou o vocalista Angelo Franceschi, também guitarrista, a arcar com a finalização do que Aronne já havia quase terminado. Após um ano de luto e do término das gravações e mixagens do disco, o guitarrista carioca Roberto Pestana junta-se ao grupo para trazer a possibilidade da banda voltar a atuar e poder apresentar ao vivo o álbum “Réquiem para Narciso”, lançado em formato físico em parceria com a Som de Peso, de Porto Alegre, e agora disponibilizado de forma integral em todas as plataformas digitais.
O álbum é composto de oito faixas no track list, mais duas de bônus track, “Locomotive Breath”, do Jethro Tull e uma versão intitulada “Tango Tributo” para “Years of Solitude”, de Astor Piazzola e Gerry Mulligan do disco “Summit” (1974). Conforme Marco Di Martino, “Years of Solitude” é “um tema que me foi mostrado por um amigo e que me impactou profundamente a ponto de eu levá-lo pra minha atuação enquanto músico de Rock. Gravamos com o Spartacus e depois com o OpusDramma. A música foi composta pelo argentino Astor Piazzola e pelo saxofonista inglês Gerry Mulligan para um disco que gravaram juntos. Eu, particularmente, não sou adepto do tango, mas não desgosto…”. Das composições da banda Spartacus, o OpusDramma fez novas versões para “Sombra da Solidão”, “Sem Cessar (O Destino da Humanidade)”, “No Sul da América Antártida” e “Sob a Sentença, um Carrasco”.
Réquiem para Narciso” é marcado por ser uma etapa inédita de reencontro na carreira de músicos que deixaram saudade, já que a trajetória da banda contou com dois grandes compositores da guitarra que não mais estão entre nós. Sobretudo, amigos de longa data, Marco Di Martino comenta que “Ivan Zukauskas e Ricardo “Malcolm” Aronne possuíam estilos únicos, moldados por suas personalidades marcantes e inspiradoras. No decorrer de suas carreiras, compuseram verdadeiros clássicos do Metal gaúcho, e seus nomes ficarão eternizados na nossa história. Tive a sorte de tê-los como amigos e colegas de luta!”.
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