Rush, Motörhead, Cream, EL&P, Triumph, ZZ Top, The Police. A história do rock está repleta de power trios incríveis. Não há como negar que as formações de bandas de rock com apenas três integrantes possuem algo especial. Apenas uma questão estética? Basta tomar como base os nomes citados pra concluir que não.
O Pop Javali é um power trio brasileiro que há mais de 20 anos vem seguindo os mesmos passos de seus predecessores.

Formada em 1992, a banda mantém a mesma formação até hoje: Marcelo Frizzo (baixo e vocal), Jaéder Menossi (guitarra) e Loks Rasmussen (bateria).

Por mais que durante a segunda metade da década de 90, Jaéder e Loks tenham se destacado com a banda Mystical Warning – com quem lançaram o álbum “Third Millenium” pela Megahard Records em 1998 – o Pop Javali sempre manteve-se ativo e produtivo.
Já dividiram o palco com algumas das maiores bandas de rock de todos os tempos, como o Deep Purple e Uriah Heep, e gravaram dois álbuns, “No Reason To Be Lonely” de 2011 e o mais novo trabalho, “The Game Of Fate”.

“The Game Of Fate” foi produzido pelos irmãos Andria e Ivan Busic do Dr. Sin, outro seminal power trio brasileiro.

Segundo Loks Rasmussen, o encontro do trio com os irmãos Busic foi obra do destino.
”Minha tia trabalhou alguns anos como cuidadora de idosos e, coincidentemente, a mãe dos Busic foi uma delas. Minha tia então levou um CD nosso para o Ivan, que me ligou parabenizando assim que ouviu o disco. Ele então nos convidou para conhecer o estúdio Sonata 84 e se colocou a disposição pra produzir o disco. Assim nasceu não só The Game Of Fate, mas laços pessoais e musicais. De fãs, passamos a ser amigos e parceiros de trabalho.”

Os laços entre Pop Javali e Dr Sin estreitaram-se da tal maneira que os próprios irmãos Busic fazem questão de ressaltar o relacionamento existente entre eles.

São grandes pessoas e donos de um talento musical raro”, diz Ivan Busic. “Eles têm no conjunto a formula de uma banda que faz música com o coração. Um álbum repleto de peso, melodias, grooves e riffs de tirar o fôlego”. Parceiro na produção e irmão de Ivan, Andria Busic também não economiza elogios. “Foi um grande prazer produzir ​músicos tão competentes e que se tornaram grandes amigos. Fico muito feliz em fazer parte da historia​ desta banda ​que​,​ com certeza ​,​ veio pra ficar e melhorar o cenário do rock brasileiro”.

Em relação ao processo de composição do álbum, depois de tanto tempo tocando juntos, o momento criativo no Pop Javali acabou se tornando uma experiência quase metafísica.
Depois de mais de 20 anos, fica fácil mostrar uma ideia de uma música e fazer com que o outro entenda sem precisar ficar explicando muito”, reflete o guitarrista Jaéder Menossi. “Mas acontece algo curioso com a gente: quando estamos criando, algumas músicas soam pra gente como se já existissem! Em alguns momentos conseguimos “ouvir” essa música nova no ar e a transpomos para os instrumentos. O processo de composição do Pop Javali tem algo de “espiritual”, não se baseia em regras de teoria musical”.

Segundo Marcelo Frizzo, esse elemento espiritual também permeia, de certa forma, o conteúdo das letras do álbum e, consequentemente, acaba refletindo na arte da capa.

O surrealismo contido na capa tem a intenção de fazer pensar em como você vê (olho) a vida passando (relógio) e o que isso pode significar pra sua vida. O tempo é suficiente? Qual o seu tempo? O que você faz com o tempo que tem? Coisas assim, relacionadas à vida, ou ao Jogo Do Destino, como diz o título do álbum, são pensamentos que cultivamos ao longo de nossa carreira e queremos compartilhar com as pessoas através desse álbum”.

Desde seu lançamento em maio de 2014, “The Game Of Fate” tem conquistado a mídia do país inteiro.“Um dos melhores álbuns de Hard/Heavy dos últimos anos”, publicou, por exemplo, a renomada revista Roadie Crew em resenha feita sobre o disco. Na mesma publicação, “The Game Of Fate” rendeu ao Pop Javali três indicações entre os Melhores de 2014: Melhor Álbum, Melhor Baixista e Melhor Baterista.

Mas, indubitavelmente, o maior trunfo que o Pop Javali conquistou com o lançamento de “The Game Of Fate” foi a oportunidade de excursionar pela primeira vez fora do Brasil. O grupo realizou em Outubro a sua primeira turnê pela Europa. Foram ao todo nove shows por quatro países: Milão na Itália, Worblaufen na Suíça, Londres na Inglaterra, Hamburgo (dois shows) e Oer-Erkenschwick na Alemanha, além de Sneek, Drachten e Amsterdã na Holanda.

De volta ao Brasil, os músicos do Pop Javali trouxeram na bagagem não apenas mais experiência, novas amizades e a sensação de um sonho realizado, mas, sobretudo, uma emoção sem precedentes por ter sua música bem recebida do outro lado do oceano.
“A receptividade do público em todas as cidades que passamos foi sensacional”, diz empolgado Marcelo Frizzo. “Por mais que o resultado tenha sido altamente positivo em cada um dos nove shows que o Pop Javali realizou pela Europa, não posso deixar de dar um destaque especial para nosso show em Londres, onde tocamos no Cart & Horses, mesmo pub onde o Iron Maiden iniciou sua carreira, e os festivais Sneker Metal Meeting, na Holanda, e Razorblade, na Alemanha”.

Provas da excelente recepção que o Pop Javali teve no velho mundo estão espalhadas pela imprensa. O The Pit, um dos sites especializados mais respeitados da Alemanha, publicou em sua cobertura do Festival Razorblade que o Pop Javali foi, “sem dúvida, a grande surpresa do festival”. No Brasil, a Roadie Crew publicou uma entrevista de duas páginas com a banda!

Para consolidar o sucesso da turnê, o Pop Javali lança em breve seu primeiro disco ao vivo: “Live In Amsterdam”. Um novo álbum de inéditas também está nos planos para 2016.

FORMAÇÃO
Marcelo Frizzo (Vocal/Baixo)
Jaéder Menossi (Guitarra)
Loks Rasmunssen (Bateria)

DISCOGRAFIA
No Reason To Be Lonely (2011)
The Game Of Fate (2014)

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.