São mais de vinte anos na função, na ativa e na árdua caminhada do Heavy Metal. O Hellish War é uma das bandas mais respeitadas do gênero em nosso país, podemos assim dizer. É uma banda tradicional do Metal, clássica e dá pau em muita banda gringa. Foi formada em Campinas/SP em meados de 1995, lançado seu primeiro registro em 2001 o “Defender of Metal” (o qual resenhamos anteriormente o relançamento desse clássico), sendo esse disco tendo propagado o nome do grupo pelos “sete mares”, uma sonoridade alicerce no Heavy Metal Inglês e Alemão oitentista.



Se com o relançamento de “Defender of Metal”, o que podemos esperar de “Keep It Hellish”? Muitas não sobrevivem a uma caminhada tão extensa como de vinte anos no cenário, que atualmente é como se jogássemos pérolas a porcos, onde um dedo confirma presença em um evento em rede social, mas a bunda não descola do sofá nem a pau. Uma das grandes sacadas dos caras é alternar entre uma harmonia melódica e pura agressividade em um disco só, trazendo refrões grudentos, modernos e alucinantes, que te causam impactos jamais imagináveis. 

Esse disco de 2013, traz a estreia de Bil Martins, assumindo a árdua tarefa de substituir um dos maiores vocalistas do Heavy Metal nacional, Roger Hammer (tendo a rápida passagem da vocalista Thalita nesse meio também). A personalidade demonstrada nesse disco é surreal, Bil Martins não sente o peso da responsabilidade e canta tudo com total naturalidade, envolvendo bons timbres, boa desenvoltura e excelente afinação. Com leves toques elegantes nas guitarras e com boas dobras de acordes, Daniel Job e Vulcano conseguem demonstrar total frieza e cordialidade, nenhum atropela o outro, mas com uma cozinha feita com capricho pelos músicos JR e Daniel Person, tudo fica mais fácil, é de se tocar rindo.
Não acho que o Hellish War pare por aqui, tem muita lenha para queimar e nós amantes da boa música, clamamos por mais trabalhos desse nível, o cenário atual vem trazendo muita coisa comercial e deixando o peso, agressividade e letras eficaz de lado, é muito “geração mimimi” e “love” pra cá e pra lá e aquele espírito de que o Rock/Metal são o ponto que podemos usar para expressar nossas indignações ficam de lado. O som do Hellish War é o que deveria passar em programas de televisão, em novelas, em rádios, mas, por obra do destino é considerada não apta, sendo substituída por aqueles lixos sonoros que dá até arrepio de saber só o nome. O meu grande abraço a todos que curtem a boa música e não deixam ela morrer, vida longa ao Hellish War!

Material recebido pelo Som do Darma.

TRACKLIST
01 – Keep It Hellish
02 – The Challenge
03 – Reflects on the Blade
04 – Fire and Killing
05 – Masters of Wreckage
06 – Battle at Sea (instrumental)
07 – Phantom Ship
08 – Scars (Underneath Your Skin)
09 – Darkness Ride
10 – The Quest

FORMAÇÃO
Bil Martins – vocal
Vulcano – guitarra

Daniel Job – guitarra
JR – baixo
Daniel Person – bateria



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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.