Formada em 2007, o Ministério da Discórdia é uma banda que traz em Português, temáticas realistas, ideológicas, sombrias e espirituais, com uma proposta de sonoridade à cena do Metal nacional. As composições do trio, consiste em temáticas sobre conflitos políticos, culturais e religiosos. A sonoridade tem base na mistura de influências dos integrantes, com riffs pesados, refrões marcantes e letras bem estruturadas.
Nos dias atuais, vimos muito do mesmo e por isso, as bandas cada vez mais tentam buscar criar uma característica impar, que não cruze suas semelhanças com outras bandas, afinal, ter sua banda comparada com A ou B, é sempre um saco. Mas ai aparece o Ministério da Discórdia com esse disco e demonstra, que o “mais do mesmo” bem feito, ainda tem espaço no cenário, uma mistura de Rock com Heavy Metal com vocais agudos e extremamente afinadíssimos, incorporam uma sonoridade oitentista nas veias dos músicos, sendo assim, não inovaram no disco e trazem algo que agrada aos ouvidos.
O power trio formado por Maurício Sabbag no vocal e guitarra, Carlos Botelho no baixo e Inácio Nehme na bateria. Já tinha ouvido outras músicas da banda e em “Abismo” acredito que posso destacar que tem como destaque principal nesse registro os vocais poderosos de Maurício Sabbag, que ao mesmo tempo segura bons riffs na guitarra. A proposta da banda aparentemente sempre foi fazer som em Português, mas também vale destacar este ponto no disco.
Citei acima que é muito chato comparar bandas, mas a pegada Black Sabbath que essa banda tem, é inegável. É como imaginar o Sabbath em tempos de auge compondo em Português. Os riffs e os ganchos pegos nos refrões, marcam e destacam uma banda que trabalha sem complexidade em suas músicas, o que de certa forma agrada mais facilmente quem ouve.
Senti um certo desnivelamento em algumas partes na mixagem e masterização da bateria, pratos com volumes altos e bumbos sumindo em pequenas partes, mas são detalhes que passam despercebidos ao avaliar a obra em um “ao todo”. Após prestar muito atenção, descobri que as últimas três faixas são ao vivo, pois são apenas nessas músicas que é notório o “desnivelamento” e se tratando de faixa ao vivo o que torna mais difícil equalizar como se estivesse em estúdio. Então minha critica, é não ter deixado claro na contra capa do material, que tínhamos faixas ao vivo. Mas, preciso falar que Inácio Nehme é um excelente músico e sabe como trabalhar com a bateria e junto do Carlos Botelho que consegue criar uma cozinha sólida e pancada da total liberdade para a bateira explorar afundo toda a composição, o que é feita.
Resumindo (ou tentando), é um disco que prega total respeito ao Heavy Metal. Conduz com seriedade do inicio ao fim, com o “simples”, mas bem feito e recheado de boas surpresas inesperadas em meio as músicas, ouso a dizer que tem uma pitada de Stoner na veia dos músicos.
Resumindo (ou tentando), é um disco que prega total respeito ao Heavy Metal. Conduz com seriedade do inicio ao fim, com o “simples”, mas bem feito e recheado de boas surpresas inesperadas em meio as músicas, ouso a dizer que tem uma pitada de Stoner na veia dos músicos.
Material enviado pela Shinigami Records.
FORMAÇÃO
Maurício Sabbag – vocal e guitarra
Inácio Nehme – bateria
Carlos Botelho – baixo
TRACKLIST
01) Abrace a Discórdia
02) Abismo
03) Supremo Concílio
04) Orquídea Negra
05) Perdidos
06) Malditos Sejam Todos (ao vivo)
07) Abismo (ao vivo)
08) Paraíso do Terror (ao vivo)