Bebeu? Dançou? Ficou louco de hidromel? Então com certeza você esteve no Odin´s Krieger invasão pirata que aconteceu no sábado dia 2/12 em São Paulo. Num sábado quente pra dedel, primeiro sábado de Dezembro de 2017, o Tropical Butantã marcou a abertura da casa para às 14 horas e lá estava a casa aberta pontualmente! Público entrando na casa e assim se inicia a jornada dos piratas por São Paulo.



Primeiramente vamos entender a estrutura do evento: Casa enorme, mais larga do que o habitual, camarote lateral, bar lateral, mezanino com feira de variedades e um ar condicionado dando banho em todos que estavam do lado esquerdo da pista.

Vale ressaltar que apesar de estar com uma quantidade ótima de público (1600 ingressos vendidos), havia espaço para todos sem ninguém sofrer.

Sabendo dessa estrutura enorme e que a organização do evento foi bastante preocupada em não deixar faltar nada (nem bebida, nem segurança nem qualidade de som), vamos aos shows:

Primeira banda no palco, Lothlöryen, tocando músicas de toda carreira. O som estava bastante prejudicado no início do show, mas pela terceira música já dava pra sentir a diferença do trabalho do técnico de som e tudo ficou ajustado.

Lothlöryen é formada por:

Daniel Felipe – Vocal

Wesley Soares – Guitarra, Backing vocals
Tim Alan Wagner – Guitarra, Backing vocals
Marcelo Benelli – Bateria
Marcelo Godde – Baixo Fretless
Leo Godde – Teclados


A casa não tem cortina de palco, então de banda pra banda os técnicos passeiam pelo palco enquanto o público vai se embebedar no bar! (nada melhor num evento desses, certo?)

Em seguida, sem demorar demais, tudo dentro do cronograma, entra a banda Eldhrimnir de Pirate Folk!

O estilo da banda é bastante irreverente e isso é refletido no palco com banda e público muito participativos e barulhentos!

Eldhrimnir é formada por:

Luan Unelmoija – Multi Instrumentista 

Dênnys Silva – Percussão / Backing Vocals
Rafael Gomes ( Ruanitto) – Violão
Francisco Carvalho (Naorek) – Violino, Flauta e Bandolim

Chegamos à primeira metade do evento antes da banda principal, e o que mais me surpreendeu foi o público já estar em peso na casa! Eram 17 horas e todo o público já estava lá curtindo todas as bandas e prestigiando o evento. 


Nesse momento de troca de bandas acontece uma pequena comoção no fundo da casa e pude notar um cidadão de boné azul tirando fotos com as pessoas e fazendo brincadeiras com todos. Sr Chris Bowers (voz e teclados), do Alestorm está lá com sua cerveja conversando com TODOS e tirando foto com TODOS os que quiseram conversar ou tirar fotos! Essa cena se repetiu por mais uma vez antes do show principal.

E aí sobe ao palco a banda Confraria da Costa, estilo pirata, bastante elaborada e cheia de detalhes. O show foi bastante envolvente e o som já estava mais consolidado pelo técnico nesse ponto. Agora tudo soa mais limpo e agradável. O público reage, bebe, dança, bebe de novo e pula em cada música nova. Missão cumprida para a tripulação da Confraria que apresentou seu show e deu lugar pro próximo navio atracar…
Confraria da Costa é formada por:
Capitão – Vocal/Banjo/Violão
Marco Polo – Violino
Pantaleoni – Baixo
Anderson de Lima – Guitarra
Abdul Osiecki – Bateria
André Nigro – Percussão
…. que foi a banda Terra Celta, trazendo seu som recheado de instrumentos étnicos e diferenciados para um público nem um pouco cansado e sedento por cada nota que foi tocada ali! A banda prega a alegria, a preservação do meio ambiente, o amor e a bebedeira. Vale ressaltar que a banda exerceu um grande controle sob o público pedindo que todos se abaixassem para que houvesse um “ritual de purificação” e todos o fizeram, entrando no clima e proporcionando uma experiência bastante interessante.
Terra Celta é formada por:
Elcio Oliveira
Alexandre “Arrigo” Garcia
Edgar Nakandakari
Luiz Fernando Sardo
Eduardo Brancalion
Bruno Guimarães
Agora sim, evento já “quente”, público devidamente purificado, hidromel vazando por todo lado! Pegue seu drinking horn e vamos ao show principal:
Checklist? …….Ok, faremos um cheklist:
2 teclados no palco? ok
Palco limpo pronto pra banda? ok
Backdrop à postos? ok
Pato de borracha gigante no meio do palco? ……….   ……….. pato? ok
Sem comentários, certo?
Aí se inicia a introdução, luzes apagadas, banda no palco, Teclado1, Teclado2, guitarra, baixo, bateria e pato!
Primeira música, Keelhauled, público cantando junto, o som um pouco bagunçado (mesmo depois de ter havido uma passagem de som antes de a introdução de iniciar), mas à caminho de ficar legal. Segunda música entra emendada e o som vai melhorando. 
Ao longo do show a guitarra falha bastante, mas nada que prejudicasse o andamento do show. Bowers não para de fazer piada nem por um minuto, dança can-can, faz gestos, ataca o pato gigante (já mencionei que uma das minhas metas de vida é ter um pato na banda?), realmente o cara é um frontman invejável e sabe como levar o show sem ficar cansativo.
Um set list bastante salteado entre os álbuns da banda, com todos os hits e sem deixar de promover o disco novo. Foi um show sem momentos de baixa. Mesmo na única música lenta, as piadas acabam trazendo o momento pra cima da mesma forma que acontece com as músicas pesadas.
Chegando à nona música (Hangover), Chris chama ao palco o técnico de guitarras da banda para tocar o violão. Foi um momento muito legal de entrosamento e amizade sendo mostrado para o público. Foi bastante interessante ver que eles preferiram pedir ao roadie para tocar o violão do que usar um VS.
Show segue, público incansável, Chris pede para que a casa se separe ao meio, surge uma “rua” ali no meio da platéia, e ao invés de incitar um “Wall of death”, Chris pede para que todos fiquem pelados e dancem ali no meio! Óbvio que as risadas são gerais e acontece apenas um wall of death ao invés de uma orgia (UFA!).
Chega o momento do bis, a banda volta com fôlego renovado e para finalizar, diz que vai fazer um som para demonstrar todo o seu amor por cada um de nós da platéia, e tocam “Fucked with an Anchor”. O engraçado é que ao invés de ser ofensivo (se fosse alguma outra banda fazendo algo assim seria, ok?), a coisa fica engraçada e todo mundo sai feliz da vida (grande percentual bêbado) e vai pra casa com vontade de tomar hidromel e procurar por tesouros escondidos!

Line Up:
Christopher Bowes – Vocal e Teclados 
Gareth Murdock – Baixo 
Peter Alcorn – Bateria 
Elliot “Windrider” Vernon – Teclados 
Máté Bodor – Guitarra 

Set List:
Keelhauled
Alestorm
Magnetic North
Mexico
The Sunk’n Norwegian
No Grave but the Sea
Nancy the Tavern Wench
Rumpelkombo
1741 (The Battle of Cartagena)
Hangover (Taio Cruz cover)
Pegleg Potion
Bar ünd Imbiss
Captain Morgan’s Revenge
Shipwrecked
Drink
Fucked With an Anchor