Antes de eu nascer e provavelmente você também, WIZO já existia. 






Desde 1987, o power trio punk alemão de extrema esquerda já fazia seu som, como eles mesmos definem, “contra nazis, racistas, machistas e outros babacas!”, tornando-se parte do movimento fun-punk alemão (a inglesa The Toy Dolls, que esteve há pouco tempo no Brasil, é exemplo de bandas do gênero fun-punk inglês ou punk patetique, que iniciou nos anos 70 e abrangeu algumas bandas nos anos 80 também).



Razão Um



Trinta e dois anos com a energia de sempre: o primeiro motivo pra você ouvir WIZO é comparar o primeiro álbum de estúdio, Für’n Arsch, de 1991, com o último, Der, de 2016.



Der caminha mais pelo pop punk do que Für’n Arsch. Mas se as músicas de Der passeiam mais pela dança do que pelos stage dives mentais, as letras continuam com a mesma pegada de humor, antifascismo e política. 

Destaque para Antifa, minha favorita do álbum Der



Razão Dois


WIZO já gravou pela Fat Wreck, mas não tem aquele estilo de sempre da maioria das bandas crias de lá. 

Além disso, eles cantam em seu idioma nativo, que é o alemão (a banda é de Stuttgart) e, pra quem acha que hardcore e punk bom tem que ser em inglês, essa é a prova de que definitivamente, esse pensamento está super ultrapassado! O mundo tem mais cena punk além da ponte Califórnia-Suécia!

Essa também é uma boa oportunidade pra descobrir outras bandas punks alemães (como a banda Die Toten Hosen, por exemplo, e a Die Ärzte – esta última com estética a la Green Day, mas com um baterista cantor, bem como Satanic Surfers fez por muitos anos e Mute faz até hoje).
Razão Três

Os caras são avassaladores ao vivo! Confira no video abaixo, WIZO ao vivo no festival alemão Taubertal Festival, com o baterista novo Alex Stinson.