Sinceramente, gostaria de estar escrevendo essa resenha em uma oportunidade diferente, sinto um vazio ao ouvir o disco e sabendo que foi o último da carreira de Mario Linhares, que veio a nos deixar no final de 2017. Porém, meu coração fica consolado a ver quanto trabalho de alto nível esse cara deixou para nós, já que a importância do Dark Avenger e principalmente do Mario Linhares para o Metal nacional, são indiscutíveis. Foi em 1993 em Brasília/DF que a banda foi formada e chegaram a dividir o palco com Megadeth, Hammerfall, King Diamond, Exodus e tantos outros nomes do Metal mundial. 



O disco “The Beloved Bones: Hell” foi um presente marcando o vigésimo quarto aniversário do grupo e que presentão recebemos, não é? O trabalho é todo voltado para temas como: Inocência, liberdade, reflexão, súplica, vitimização e tantos outros que nos arrodeiam em nosso dia a dia, sendo que as vezes até nos torturam. Ao que parece o senhor do Metal reservou para Mario, um último disco que não é desse mundo, o The Beloved Bones é sobrenatural e nenhum pouco simples, trazendo uma miscelânea de influências e de características.

Votado pelos redatores d’O SubSolo como o melhor disco de Heavy Metal tradicional de 2017, e ainda por cima com votação unânime, no topo da votação de todos os colaboradores. Esse é um dos exemplos que o disco realmente é uma obra prima do Heavy Metal atual, não tirando o mérito de discos anteriores, mas este, na opinião deste que escreve, é o melhor disco da discografia do Dark Avenger.

A masterização foi feita pelo sueco, Tony Lindgren, que soube explorar toda a criatividade dos instrumentistas Glauber, Hugo Santigado  Gustavo Magalhães, Anderson Soares, sendo que o primeiro foi quem produziu o disco, sem falar nas vozes que ecoarão eternamente em nossas ouvidos e principalmente em nossas playlists, Mario Linhares. O toque sutil de quem gosta realmente de música, dando pequenos traços de supremacia musical a cada acorde e nos contemplando em poder ouvir algo tão generoso e ao mesmo tempo intrigante

Ninguém ouve música por status, por fama ou por obrigação. Quem ama realmente a música e acima de tudo o Rock/Metal que é o que realmente gostamos, e não só isso, amamos e sentimos na pele cada palavra ecoada em uma canção, cada acorde que ficará grudado na cabeça, cada virada de bateria emocionante e cada groove de um baixo marcante. Tudo isso fica para a história, cada passo na música você mexe com sentimentos daqueles que conseguiram de certa forma sugar a mensagem que você transparece em forma de arte, Dark Avenger tocou pessoas tão profundamente, que se encerrar as atividades deixará saudades, ao mesmo tempo deixará um sentimento de gratidão, agradecemos pela cooperação pelo Heavy Metal nacional.

TRACKLIST
01) The Beloved Bones
02) Smile Back To Me
03) King For a Moment
04) This Loathsome Carcass
05) Parasite
06) Breaking Up, Again
07) Empowerment
08) Nihil Mind
09) Purple Letter
10) Sola Mors Liberat
11) When Darkness Fall (Bônus Track)

FORMAÇÃO
Mário Linhares – vocal
Glauber Oliveira – guitarra
Hugo Santiago – guitarra
Gustavo Magalhães – baixo
Anderson Soares – bateria

Material enviado pela Metal Media

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.